sexta-feira, 13 de outubro de 2017


A Lua é do Raul

 Raio de lua.
 Luar.
 Luar do ar
azul.

 Roda da lua.
 Aro da roda
na tua
 rua,
 Raul!

 Roda o luar
na rua
toda
azul.

 Roda o aro da lua.

 Raul,
a lua é tua,
a lua de tua rua!
 A lua do aro azul!

(Cecília Meireles. *Ou isto ou aquilo*. Rio de Janeiro, Nova Fronteira, 1990. p. 22.)
  

Raridade

 A arara
é uma ave rara
pois o homem não pára
de ir ao mato caçá-la
para a pôr na sala
em cima de um poleiro
onde ela fica o dia inteiro
fazendo escarcéu
porque já não pode
voar pelo céu.

 E se o homem não pára
de caçar arara,
hoje uma ave rara,
ou a arara some
ou então muda seu nome,
para arrara.

(José Paulo Paes. *Olha o bicho*. São Paulo, Ática, 1998.)

Estudo do texto

1. Qual é o assunto tratado pelo 2º poema?

2. Explique por que a palavra *raridade* foi colocada no título.

3. Copie o trecho do poema que demonstra por que a arara se tornou rara.

4. Leia o poema em voz alta, prestando atenção na repetição dos sons produzidos durante a leitura.
 a) Indique a sílaba que se repete ao longo do poema, copiando as palavras, onde ela está presente.
 b) O que a repetição desse som faz lembrar?

5. Localize os pares de rimas no poema *Raridade*.

6. Em sua opinião, o que faz uma pessoa prender uma arara?

7. Localize o 4o. verso da 2a. estrofe e explique o que o autor quis dizer.

8. O autor, quando propõe a mudança de nome da arara, faz um jogo com as palavras: *arara*/*arrara*. Explique o que ele quis dizer.

9. Ao mudar o nome da arara, por que o autor teve que escrever a palavra com *rr*?

10. Em grupo, combinem uma forma para ler mais um poema de José Paulo Paes, ensaiem e façam uma apresentação para os colegas.

Cemitério

 Aqui jaz um leão
chamado Augusto.
 Deu um urro tão forte,
mas um urro tão forte,
que morreu de susto.

 Aqui jaz uma pulga
chamada Cida.
 Desgostosa da vida,
tomou inseticida:
era uma pulga suiCida.

 Aqui jaz um morcego
que morreu de amor
por outro morcego.
 Desse amor arrenego:
amor cego, o de morcego!

 Neste túmulo vazio
jaz um bicho sem nome.
 Bicho mais impróprio!
 Tinha tanta fome
que comeu-se a si próprio.

(José Paulo Paes. *Poemas para brincar*. São Paulo,
Ática, 1991,)

 a) Justifique por que o poema se chama cemitério.
 b) Observe cada uma das estrofes, localize o bicho citado e o motivo da morte.
 c) O autor José Paulo Paes faz um jogo com as palavras em seus dois poemas, *Raridade* e *Cemitério*. Localize-os, escrevendo-os no caderno.
 d) Em dupla, pensem em um animal e continuem o poema fazendo mais uma estrofe de acordo com o tema do texto. Depois, leiam-na para a turma.



Os carneirinhos

Todos querem ser pastores,
quando encontram, de manhã,
os carneirinhos,
enroladinhos
como carretéis de lã.

 Todos querem ser pastores
e ter coroas de flores
e um cajadinho na mão
e tocar uma flautinha
e soprar numa palhinha
qualquer canção.

Todos querem ser cantores
quando a Estrela da Manhã
brilha só, no céu sombrio,
e, pela margem do rio,
vão descendo os carneirinhos
como carretéis de lã...

(Cecília Meireles. *Ou isto ou aquilo*. Rio de Janeiro, Nova Fronteira, 1990, p. 19.)

1. Procure no texto os substantivos no diminutivo e escreva-os no caderno.
2. Reescreva o poema, passando os substantivos encontrados na atividade 1 para o aumentativo. Faça as alterações necessárias.
 3. O que você achou do poema depois que passou as palavras para o aumentativo?
 4. Encontre no poema as palavras que rimam com: *manhã, flores, flautinha, mão* e *sombrio*.

5. Copie as frases no caderno completando-as.
 a) Um gato pequeno é um .......................
 b) Um cachorro pequeno é um.................
 c) Uma casa grande é um.....................
 d) O sapato do bebê é um .......................
 e) A mistura de um carro éum ...........
 f) Um grande amigo é um ....................
 g) O garfo do cozinheiro é um.................
 h) A pequena macaca do circo é uma .....................

 6. Há outras maneiras de indicar o grau diminutivo. Descubra as palavras que indicam tamanho normal no quadro a seguir.
caixote ........................chuvisco.....................vilarejo.......................
farolete........................filhote.........................vareta..........................
velhote ........................lugarejo......................riacho.........................
ruela.............................saleta..........................serrote.........................
soneca........................



Fonte: Viver e aprender Português 4º ano. Saraiva

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