TEMA: O LÚDICO NA EDUCAÇÃO INFANTIL E NO 1º
ANO
DELIMITAÇÃO
DO TEMA
Inclusão de projetos de
Entretenimento, de jogos lúdicos, nas aulas das crianças do 1º ano.
FORMULAÇÃO DO PROBLEMA
1) Quais são as metodologias utilizadas
para a inserção de jogos apropriados para essa determinada idade?
2) De que forma a realidade é levada para
dentro da escola, trabalhando com o lúdico?
HIPÓTESE
Nossas escolas estão
preparadas para elaborar programas que possam conter no campo técnico
brincadeiras e jogos, para as crianças aprenderem de uma forma mais inovadora?
OBJETIVOS
Ø GERAL: Demonstrar
a importância da inserção de jogos lúdicos, como um modelo prático de vivência
e consciência, visando uma melhor prática no desenvolvimento da criança.
Ø ESPECÍFICOS:
1) Analisar a importância do lúdico no
ensino das crianças com o intuito de ter uma sociedade que se volte para esse
trabalho.
2) Perceber as possibilidades e os
limites das crianças, a partir de trabalhos que mobilizem a prática
desenvolvida no dia-a-dia de cada uma delas.
3) Realizar atividades utilizando
instrumentos práticos e teóricos nas atividades das crianças.
JUSTIFICATIVA
Na
Educação Infantil e 1º ano, as crianças compartilham um conjunto de situações
regulares em sua forma e freqüência, que envolvem ações estruturantes para o
bem-estar das crianças na escola e para a progressiva construção de valores
significativos na interação social, como a autonomia e a cooperação. Propor um
espaço para brincar e conviver com os outros, a Educação Infantil e 1º ano
destacam a interação com os diversos aspectos da cultura como eixo estruturante
da aprendizagem nesse segmento escolar.
Os
jogos são instrumentos lúdicos de aprendizagem que de forma agradável e eficaz
proporcionam velocidade no processo de mudança de comportamento e aquisição de
novos conhecimentos. Aprender jogando é a maneira mais prazerosa, segura e
atualizada de ensinar. Desta forma os alunos da sala de recursos estão, de
maneira lúdica, através de jogos em sala de aula aprendendo de forma
diferenciada.
Nos dias atuais não vemos mais isto
acontecer, pois ninguém mais tem tempo para brincar com seus filhos, o que se
vê é cada vez mais um número maior de escolinhas de esportes, escolas de
línguas, de computação, de danças, entre outras. Não há mais como ausentar o lúdico
do processo pedagógico, pois ele é o agente de um ambiente motivador e
coerente. Ao se separar as crianças do ambiente lúdico estão automaticamente
ignorando seus próprios conhecimentos, pois quando a criança entra na escola
ela já possui muitas experiências que lhes foram proporcionadas através das
brincadeiras e do jogo.
Não devemos negar que a escola tenha
também o seu lado sério, o problema é a forma pela qual ela interage com as
crianças. O fato de apresentar-se séria não quer dizer que ela deva ser
rigorosa e castradora, mas que ela consiga penetrar no mundo infantil para a
partir daí, poder desempenhar a sua real função de formadora afetivo
intelectual. É necessário que a mesma valorize a seriedade na busca do
conhecimento, resgatando o lúdico, o prazer do estudo, sem, contudo reduzir a
aprendizagem ao que é apenas prazeroso em si mesmo.
Como nos diz Santo Agostinho apud Santos
(1997, p. 45): "o lúdico é eminentemente educativo no sentido em que
constitui a força impulsora de nossa curiosidade a respeito do mundo e da vida,
o princípio de toda descoberta e toda criação".
FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
A educação lúdica sempre esteve presente em todas as
épocas entre os povos e estudiosos, sendo de grande importância no
desenvolvimento do ser humano na educação infantil e na sociedade. Os jogos e
brinquedos sempre estiveram presentes no ser humano desde a antiguidade, mas
nos dias de hoje a visão sobre o lúdico é diferente. Implicam-se o seu uso e em
diferentes estratégias em torno da pratica no cotidiano.
Brincando, a criança
vai construindo os alicerces da compreensão e utilização de sistemas simbólicos
como a escrita, assim como da capacidade e habilidade em perceber, criar,
manter e desenvolver laços de afeto e confiança no outro. Esse processo tem início
desde o nascimento, com o bebê aprendendo a brincar com a própria mãozinha e,
mais adiante, com a mãe. Assim como aos poucos vai coordenando, agilizando e
dotando seus gestos de intenção e precisão progressivas, vai aprendendo a
interagir com os outros, inclusive com seus pares, crescendo em autonomia e
sociabilidade.
(OLIVEIRA, 2002,).
Para a criança, as brincadeiras proporcionam um estado
de prazer, o que leva à descontração e, conseqüentemente, ao surgimento de
novas idéias criativas que facilitam a aprendizagem de novos conteúdos e
interações conscientes e inconscientes, favorecendo a confiança em si e no
grupo em que está inserida.
Diante disto, a escola precisa se dar conta que
através do lúdico as crianças têm chances de crescerem e se adaptarem ao mundo
coletivo. O lúdico deve ser considerado como parte integrante da vida do homem
não só no aspecto de divertimento ou como forma de descarregar tensões, mas
também como uma forma de penetrar no âmbito da realidade, inclusive na
realidade social.
O sentido real,
verdadeiro, funcional da educação lúdica estará garantindo se o educador
estiver preparado para realizá-lo. Nada será feito se ele não tiver um profundo
conhecimento sobre os fundamentos essenciais da educação lúdica, condições
suficientes para socializar o conhecimento e predisposição para levar isso
adiante (ALMEIDA, 2000, p.63)
Por meio de uma brincadeira de criança, pode-se
compreender como ela vê e constrói o mundo o que ela gostaria que ele fosse
quais as suas preocupações e que problemas a estão assediando. Pela
brincadeira, ela expressa o que tem dificuldade de traduzir em palavras. Nenhuma
criança brinca espontaneamente só para passar o tempo, embora ela e os adultos
que a observam possam pensar assim. Mesmo quando participa de uma brincadeira,
em parte para preencher momentos vagos, sua escolha é motivada por processos
internos, desejos, problemas, ansiedades. O que se passa na mente da criança
determina suas atividades lúdicas; brincar é sua linguagem secreta, que devemos
respeitar mesmo que não a entendemos.
No brincar a criança
está sempre acima de sua idade média, acima de seu comportamento diário. Assim,
na brincadeira de faz-de-conta, as crianças manifestam certas habilidades que
não seriam esperadas para sua idade. Nesse sentido, a aprendizagem cria a zona
de desenvolvimento proximal, ou seja, a aprendizagem desperta vários processos
internos de desenvolvimento. Deste ponto de vista, aprendizagem não é
desenvolvimento; entretanto o aprendizado adequadamente organizado resulta em desenvolvimento
mental e põe em movimento vários processos de desenvolvimento que, de outra
forma, seriam impossíveis de acontecer (VYGOTSKY apud OLIVEIRA, 2002, p. 132).
O jogo permite a expressão ludocriativa, podendo abrir
novas perspectivas do uso dos códigos simbólicos. Mas, para que estas idéias se
consolidem, é importantíssimo compreender os diferentes estágios de
desenvolvimento mental infantil e adequar os brinquedos às potencialidades das
crianças e, sobretudo, buscar diversificá-los com o objetivo de explorar novas
inteligências e áreas ainda não desenvolvidas.
É enorme a influência
do brinquedo no desenvolvimento de uma criança. É no brinquedo que a criança
aprende a agir numa esfera cognitiva, ao invés de agir numa esfera visual
externa, dependendo das motivações e tendências internas, e não por incentivos
fornecidos por objetos externos (Vygotsky (1989: 109)
As brincadeiras
que são oferecidas à criança devem estar de acordo com a zona de
desenvolvimento em que ela se encontra, desta forma, pode-se perceber a
importância do professor conhecer a teoria de Vygotsky. No processo da educação
infantil o papel do professor é de suma importância, pois é ele quem cria os
espaços, disponibiliza materiais, participa das brincadeiras, ou seja, faz a
mediação da construção do conhecimento.
A desvalorização do movimento natural
e espontâneo da criança em favor do conhecimento estruturado e formalizado
ignora as dimensões educativas da brincadeira e do jogo como forma rica e
poderosa de estimular a atividade construtiva da criança. É urgente e
necessário que o professor procure ampliar cada vez mais as vivências da
criança com o ambiente físico, com brinquedos, brincadeiras e com outras
crianças.
Pelo ato de brincar, a criança pode
desenvolver a confiança em si mesma, sua imaginação, a auto-estima, o
autocontrole, a cooperação e a criatividade, o brinquedo revela o seu mundo
interior e leva ao aprender fazendo. A escola que respeitar este conhecimento
de mundo prévio da criança e compreender o processo pelo qual a criança passa
até alfabetizar-se, propiciando-lhe enfrentar e entender com maior
tranqüilidade e sabor os primeiros anos escolares poderá ser considerado um
verdadeiro ambiente de aprendizagem.
MATERIAL E MÉTODOS
A Educação Infantil para ser
efetiva deve promover simultaneamente, o desenvolvimento de conhecimento, de
atitudes e de habilidades necessárias à preservação e melhoria da qualidade do
ensino aplicado. Utilizam-se como laboratório, os recursos naturais e físicos,
iniciando pela escola, expandindo-se pela circunvizinhança e sucessivamente até
a cidade, a região, o país, o continente e o planeta.
A
aprendizagem será mais efetiva se a atividade estiver ligada às situações da
vida real da cidade, do meio em que o aluno vive e da disposição do professor.
Baseando-se na importância do lúdico com crianças de cinco anos este trabalho
servirá para esclarecer duvidas de como é empregado no cotidiano na educação
infantil, verificando também se existe nas crianças alguma dificuldade na
assimilação da aprendizagem durante o desenvolvimento de alguma atividade.
Serão
realizadas oficinas de jogos, elaboração de brincadeiras, exercícios e jogos
teatrais e jogos coletivos de variados temas, sempre voltando para a realidade
de cada aluno.
CRONOGRAMA
Meta e atividade
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Levantamento bibliográfico
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Revisão bibliográfica
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Elaboração dos instrumentos de
pesquisa
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Aplicação do plano piloto
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Coleta de dados
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Sistematização dos dados e (segundo
relatório)
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Tabulação de dados
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Visita in lócus para finalizar a
pesquisa
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Seminário de Socialização
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ALMEIDA, Paulo Nunes, Educação
Lúdica, Técnicas e Jogos Pedagógicos. São Paulo: Loyola, 1995.
OLIVEIRA, Vera Barros de
(org.). O Brincar e a Criança do Nascimento aos Seis Anos. 4 ed.
Petrópolis: Vozes, 2002.
VYGOTSKY, L. 1989. A formação social da mente. São Paulo:
Martins Fontes.
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