quinta-feira, 16 de fevereiro de 2012

GESTÃO ESCOLAR: UM ESTUDO EXPLORATÓRIO EM UMA ESCOLA ESTADUAL DE ENSINO FUNDAMENTAL EM PORTO VELHO

Devilan Dutra Paulon[2]; Keila Silva Melo[3]; Marina Ribeiro Amorin[4]

RESUMO

Este artigo apresenta os resultados de uma pesquisa realizada em uma escola de Ensino Fundamental e Médio, em Porto Velho/RO, no período de setembro e outubro de 2008, cujo objetivo foi conhecer a atuação do gestor desta escola, bem como identificar os programas que a escola desenvolve e também quais as dificuldades na execução destes projetos. Para tanto, foi entrevistado o gestor escolar e a coordenadora pedagógica. A partir de reflexões de autores tais como: Lück (2000), Paro (2001), Freitas (2000), entre outros, confirmamos que o conceito de gestão escolar, relativamente recente, é de extrema importância na medida em que desejamos uma escola que atenda às atuais exigências da vida social: formar cidadãos, oferecendo, ainda, a possibilidade de apreensão de competências e habilidades necessárias e facilitadoras da inserção social. Pode-se mencionar que o processo de democratização da escolha de diretores tem contribuído para repensar a gestão escolar e o papel do diretor. No entanto, a pesquisa realizada evidenciou que a escola pesquisada ainda não apresenta sinais de uma gestão compartilhada e democrática, sendo ainda por indicação e sem a participação da comunidade.

Palavras-chave: Educação. Gestão Escolar. Democratização.

INTRODUÇÃO

A gestão escolar constitui uma dimensão e um enfoque de atuação que objetiva promover a organização, a mobilização e a articulação de todas as condições materiais e humanas necessárias para garantir o avanço dos processos sócio-educacionais dos estabelecimentos de ensino, orientados para a promoção efetiva da aprendizagem pelos alunos, de modo a torná-los capazes de enfrentar adequadamente os desafios da sociedade globalizada e da economia centrada no conhecimento.

Compete à gestão escolar estabelecer o direcionamento e a mobilização capazes de sustentar e dinamizar a cultura das escolas, de modo que sejam orientadas para resultados, isto é, um modo de ser e de fazer caracterizado por ações conjuntas, associadas e articuladas.

Sem esse enfoque, os esforços e gastos são dispendidos sem muito resultado, o que, no entanto, tem acontecido na educação brasileira, uma vez que se tem adotado, até recentemente, a prática de buscar soluções tópicas, localizadas e restritas, quando, de fato, os problemas da educação e da gestão escolar são globais e estão inter-relacionados.

Este trabalho está dividido do seguinte modo: na primeira parte será apresentado um breve histórico da administração escolar – suas raízes e processos de constituição teórica, bem como a atuação do gestor escolar na administração moderna. Na segunda parte estão elencados os dados da pesquisa realizada em uma escola estadual de ensino fundamental, em Porto Velho. Também é apresentada a análise dos resultados e as considerações do grupo.

1 BREVE HISTÓRICO DA ADMINISTRAÇÃO ESCOLAR: SUAS RAÍZES E PROCESSOS DE CONSTITUIÇÃO TEÓRICA

A sociedade, organizada em instituições públicas e privadas, identifica a relevância da administração como um meio para atingir objetivos, avaliar processos e resultados, ajustar-se às demandas. Assim, a administração, o gerenciamento e a gestão eficientes são percebidos como capazes de oferecer às instituições e seus componentes uma trilha para sua própria superação. O mesmo se aplica à escola; quando ela se institucionaliza, torna-se necessário administrá-la. A constante melhoria do sistema de ensino e da escola é um objetivo perseguido pela administração da educação.

A partir deste século, Segundo Gianini (2000), o centro de gravidade das esferas sociais passou dos bens para o conhecimento, desse modo, surgiram as escolas de administração: o Taylorismo, o Fayolismo, o Fordismo, o Toyotismo e outras. No entanto, estamos agora na era do conhecimento e o seu surgimento como centro da sociedade, fundamento da economia e da ação social muda drasticamente a posição, o significado e a estrutura do mesmo. Contudo, a educação precisa ao mesmo tempo trabalhar a unidade da espécie humana de forma integrada com a idéia de diversidade, sendo, por isso, necessário educar para combater o egocentrismo, o etnocentrismo e o sociocentrismo, que procuram colocar em posição subalterna as questões relevantes para a vida das pessoas e da sociedade.

Assim é que a escola se encontra, hoje, no centro de atenções da sociedade. Isto porque se reconhece que a educação, na sociedade globalizada e economia centrada no conhecimento, constituem grande valor estratégico para o desenvolvimento de qualquer sociedade, assim como condição importante para a qualidade de vida das pessoas (LÜCK, 2000, p. 12)

No momento, encontramos uma nova visão na construção das conexões que ligam modificações do capitalismo contemporâneo e seus reflexos excludentes nas formas de trabalho e nos eixos fundamentais que organizam as culturas, conforme Gianini, pois, a globalização da economia estabelece regras comuns baseadas nas novas tecnologias que eliminam a distância, mas, por outro lado, criam reações locais que surgem marcadas pela ampliação dos meios de comunicação e pelas novas práticas sociais.

Segundo o autor, as mudanças sócio-culturais estão marcadas pela história de cada grupo, assim como pelas instituições existentes, pelos aparatos de poder e pelas crenças religiosas sendo que nem todas desenvolvem uma prática inovadora. A criatividade, a negociação e a capacidade de mobilização serão os mais importantes instrumentos para conquistar um lugar na nova sociedade que está se constituindo em rede.

Porém, de acordo com Lück (2000), a mudança mais significativa que se pode registrar é a do modo como vemos a realidade e de como dela participamos, estabelecendo sua construção. No geral, em toda a sociedade, observa-se o desenvolvimento da consciência de que o autoritarismo, a centralização, a fragmentação, o conservadorismo e a ótica do dividir para conquistar, do perde-ganha, estão ultrapassados, por conduzirem ao desperdício, ao imobilismo, ao ativismo inconseqüente, à desresponsabilização por atos e seus resultados e, em última instância, à estagnação social e ao fracasso de suas instituições.

Essa mudança de paradigma é marcada por uma forte tendência à adoção de concepções e práticas interativas, participativas e democráticas, caracterizadas por movimentos dinâmicos e globais, com os quais, para determinar as características de produtos e serviços, interagem dirigentes, funcionários e cliente estabelecendo alianças, redes e parcerias, na busca de soluções de problemas e alargamento de horizontes. Em meio a essa mudança, não apenas a escola desenvolve essa consciência, como a própria sociedade cobra que o faça.

2 O GESTOR ESCOLAR NA ADMINISTRAÇÃO MODERNA

As políticas públicas evoluem, e com elas evoluem os paradigmas gerenciais. Buscam-se soluções para o gerenciamento e a qualidade educacional mediante a parceria com os que fazem a educação acontecer no cotidiano da escola. No entanto para Freitas (2000, p. 48 "[...] padrões, com mais flexibilidade e outorgando um certo grau de participação aos trabalhadores [..] não lhes garante o controle efetivo do processo produtivo, nem dos seus resultados. Se os educadores não se empenharem, política e tecnicamente, em prol de uma participação efetiva, a reorganização das funções administrativas e da gestão da escola na rede pública continuará ocorrendo com sua ilusória participação nos processos decisórios.

Segundo Lück (2000), até bem pouco tempo, o modelo de direção da escola era considerado hegemônico, cujo diretor era tutelado dos órgãos centrais, sem voz própria para determinar o destino de seu próprio estabelecimento de ensino e, em conseqüência, era desresponsabilizado dos resultados de suas ações e respectivos resultados. Seu papel era o de guardião e gerente de operações, cujo trabalho constituía-se, sobretudo, de repassar informações, controlar, supervisionar, dirigir o fazer escolar, de acordo com as normas propostas pelo macro sistema ou pela mantenedora. Portanto, era considerado bom diretor quem cumpria essas obrigações plenamente e garantia que a escola não fugisse ao estabelecido em âmbito central ou em hierarquia superior.

Contudo, para Gianini (2000), uma das características distintivas da modernidade é uma interconexão crescente entre os dois extremos da "extencionalidade" e da "intencionalidade": de um lado influências globalizantes e, do outro, disposições pessoais. A questão da educação entre o global e o local em alguns países da Europa, parecem complementar-se uma à outra estabelecendo experiências interessantes tanto para as escolas como para seus alunos. Ocorre sempre a possibilidade de um currículo condensado o que submete os alunos a um tratamento superficial das matérias, uma vez que terão que cumprir e assegurar a parte obrigatória das matérias curriculares. Porém, há muitos aspectos positivos a serem extraídos destas novas extensões da aprendizagem.

De acordo com Gianini (2000), as escolas só podem ser inovadoras se definirem e, de forma constante, desenvolverem os seus objetivos, os seus métodos pedagógicos e conteúdos curriculares de acordo com as normas adequadas, estando esses, baseados nas necessidades e potencialidades dos seus "clientes", as crianças e os jovens. Para ele, os mais importantes pré-requisitos das boas escolas são os professores criativos, motivados e bem preparados, os papéis que desempenham e as responsabilidades, que lhes são próprias, requerem um processo de aprendizagem permanente, ao longo da vida. Com isso, cabe à liderança de uma escola inovadora promover as iniciativas e o sentido de responsabilidade dentro da escola que se reflete em seus membros que são, no seu conjunto, responsáveis pela imagem que dela dão perante a sociedade. A responsabilidade global recai no corpo de gestores da escola.

A própria sociedade, embora muitas vezes não tenha bem claro de que tipo de educação seus jovens necessitam, já não está mais indiferente ao que ocorre nos estabelecimentos de ensino. Não apenas exige que a escola seja competente e demonstre ao público essa competência, com bons resultados de aprendizagem pelos seus alunos e bom uso de seus recursos, como também começa a se dispor a contribuir para a realização desse processo, assim como a decidir sobre os mesmos (LÜCK, 2000, p. 12)

De acordo com Lück (2000), Observa-se, também, o interesse de grupos e organizações, no sentido de colaborarem com a escola, constituindo-se essa área, um campo fértil para a realização de parcerias em prol da educação, para o desenvolvimento da sociedade e, por conseguinte, um grande desafio para os gestores escolares, por exigirem deles novas atenções, conhecimentos e habilidades. São demandadas mudanças urgentes na escola, a fim de que garanta formação competente de seus alunos, de modo que sejam capazes de enfrentar criativamente, com empreendedorismo e espírito crítico, os problemas cada vez mais complexos da sociedade.

A educação, no contexto escolar, se complexifica e exige esforços redobrados e maior organização do trabalho educacional, assim como participação da comunidade na realização desse empreendimento, a fim de que possa ser efetiva, já que não basta ao estabelecimento de ensino apenas preparar o aluno para níveis mais elevados de escolaridade, uma vez que o que ele precisa é de aprender para compreender a vida, a si mesmo e a sociedade, como condições para ações competentes na prática da cidadania.

O ambiente escolar como um todo deve oferecer-lhe esta experiência. Com isso, a Educação, dada sua complexidade e crescente ampliação, já não é vista como responsabilidade exclusiva da escola.

A própria sociedade, de acordo com Lück (2000), não apenas exige que a escola seja competente com bons resultados de aprendizagem pelos seus alunos e bom uso de seus recursos, como também começa a se dispor a contribuir para a realização desse processo, assim como a decidir sobre os mesmos.

Todo esse movimento, alterando o sentido e concepção de educação, de escola e da relação escola/sociedade, tem envolvido um esforço especial de gestão, isto é, de organização da escola, assim como de articulação de seu talento, competência e energia humana, de recursos e processos, com vistas à promoção de experiências de formação de seus alunos, capazes de transformá-los em cidadãos participativos

Ainda segunda a autora ao analisarmos, ao pé da letra, a determinação constitucional de que educação é dever do Estado, perceberemos que esta é comumente associada ao entendimento limitado de que a escola é responsabilidade do governo, visto este como uma entidade superior e externa à sociedade, uma supra-entidade, ao mesmo tempo autoritária e paternalista, nos levando a entender que a educação é apenas direito da sociedade.

No entanto, desde a década de 80, conforme Gianini (2000), a questão da gestão educacional já tem sofrido, em vários países, significativas alterações do papel do Estado nos processos de decisão política e administração da educação. Contudo, as escolas desempenham os seus deveres educacionais em paralelo e em complemento da ação da família, que é parte integrante da sociedade, tendo de ser flexíveis, ajustando-se às exigências de mudança.

Todos aqueles que estão envolvidos no sistema educacional contribuem de forma consistente, para o melhoramento da sua qualidade. De acordo com Paro (2001) a democratização da gestão fortalecida pelos mecanismos de participação na escola, em especial do Conselho Escolar, pode-se apresentar como uma alternativa criativa que envolve os diferentes segmentos das comunidades local e escolar, buscando formas de ampliar a participação ativa de professores, coordenadores, orientadores educacionais, estudantes, funcionários e pais de estudantes na efetivação de um processo de gestão inovador possibilitando a construção de uma nova cultura escolar.

Ainda de acordo com documento do MEC (2008) também menciona que esse processo de mudança, que amplia o estabelecimento de ações compartilhadas na escola e fortalece a forma de organização coletiva, com a estrutura de equipe gestora, e a criação e atuação dos Conselhos Escolares têm se mostrado um dos caminhos para se avançar na democratização da gestão escolar.

Nesse sentido, Hengemuhle (2004, p, 20) cita os fundamentos que podem embasar um Conselho Escolar e os integrantes que o podem constituir:

O principio é o da construção coletiva, da representação, participação e co-responsabilidade de todos os seguimentos;

Objetivos comuns buscados harmônica e subsidiariamente dão dinamismo ao Conselho;

O presidente e vice-presidente do Conselho de pais, do centro de professores, grêmio estudantil, escolhidos anualmente por seus pares, formam juntamente com o diretor e um representante da mantenedora, da sociedade... o conselho escolar [...].

Portanto, as escolas inovadoras precisam, para florescer, de um clima favorável, sendo tarefa das entidades nacionais e locais estabelecerem o equilíbrio entre a autonomia da escola e a necessidade de garantir oportunidades educativas.

3 DADOS DA PESQUISA

3.1 Relato

A pesquisa deste trabalho foi desenvolvida em uma escola estadual de ensino fundamental localiza-se na zona Leste no município de Porto Velho-RO, oferecendo o Ensino Fundamental 1ª a 4ª séries iniciais do ensino regular nos turnos: matutino e vespertino e o supletivo noturno 1º e 2º segmento para a Educação de Jovens e Adultos (EJA). A pesquisa foi realizada no período de setembro e outubro de 2008 e os participantes entrevistados foram a gestora administrativa e a supervisora escolar, mediante um roteiro de entrevista com perguntas abertas.

Segundo a administradora escolar, a escola pesquisada, não possui o conselho de escola, não estando organizado nenhum outro tipo de conselho. Ao ser questionada como é feita a avaliação do trabalho dos professores procurando perceber se há uma divisão de responsabilidade entre ela e o coordenação pedagógica, contudo, o mesmo nos disse que essa avaliação é de responsabilidade do coordenador pedagógico e que apenas em casos extremos, como na falta do cumprimento de seus deveres legais, é levado ao conhecimento do gestor. Nessa perspectiva, perguntamos como é a relação diretor-professor, ela nos disse que há um bom entrosamento entre os mesmo e que não há uma intervenção sua, de forma direta, sobre os deveres de trabalho dos professores.

Esta também foi indagada a respeito do que ela sabe sobre Gestão Democrática, e a mesma afirmou: "é bonito no papel, aqui na prática, prefiro que seja por indicação, eu sempre fui indicada [...]". "[...] já tô querendo ir ali pra outra escola, aqui ta muito difícil trabalhar, falta tudo nesta escola".

Em relação à organização do currículo escolar fomos informados que ele foi todo elaborado com base no P.P.P. da escola que teve sua primeira edição formulada em 2001 por toda a equipe da escola havendo um reelaboração (adaptação) pela supervisora atual, devido a alterações em alguns dados da escola para o encaminhamento ao PDE. Tivemos acesso ao P.P.P e o podemos observar que o mesmo é composto por: Dados de identificação da escola; Apresentação do projeto; Introdução; Justificativa; Marco situacional; Biografia da escola; Objetivos; Publico alvo; Operacionalização; Perfil educacional; Avaliação do projeto; Bibliografia; e Anexos: Plano de ação da direção: "buscando uma ação compartilhada";Plano de ação da secretaria; Plano de ação das atividades pedagógicas.

A escola pesquisada consta os seguintes projetos:

Superando dificuldades: (projeto voltado ao reforço escolar, que atualmente não esta sendo desenvolvido conforme especificado no projeto pela falta de estrutura e condição da escola e que hoje o próprio professor desempenha a tarefa de reforço escolar com seus próprios alunos que têm dificuldades de aprendizagem no horário e na forma como melhor lhe convém);

Sala de vídeo: (não está sendo desenvolvido por falta de condições estruturais da escola);

PROFIPES: (Programa de suporte Financeiro a Projetos Escolares) esse projeto está sendo desenvolvido atualmente na escola conforme manual de orientações pedagógicas e de aplicação financeira enviado pela SEDUC. O programa tem o objetivo de propiciar às unidades de ensino o fortalecimento de sua autonomia pedagógica, visando a eficácia do processo de combate a problemas de ensino e de aprendizagens. Podem participar do PROFIPES todas as escolas da rede Estadual que atendam a educação básica, incluindo as especificidades de educação especial, EJA (presencial), Educação Indígena e Profissional.

Cada escola terá o direito ao repasse de recursos financeiros para execução de apenas um projeto por ano letivo. O público alvo do programa contempla alunos por series, por modalidade de ensino, por turno, por nível ou segmento de ensino podendo ser estendido a atividade de formação continuada no cotidiano escolar envolvendo professor e corpo técnico. Os projetos devem ser elaborados por professores e equipe técnico da escola (supervisor, orientador, psicólogo e diretor) em ação conjunta.

Quanto à distribuição do tempo entre as disciplinas obrigatórias e facultativas a diretora da escola informou que não há uma organização quanto às disciplinas facultativas (Artes e Ensino Religioso) uma vez que só as disciplinas obrigatórias fazem parte do currículo da escola ficando optativo ao professor trabalhar as questões das respectivas disciplinas acima citadas.

3.2 Análise dos dados da pesquisa

Nota-se que na escola pesquisada, não há uma interação entre o Gestor/Supervisor e demais funcionários, o que sugere que cada um trabalha como acha que deve. Desse modo, a gestora deixa de cumprir a sua função, pois sabe-se que os gestores devem também possuir habilidades para diagnosticar e propor soluções assertivas às causas geradoras de conflitos nas equipes de trabalho, ter habilidades e competências para a escolha de ferramentas e técnicas que possibilitem a melhor administração do tempo, promovendo ganhos de qualidade e melhorando a produtividade profissional. O Gestor deve estar ciente que a qualidade da escola é global, devido à interação dos indivíduos e grupos que influenciam o seu funcionamento.

No que diz respeito à gestão democrática, participativa, a pesquisa demonstra que na escola em questão, ainda caminha a passos lentos, visto que a gestora acredita que a indicação é a melhor opção em detrimento da escolha participativa com toda a comunidade escolar.

Nesse sentido, a gestão participativa anda muito longe dessa realidade escolar, uma vez que compete à gestão escolar estabelecer o direcionamento e a mobilização capazes de sustentar e dinamizar a cultura das escolas, de modo que sejam orientadas para resultados, isto é, um modo de ser e de fazer caracterizado por ações conjuntas, associadas e articuladas.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Na Gestão democrática deve haver compreensão da administração escolar como atividade meio e reunião de esforços coletivos para o implemento dos fins da educação, assim como a compreensão e aceitação do princípio de que a educação é um processo de emancipação humana; que o Plano Político pedagógico (PPP) deve ser elaborado através de construção coletiva e que além da formação deve haver o fortalecimento do Conselho Escolar.

A gestão democrática da educação está vinculada aos mecanismos legais e institucionais e à coordenação de atitudes que propõem a participação social: no planejamento e elaboração de políticas educacionais; na tomada de decisões; na escolha do uso de recursos e prioridades de aquisição; na execução das resoluções colegiadas; nos períodos de avaliação da escola e da política educacional.

Com a aplicação da política da universalização do ensino deve-se estabelecer como prioridade educacional a democratização do ingresso e a permanência do aluno na escola, assim como a garantia da qualidade social da educação.

O gestor, que pratica a gestão com liderança deve buscar combinar os vários estilos como, por exemplo: estilo participativo que é uma liderança relacional que se caracteriza por uma dinâmica de relações recíprocas; estilo perceptivo/flexível que é uma liderança situacional que se caracteriza por responder a situações específicas; estilo participativo/negociador que é uma liderança consensual que se caracteriza por estar voltada a objetivos comuns, negociados; e estilo inovador: que é uma liderança prospectiva que se caracteriza por estar direcionada à oportunidade, isto é, à visão de futuro.

O gestor deve saber integrar objetivo, ação e resultado, assim agrega à sua gestão colaboradores empreendedores, que procuram o bem comum de uma coletividade.

As atitudes, os conhecimentos, o desenvolvimento de habilidades e competências na formação do gestor da educação são tão importantes quanto a prática de ensino em sala de aula. No entanto, de nada valem estes atributos se o gestor não se preocupar com o processo de ensino/aprendizagem na sua escola.

Portanto, pode-se afirmar que os objetivos da pesquisa foram alcançados, mas observamos que a atuação do gestor desta escola demonstra insatisfação no exercício de sua função, e ainda, os sujeitos pesquisados não correspondem as competências de um gestor democrático. No que se diz respeito aos programas que a escola desenvolve notamos que a escola enfrenta dificuldades para executá-los. Das principais dificuldades percebidas, podemos mencionar que a atuação da gestão e a questão financeira contribuem para ineficiência e inviabilizam a execução destes programas.

REFERÊNCIAS

BRASIL. Ministério da Educação – MEC. Brasília. Caderno 5: O diretor, o Conselho Escolar e a gestão democrática na escola. Disponivel em:

<http://portal.mec.gov.br/seb/index.php?option=content&task=view&id=792&Itemid=83>Acesso em: 23 de setembro de 2008.

FREITAS, Kátia Siqueira de. Uma Inter-relação: políticas públicas, gestão democrático-participativa na escola pública e formação da equipe escolar. Em Aberto, Brasília, v. 17, n. 72, p. 1-195, fev./jun. 2000.

GIANINI, Rivo. O global e o local. Os desafios para o educador gestor do século XXI. Rec;ife, 2000. Disponível em: <www.pedagogiaemfoco.pro.br/adm01.htm>. Acesso em: 10 de setembro de 2008.

LÜCK, Heloísa. Perspectivas da Gestão Escolar e Implicações quanto à Formação de seus Gestores. Em Aberto, Brasília, v. 17, n. 72, p. 1-195, fev./jun. 2000.

HENGEMUHLE, Adelar. Gestão do ensino e práticas pedagógicas. Rio de Janeiro: VOZES, 2004.

PARO, Vitor Henrique. Administração escolar: introdução crítica. 10 ed. São Paulo: Cortez, 2001.

VALERIEN, Jean. Gestão de escola fundamental: subsídios para analise de aperfeiçoamento. 8 ed. São Paulo: Cortez, [Paris]: UNESCO; [Brasília]: Ministério da Educação e Cultura, 1993.

Autor: Keila Melo

Face à experiência resultante da implementação da Reorganização Curricular do Ensino Básico e da Revisão Curricular do Ensino Secundário, o Ministério da Educação definiu novas normas a observar para a matrícula dos alunos.Estas normas aplicam-se às escolas e aos agrupamentos de escolas do Ensino Básico e Secundário públicas, particulares e cooperativas.
Encarregado de educação
Considera-se encarregado de educação quem tiver menores à sua guarda:
  • pelo exercício do poder paternal;
  • por decisão judicial;
  • pelo exercício de funções executivas na direcção de instituições que tenham menores, a qualquer título, à sua responsabilidade;
  • por delegação, devidamente comprovada, por parte de qualquer das entidades acima referidas.

    Matrícula

    É necessário efectuar matrícula para ingresso, pela primeira vez:

  • no Ensino Básico;
  • no Ensino Secundário;
  • ou no Ensino Recorrente.

    No Ensino Básico, o pedido de matrícula é apresentado, presencialmente ou via on-line, na escola ou agrupamento de escolas do ensino público da área da residência do aluno ou da actividade profissional dos pais ou encarregado de educação ou ainda.

    No caso dos alunos que pretendam frequentar o ensino particular e cooperativo, o pedido é efectuado na escola pretendida.

    O prazo para o pedido de matrícula decorre desde o início de Janeiro até 31 de Maio do ano lectivo anterior.

    Para ingresso no Ensino Básico são autorizados pedidos de matrículas de crianças que completem os seis anos de idade entre 16 de Setembro e 31 de Dezembro.

    No Ensino Secundário, o pedido de matrícula pode ser efectuado presencialmente ou via on-line, sendo dirigido à escola ou agrupamento de escolas onde o aluno concluiu o Ensino Básico. O prazo é definido pela escola, não podendo ultrapassar a data limite de 15 de Julho.

    Renovação de Matrícula

    A renovação de matrícula realiza-se, nos anos lectivos subsequentes ao da matrícula até à conclusão do respectivo nível de ensino e para o prosseguimento de estudos.
    O prazo é definido pela escola, não podendo ultrapassar a data limite de 15 de Julho ou o 3.º dia útil subsequente à definição da situação escolar do aluno.

    No Ensino Básico, a renovação de matrícula realiza-se automaticamente na escola ou agrupamento de escolas frequentado pelo aluno. Quando justificável deve ser facultada ao encarregado de educação a informação disponível que lhe permita verificar a sua correcção ou a efectivação de alterações necessárias, em suporte papel ou on-line.

    No Ensino Secundário, a renovação de matrícula realiza-se na escola ou agrupamento de escolas frequentado pelo aluno. Quando justificável, deve ser facultada ao encarregado de educação ou ao aluno, quando maior de idade, a informação disponível que lhe permita verificar a sua correcção ou a efectivação de alterações necessárias, em suporte papel ou on-line.

    Note-se que a matrícula ou a sua renovação deve considerar-se condicional, só se tornando definitiva quando estiver concluído o processo de distribuição dos alunos pelos estabelecimentos de ensino.

    Expirados os prazos mencionados podem ainda ser aceites, em condições excepcionais e devidamente justificadas, matrículas ou renovações de matrícula no Ensino Secundário, nas condições seguintes:

  • Nos oito dias úteis imediatamente seguintes, mediante o pagamento de propina suplementar, estabelecida pela escola.
  • Terminado o referido prazo, até 31 de Dezembro, mediante a existência de vaga nas turmas constituídas e o pagamento de uma propina suplementar estabelecida pela escola.Preferência de estabelecimentos de ensino

    No acto de matrícula ou de renovação de matrícula, o aluno ou o encarregado de educação deve indicar, por ordem de preferência e sempre que o número de estabelecimentos de ensino existentes na área o permita ou justifique, cinco estabelecimentos de ensino.

    Esta ordem deve subordinar-se:

  • No caso do Ensino Básico, à proximidade da área da sua residência, ou da actividade profissional dos pais ou encarregados de educação, ou ainda ao percurso sequencial do aluno.
  • No caso do Ensino Secundário, à existência de curso, opções ou especificações pretendidas, devendo os serviços das escolas informar previamente os alunos ou os encarregados de educação da rede educativa existente.Prioridades nas matrículas e renovação

    Nos Jardins de Infância da Rede Pública do Ministério da Educação, deverá ser dada preferência às crianças mais velhas contando-se a idade, para o efeito, sucessivamente em anos, meses e dias. Segue-se a prioridade na matrícula às crianças com necessidades educativas especiais, nas escolas de referência, de acordo com o processo de referenciação efectuado pelos órgãos de administração e gestão. As prioridades definidas neste despacho serão observadas em casos de empate.

    No Ensino Básico, as vagas existentes em cada escola ou agrupamento de escolas para matrícula ou renovação de matrícula são preenchidas dando-se prioridade, sucessivamente, aos alunos:

  • com necessidades educativas especiais resultantes de deficiências ou incapacidade e que careçam de adequação das instalações e ou da existência de apoio especializado às exigências da acção educativa ou de ensino especial;
  • com necessidades educativas especiais resultantes de deficiências ou incapacidade não abrangidos nas condições referidas na alínea anterior;
  • que frequentaram, no ano lectivo anterior, a Educação Pré-Escolar ou o Ensino Básico no mesmo estabelecimento;
  • com irmãos já matriculados no ensino básico no estabelecimento de ensino;
  • que frequentaram, no ano lectivo anterior, a educação pré-escolar ou o ensino básico em outro estabelecimento do mesmo agrupamento de escolas;
  • cuja residência ou actividade profissional, devidamente comprovadas, dos pais ou encarregado de educação se situe na área de influência do estabelecimento de ensino;
  • mais velhos, no caso da primeira matrícula, e mais novos, nas restantes situações;
  • que completem os seis anos de idade entre 16 de Setembro e 31 de Dezembro, tendo prioridade os alunos mais velhos.No Ensino Secundário, as vagas existentes em cada escola para matrícula ou renovação de matrícula são preenchidas dando-se prioridade, sucessivamente, aos alunos:
  • com necessidades educativas especiais resultantes de deficiências ou incapacidade;
  • que frequentaram a escola no Ensino Secundário no ano lectivo anterior;
  • que se candidatem à matrícula, pela primeira vez, no 10.º ano de escolaridade, em função do curso pretendido. Aos candidatos à matrícula, pela primeira vez, no 10.º ano de escolaridade é dada prioridade de acordo com os seguintes critérios:
  • alunos com necessidades educativas especiais resultantes de deficiências ou incapacidade;
  • alunos que frequentaram a escola no ano anterior;
  • alunos co
  • O Projeto Vida – Educação Ambiental passou por fases distintas:

    Primeira fase – Elaboração do livro e apresentação da proposta metodológica em cursos, oficinas, eventos educacionais, escolas (1993-1998).

    Segunda fase – Criação do Website para maior abrangência e ampliação das propostas do projeto, acrescentando os objetivos: disponibilizar material informativo diversificado relacionado à EA; integrar práticas e projetos ligados à EA, publicados na Internet, através da disponibilização dehiperlinks (1999 – 2000).

    Terceira fase – Manutenção e atualização do Website, moderação do Grupo de Discussão sobre Educação Ambiental (GEAI/Grupo de Educação Ambiental da Internet) via correio eletrônico, elaboração de  CD-Room contendo a proposta metodológica do Projeto Vida – Educação Ambiental, revisada e atualizada (2001 – …).

    Descrição da proposta metodológica e das fases do projeto:

    Primeira fase do Projeto Vida – Educação Ambiental

    O livro Planejamento Ambiental para Professores da Pré-escola à Terceira Série do Primeiro Grauoferece aos/as professores/as um roteiro temático com sugestões de histórias e textos, para serem trabalhados com seus alunos e tem a intenção de auxiliar na inclusão da Educação Ambiental às práticas rotineiras da escola.

    Este planejamento levou em conta o fator seriado, tendo em vista que a atual organização escolar está assim estruturada.

    Proposta metodológica

    A proposta metodológica baseia-se, fundamentalmente, em uma metodologia de alfabetização construtivista chamada de Método da Palavração. O método de alfabetização da palavração consiste em apresentar a “palavra-chave”, de forma a despertar o interesse da criança sobre o assunto implícito na palavra-chave, trabalhando de forma diversificada o amplo universo em torno do conceito apresentado.

    Tendo em vista que todo processo de alfabetização antecede a série “alfabetizadora” propriamente dita, ou 1a. Série, pois já na Educação Infantil a criança começa a “ler o mundo”, o Planejamento Ambiental sugere a introdução dos temas abordados através de histórias. Uma característica marcante da criança desta faixa etária (5/6 anos) é o egocentrismo, ou seja, tudo o que existe a sua volta é dela, como se o mundo lhe pertencesse.

    Na medida em que cresce e se socializa ocorre uma maturação no sentido da forma como vê e percebe o mundo que a cerca.

    Na proposta metodológica do Planejamento Ambiental, esta “evolução” da estrutura emocional da criança é levada em conta, quando propõe que os mesmos assuntos sejam apresentados ampliando a abrangência que engloba o conceito que, pouco a pouco, vai sendo construído e elaborado.

    Sendo um planejamento que pretende auxiliar no processo de alfabetização (processo este que antecede a 1a. Série e continua se desenvolvendo nas demais séries do Ensino Fundamental) e inserir o enfoque ambientalista a esta prática, é importante trazer a tona, ao menos a essência do Método da Palavração que se baseia nos princípios do construtivismo.

    Dentre muitos métodos de alfabetização que existem, o que melhor se enquadra a uma abordagem interdisciplinar para as séries iniciais da educação básica, bem como a inclusão da Educação Ambiental nesta prática é o Método da Palavração. Basicamente este método consiste em apresentar a palavra-chave e a partir do estudo do conceito desta palavra é feita a conexão à vivência do educando. Este método nos permite apresentar às crianças palavras que sejam relacionadas ao ambiente e a vida de uma forma geral, bem como realizar atividades diversas que contribuam simultaneamente para o processo da alfabetização propriamente dita e a inclusão da Educação Ambiental dentro do contexto educacional do educando.

    É importante destacar que o aprendizado ocorre de forma mais significativa quando vivenciado e quando o educando sente-se parte daquilo que está estudando.

    Considero necessário salientar a diferença destes métodos para que se perceba o grande distanciamento que há entre um método e outro. Como exemplo utilizarei o Método Silábico, que consiste em estudar as “famílias” silábicas das palavras, fazendo, em seguida, a comparação com o Método da Palavração.

    Ao apresentar a palavra VIDA, no Método Silábico, o próximo passo seria a separação da palavra em sílabas: VI – DA. Partindo destas sílabas, seriam estudadas as famílias silábicas de cada sílaba da palavra: VA-VE-VI-VO-VU e DA-DE-DI-DO-DU. Metodologicamente a seqüência seria o estudo das junções destas duas famílias para a formação de novas palavras: DAVI – VIVO – VIVA – DIVA, e assim sucessivamente. Creio que com este exemplo seja possível entender como ocorre o processo de alfabetização pelo Método Silábico, um dos métodos mais utilizados no Brasil.

    Ao apresentar a palavra VIDA, no Método da Palavração, que consiste em estudar a palavra e sua significação real, o próximo passo seria a conversação sobre o assunto ou tema que apresenta a palavra. Depois da conversação, as atividades propostas envolveriam dramatizações, vivências, atividades artísticas e físicas, pesquisas, entre outras, sobre o tema apresentado. A palavra, em todos os momentos, seria amplamente visualizada para a fixação da escrita às vivências realizadas. Após estas atividades o/a professor/a convida as crianças a formularem pequenas frases e com elas continua trabalhando o assunto, até perceber o momento certo para apresentar um novo conceito, e assim, sucessivamente.

    Desta forma é fácil perceber a diferença entre um método e outro, através destes singelos exemplos. Da mesma forma que, pelo Método da Palavração a aprendizagem se processa de forma mais significativa e com compreensão, pois permite ler interpretando e não simplesmente decodificar símbolos como no Método Silábico, a inserção da Educação Ambiental pode ser realizada de forma espontânea e clara. É através das “palavras-chaves” que poderemos apresentar assuntos que normalmente não ultrapassam os muros das escolas, principalmente nas séries iniciais.

    A proposta metodológica é dividida em quatro etapas distintas:

    A metodologia continuísta do Planejamento Ambiental é baseada em quatro conceitos principais que são: ambiente, ecologia, preservação e reciclagem. Partindo destes conceitos principais são trabalhados sub-conceitos. Então, abre-se um leque de possibilidades para o/a professor/a desenvolver suas atividades de acordo com as características de sua realidade educacional e ambiental.

    Os conceitos desenvolvidos são abordados de forma específica e interdisciplinar, para cada série, ou seja, na Educação Infantil as atividades sugeridas respeitam o nível de entendimento intelectual inserindo os assuntos ambientais de forma implícita através de pequenas histórias, cabendo ao professor/a trazer a tona os elementos ambientais que a história apresenta. Na 1a. Série, levando em conta o processo de alfabetização, são sugeridos pequenos textos que abordam os assuntos de forma mais específica. Na 2a. Série os textos apresentados tornam-se mais abrangentes, tendo em vista que o grau de compreensão desta faixa etária é maior. Por fim, na 3a. Série é possível utilizar nomenclaturas mais específicas onde os conceitos são desenvolvidos de forma mais aprofundada. Assim, a criança vai gradativamente construindo a sua conscientização em relação ao papel do ser humano no contexto do ambiente em que vive.

    Temas geradores de cada etapa e as respectivas palavras-chaves:

    1. Primeira Etapa: Ambiente

    2. Segunda Etapa: Ecologia

    3. Terceira Etapa: Preservação

    4. Quarta Etapa: Reciclagem

    Para cada etapa serão apresentadas palavras-chaves relacionadas com o “tema gerador”:

    1. Ambiente:

    Fazendo uma “costura*” com os temas abordados em AMBIENTE: O planeta TERRA é o corpo celeste que proporciona a possibilidade da vida. A NATUREZA é parte integrante do planeta Terra que é composta por componentes naturais: plantas, rios, animais, tudo o que não foi alterado pelo ser humano. As PLANTAS são importantes seres com os quais compartilhamos a vida e que garantem a sobrevivência, pois são fontes de ALIMENTOS, tanto para seres humanos como para as demais espécies animais. O AMBIENTE pode ser natural ou construído. O Ambiente construído é composto por CIDADES GRANDES e CIDADES PEQUENAS. São ambientes que foram estruturados ao longo da história da humanidade como forma de organização dos povos. As PESSOAS são espécies de animais e, dependendo do lugar onde vivem, possuem etnias ou raças diferentes. A TERRA é dividida, pelos seres humanos, em PAÍSES que são formados por diferentes povos. Assim como as pessoas têm diferentes raças, os animais têm diferentes categorias, alguns são ANIMAIS PEQUENOS, outros são ANIMAIS GRANDES.

    TERRA (planeta)

    NATUREZA

    PLANTAS

    ALIMENTOS

    CIDADE GRANDE

    CIDADE PEQUENA

    PESSOAS

    PAÍSES

    ANIMAIS PEQUENOS

    ANIMAIS GRANDES

    2. Ecologia:

    Fazendo uma “costura” com os temas abordados em ECOLOGIA: A VIDA é um conjunto de propriedades e qualidades graças as quais animais e plantas se mantêm em contínua atividade (nesta etapa poderá ser feita a associação dos elementos trabalhados na etapa anterior: animais, plantas, pessoas). Sem vida não haveria existência na TERRA. Para que a vida possa ocorrer são necessários, portanto, elementos que proporcionem energia para os seres vivos como AR que se encontra na atmosfera que envolve a TERRA, a ÁGUA que é encontrada em diferentes lugares, podendo ser doce ou salgada, dependendo da sua origem (rio ou mar) e serve de ALIMENTO para que os organismos vivos prossigam seu ciclo. Outro fator importante para a existência da VIDA é a LUZ. A luz solar é importante fonte não só de claridade, mas também de calor e de energia. A CHUVA é essencial, pois é encarregada de distribuir água pelo planeta e sem ela os ambientes se transformariam em desertos. As FLORESTAS são ambientes naturais compostos por árvores e outras plantas. Nas FLORESTAS vivem muitas espécies animais e vegetais e ao transformarem gás carbônico em oxigênio, purificam o AR. Elas ocorrem em ambientes terrestres e normalmente são nutridas por RIOS. Os RIOS são fonte de água doce que proporcionam a vida aquática. O MAR é comporto por água salgada e também proporciona a vida aquática.

    VIDA

    AR

    ÁGUA

    ALIMENTO

    LUZ

    CHUVA

    FLORESTA

    RIO

    MAR

    3. Preservação:

    Fazendo uma “costura” com os temas abordados em PRESERVAÇÃO: Como sabemos, as ações humanas provocaram problemas como a EXTINÇÃO (nesta etapa poderá ser feita a associação dos elementos trabalhados nas etapas anteriores: animais, plantas, pessoas, água, ar, luz, alimento). A EXTINÇÃO DE ANIMAIS já ocorreu de forma natural através de fenômenos que inviabilizaram a vida dos Dinossauros, por exemplo, além de diversas espécies de plantas também. Hoje, com o desequilíbrio ecológico, muitos ANIMAIS E PLANTAS estão correndo o risco de EXTINÇÃO. Além de muitos problemas, o principal que afeta a saúde do planeta, das plantas, dos animais, dos rios, dos mares, dos humanos é o problema da POLUIÇÃO. POLUIÇÃO é toda e qualquer sujeira que é despejada no ambiente. Existem diferentes tipos de poluição que ocorrem por diferentes causas ocasionando problemas distintos e/ou semelhantes: A POLUIÇÃO DO AR, DA ÁGUA, DA TERRA. Pesquisas apontam que se tudo continuar como está, haverá um colapso ambiental.

    ANIMAIS EXTINTOS

    ANIMAIS E PLANTAS EM EXTINÇÃO

    POLUIÇÃO

    POLUIÇÃO DO AR

    POLUIÇÃO DA ÁGUA

    POLUIÇÃO DA TERRA – LIXO

    ALIMENTOS

    4. Reciclagem:

    Fazendo uma “costura” com os temas abordados em RECICLAGEM: Uma das primeiras soluções avistadas pelos seres humanos para frear e minimizar os problemas da poluição foi a RECICLAGEM, apesar de estar um tanto deturpado este conceito no sentido de subentender a perpetuação de um sistema de consumo desenfreado. O QUE É RECICLAR? Reciclar é dar um novo ciclo de vida, reutilizando materiais para reduzir a extração de matéria virgem. Para reciclar é importante SEPARAR O LIXO. Esta atitude é uma das primeiras ações individuais importantes para a tomada da consciência ambiental, pois ao realizar a separação do lixo, as pessoas começam a fazer uma “leitura” do tipo de materiais que consomem e começam uma reflexão interna a partir daí. Pouco a pouco, a partir da visão do seu próprio lixo, ampliam este olhar que os fazem perceber POR QUE RECICLAR é importante.

    RECICLAR O LIXO

    O QUE É RECICLAR?

    SEPARAR O LIXO

    POR QUE RECICLAR?

    Convém esclarecer que os textos apresentados com as palavras-chaves, no CD-Rom, servirão como ponto de partida para trabalhar questões ambientais, e estão associados aos conteúdos programáticos da série a que se dirige, cabendo ao professor sair do contexto puramente informativo,

    PROJETOCARA E COR DO BRASIL: RESGATANDO A NOSSA IDENTIDADE

    SUB –PROJETOS: Quem sou eu?

    As diferenças.

    A minha e a sua família

    História da nossa escola

    Jogos, músicas, brincadeiras e contos. Valorizando a cultura negra.

    TURMAS:

    Matutino: Pré 1A (04 anos)

                                Pré 2A (05 anos)

    Vespertino: Pré 1B (04 anos)

                                 Pré 2B (05 anos)

    PROFESSORAS RESPONSÁVEIS: Gelma, GrasielA, Tânia Maria

    PERÍODO:

    JUSTIFICATIVA

    Com finalidade de possibilitar aos nossos alunos da Educação Infantil um conhecimento significativo, foi criado o Projeto – CARA E COR DO BRASIL: RESGATANDO A NOSSA IDENTIDADE, que diz respeito a construção gradativa da identidade, considerando que o conhecimento dela, faz parte da idéia de distinção, de uma marca de diferença entre as pessoas. Referimos-nos à construção personal de cada indivíduo, sem distinção ou preconceitos. A começar pelo nome, seguindo de todas as características físicas, de modos de agir, pensar e da história pessoal de cada um.

    Contudo, o projeto corresponde a necessidade “educativa voltada para a formação de valores e posturas que contribuam para que os cidadãos valorizem seu pertencimento étnico-racial, tornando-se parceiros de uma nova cultura, da cultura anti-racista, do fortalecimento da dignidade e da promoção da igualdade real de direitos”. Como nos traz as Diretrizes Curriculares para Inclusão da História e Cultura Afro – Brasileira e Africana no sistema Municipal de Ensino de Salvador, Lei nº 10.639/03.

    OBJETIVO GERAL

    • Conhecer a sua história de vida apropriando-se de sua identidade étnico-racial.

    OBJETIVOS

    Conceitos

    • Conhecer sua própria história de vida.

    • Identificar seu nome em meio a um conjunto, conhecendo seu significado.

    • Identificar a família como referência de sua história.

    • Conhecer espaços de interação (casa, escola).

    Procedimentos

    • Realizar pesquisas.

    • Observar suas fotos e as da família.

    • Realizar registros através de desenhos, colagens, pinturas e listagens.

    • Produzir reconto, tendo o professor como escriba.

    • Construir instrumentos musicais com material de sucata.

    Atitudes

    • Valorizar sua história.

    • Ter imagem positiva se si, ampliando sua auto-estima.

    • Respeitar os outros indivíduos, valorizando a sua cultura e sua identidade étnico-racial.

    CONTEÚDOS TRABALHADOS DURANTE O PROJETO

    • A história do nome.

    • O significado dos nomes.

    • Diferenças (étnico-racial).

    • Meios de transporte.

    • Pessoas que formam a família.

    • Diferentes tipos de família.

    • Importância da divisa de tarefas dos componentes da família.

    • História da Escola.

    • A importância da escola.

    • Conservação do meio ambiente.

    • Música e brincadeiras de origem Africana.

    O QUE O ALUNO VAI APRENDER EM CADA ETAPA:

    As intervenções pedagógicas do referente projeto permitirão ao educador avançar e trabalhar as áreas de conhecimento numa perspectiva interdisciplinar, tornando o educando sujeito da sua própria aprendizagem.

    INTERVENÇÕES:

    01.  Identidade (Quem Sou Eu?).

    Objetivo: Familiarizar-se com a sua história de vida, valorizando sua identidade étnico-racial.

    • Solicitar as famílias fotografias da criança.

    Conversação e socialização das mesmas, aguçando o conhecimento prévio dos alunos em relação a sua raça (cor da pele).

    • Construção de um cartaz com as fotos

    TEMA: Quem sou eu.

    • Trabalhar a história do nome da criança, seu significado.

    02.  Diversidade racial (As Diferenças).

    Objetivo: Desenvolver o senso crítico, através de questionamentos sobre as diferenças (étnico-racial).

    • Disponibilizar revistas à turma, para que cada criança procure e recorte uma gravura de pessoas. Socializar as gravuras, estimulando uma conversação sobre as diferenças (cor da pele, cabelo, altura etc.)

    • Trabalhar com a música DIFERENÇAS de Odin Júnior.

    CORRENDO OU BRINCANDO

    EM CASA OU NA ESCOLA

    EM TODOS OS LUGARES

    TEM GENTE DIFERENTE.

    CADA UM TEM UM JEITO

    TODOS SÃO DIFERENTES

    OLHO, RAÇA, CABELO.

    É TUDO GENTE COMO A GENTE.

    Obs: Conscientizar a turma que todas as pessoas são iguais, apesar da diferenças.

    • Trabalhar a história – Menina Bonita do Laço de Fita de Ana Maria Machado 1999.

    03.  Família

    Objetivo: Identificar a família como referência de sua história.

    •   Apresentação a turma de gravuras de diferentes composições de família.

    • Discutir sobre as diferenças dessas famílias.

    • Roda de conversação: Como é sua família?   È composta de quantas pessoas?  Qual o nome das pessoas que fazem parte de sua família?  Quem ajuda você a fazer as atividades de casa?  Quem trabalha para sustentar a família?

    • Comentar sobre a importância do trabalho da mulher, valorizando as mulheres que trabalham para manter a família.

    • Importância da divisão das tarefas de casa, tanto homens, como mulheres devem ajudar na organização e limpeza da casa.

    • Atividades: Desenho da família

    Listagem dos nomes das pessoas que compõem a família.

    04.  História da Nossa Escola

    Objetivo: Valorizar a escola como um espaço que também faz parte da vida de cada um.

    •   Conversa informal sobre a escola.

    • Relacionar o ambiente escolar com o ambiente familiar.

    • Valorização do espaço escolar (cuidado com as cadeiras, mesas e materiais; manter sempre a limpeza da escola e da sala, respeitar todos os funcionários).

    • Apresentar a turma à história da escola, se possível mostrar fotos antigas.

    05.  Jogos, músicas, brincadeiras e contos. (Valorizando a Cultura Negra)

    Objetivo: Valorizar a cultura e as tradições que são representadas através de jogos, danças, músicas, lendas, contos e brincadeiras.

    • Apresentar a turma contos como: Coração Sozinho, A gato e o rato;

    • Histórias como: O segredo da nossa casa, Todos dependem da boca;

    • Fábulas como: A sapo e a cobra;

    • Filme – Kiriku e a Feiticeira

    Obs.:  Todos de origem africana

    • Comentar com a turma a origem desse material e a contribuição do povo africano.

    • Apresentar músicas e jogos africanos.

    • Construir brinquedos que possuem influência africana.

    ATIVIDADES DO PROJETO

    • Confecção de um cartaz com fotos dos alunos;

    • Desenho livre da criança bebê e atual;

    • A história dos nomes. Dentro do saco surpresa, a professora colocará fichas contendo os nomes das crianças. A criança irá procurar o seu nome no saco e em seguida colocará embaixo da sua foto (cartaz). Logo após à professora explicará o significado e a história do seu nome;

    • Enfeitar o nome usando sua criatividade;

    • Recortar letras de revistas e montar o seu nome;

    • Confecção de um cartaz, contendo crianças da várias cores e diferentes raças (Induzir a criança a descobrir o que há de interessante no cartaz);

    • Trabalhando as diferenças (conversação)

    Tópicos: Diferença de cor – preconceito

                          Respeito às pessoas com necessidades especiais

                          Respeito aos idoso

    • Filme – Os Ursinhos

                                   Pingüim

    • Músicas de origem africana

    • História – Menina Bonita do Laço de Fita

    • Teatrinho da historia – Menina Bonita do Laço de Fita

    • Desenho livre da Família

    • Listagem dos nomes dos componentes da Família

    • Conversação sobre a história da escola

    • Confecção de um cartaz com o tema: Como conservar o ambiente escolar

    • Desenho coletivo em papel metro com o tema: Escola Ideal.

    • Construção de instrumentos musicais de origem africana.

    RECURSOS UTILIZADOS.

    • DVD – televisão.

    • Filmes, músicas, teatrinho.

    • Cd ‘s e som.

    • Instrumentos musicais confeccionados pelos alunos.

    • Jogos de origem africana.

    • Livros de histórias.

    • Colagens.

    • Pinturas.

    • Desenhos.

    • Confecção de cartazes.

    • Recortes de revistas.

    CULMINÂNCIA DO PROJETO

    • Peça Teatral: MENINA BONITA DO LAÇO DE FITA.

    • Apresentação da bandinha de sucata construída pelos alunos, música: CORRENDO OU BRINCANDO.

    Projeto piolho

    A GANGUE DO PIOLHO

    BIA CHEGA DA ESCOLA MUITO CONTENTE E DÁ UM BEIJOEM SUA MÃE.

    -COMO FOI NA ESCOLA FILHINHA?

    -FOI MUITO BOM MAMÃE! APRENDI MUITAS COISAS, MAS ESTOU COM SAUDADES DA MINHA BONECA LUPITA. QUERO BRINCAR DE RDB!!!

    BIA VAI PARA VARANDA ENQUANTO SUA MÃE FAZ AS UNHAS. BIA COMEÇA A COÇAR MUITO A CABEÇA.

    -BIA MINHA FILHA QUE COÇA-COÇA É ESSE? SERÁ PIOLHO?

    -CLARO QUE NÃO! VOCÊ ACHA QUE EU TÃO INTELIGENTE, ESPERTA E LINDONA VOU PEGAR PIOLHO? CREDO!

    -VEM JÁ AQUI QUE VOU PASSAR O PENTE FINO NESSA CABEÇA!

    SAEM MUITOS PIOLHOS DA CABEÇA DE BIA. MOSTRAR OS PIOLHOS DE PAPEL.

    -NOSSA! QUANTOS PIOLHOS! VOU TER QUE PASSAR UM REMÉDIO AÍ!

    -AI! MÃE COMO ISSSO VEIO PARAR EM MIM?

    A MÃE SAI E DE REPENTE ENTRA A GANGUE DOS PIOLHOS.

    -AI!QUE SUSTO! QUEM SÃO VOCÊS?

    -QUAL É GATINHA? TÁ COM MEDO POR QUÊ? EU JÁ TE CONHEÇO UM TEMPÃO?

    -É A GENTE MORA NA SUA CABECINHA, NOS ALIMENTAMOS DO SEU SANGUE! QUE DELÍCIA!

    -CRUZES!

    -CRUZES NADA, GAROTA! JÁ FIZEMOS NOSSO NINHO NA SUA CABEÇA! ACHO ATÉ QUE VOU ARRUMAR UM NAMORADO AQUI! JÁ TA NA HORA MESMO, EU JÁ TO COM 15 DIAS DE VIDA!

    -TÁ É ENCALHADA! NÓS PIOLHOS SÓ VIVEMOS 30 DIAS. HA!HA!HA! VAI FICAR PRA TITIA!

    -VOCÊ NÃO PUXOU SUA MÃE! ELA PÕE UNS 6 OVINHOS POR DIA! JÁ TA VELHINHA, COM QUASE 30 DIAS, MAS JÁ PÔS UNS 300 OVINHOS!

    -NOSSA! TEM TUDO ISSO NA MINHA CABEÇA?

    -PAREM COM ESSE PAPO DE NAMORO! QUERO É LANCHAR! XI, ISSO VAI FAZER VOCÊ COÇAR MUITO  SUA CABECINHA?

    -MAS, POR QUÊ?

    -QUANDO PICO SUA CABEÇA EU ME ALIMENTO DO SEU SANGUE E AI COÇA. VOCÊ NÃO QUER QUE EU FIQUE COM FOME, NÉ?

    -QUE GRUPINHO MAIS INDESEJADO! COMO VOU FAZER PRA TIRAR VOCÊS DA MINHA CABEÇA?

    -NÃO DÁ NÃO! POR QUE NÓS SOMOS A GUANGUE DOS PIOLHOS!

                                                       (RAP DO PIOLHO)

    -QUE MUSIQUINHA É ESSA? PIOLHOS!!! OLHA O QUE EU TENHO PRA ESPANTAR VOCÊS! DELTACIDE!

    -AH! SOCORRO!

    -MÃE! VOCÊ É MINHA HEROÍNA!VOCÊ SOUBE COMO MATAR ESSES PIOLHOS CHATOS!

    -CLARO MINHA FILHA! EU FUI LIGAR PRA SUA TIA, AQUELA QUE TRABALHA NO POSTO DE SAÚDE. ELA ME DISSE O NOME DO REMÉDIO QUE MATA OS PIOLHOS! DELTACIDE!

    -QUE LEGAL MÃE! NUNCA MAIS AQUELES CHATOS VÃO FAZER ZUEIRA NA MINHA CABECINHA!

    -MAS NÃO É SÓ ISSO! TODOS OS DIAS A MAMÃE VAI PASSAR PENTE FINO, E UMA VEZ POR SEMANA VOU PASSAR O REMÉDIO. VOCÊ TAMBÉM NÃO PODE EMPRESTAR SUAS PREGADEIRAS E SEUS ARCOS PRA NENHUMA DE SUAS COLEGUINHAS, SENÃO ELAS PODEM PEGAR PIOLHO TAMBÉM.

    -PIOLHO SE NÃO TRATAR MINHA FILHA, DÁ UMA DOENÇA CHAMADA PEDICULOSE! E COMO EU TE AMO VOU CUIDAR MUITO DE VOCÊ!

    -MÃE, VOU AVISAR MINHAS AMIGUINHAS PRA CONVERSAREM COM SUAS MÃES. CADA UM TEM QUE FAZER SUA PARTE PARA EXTERMINARMOS ESSA TERRÍVEL GANGUE!

    -TE AMO MÃE!

    -TAMBÉM TE AMO FILHINHA!

    O que é Pediculose ?
    É uma doença provocada pela infestação de piolhos. Podem-se encontrar os seguintes tipos de Pediculose em função dos três tipos de piolhos que parasitam o ser humano:
    Pediculose do Couro Cabeludo: provocada pela presença do Pediculus humanus var capitis e lêndeas presas nos fios de cabelo, atinge preferencialmente crianças em fase escolar;
    Pediculose do Corpo: que tem como causador o Pediculus humanus var corporis (vulgarmente conhecido como muquirana) e lêndeas que são depositadas nos pêlos e roupas dos indivíduos;
    Pediculose Pubiana: causada pelo Phthirus pubis (vulgarmente chamado de chato) e lêndeas que são colocadas nos pêlos pubianos.

    • O piolho é um animal muito bem adaptado, tão bem adaptado que é assim, “companheiro” do ser humano desde há muitos anos. Chegaram a ser encontrados

    em múmias egípcias de 5.000 anos atrás!!

    • O que é o piolho?
      É um inseto que não voa, não pula, pode parasitar o couro cabeludo, corpo e região pubiana, se alimenta de sangue humano e vive em torno de 30 dias. Dependendo da espécie a fêmea pode colocar até 300 ovos durante sua vida.
    • Sintoma

    O piolho capilar não escolhe sexo, idade nem classe social, assim, todos devem estar atentos.

    O primeiro sintoma é uma intensa coceira no couro cabeludo, principalmente na região da nuca e atrás das orelhas.

    • Conseqüências

    A intensa coceira no couro cabeludo pode ocasionar feridas que são portas abertas para infecções bacterianas, como impetigo, além do aparecimento de gânglios e stress que leva ao baixo rendimento escolar.

    Infestações graves podem levar as crianças a terem anemias e infecções.

    • A transmissão acontece:

    - Pelo contato pessoal (direto) dos indivíduos infestados.
    - Pelo uso coletivo de utensílios como: pente, boné, travesseiro, lenço de cabeça, presilha, almofada, etc.

    • Como tratar?
      Passar freqüentemente o pente fino no mínimo uma vez ao dia. Quando estiver passando o pente fino, utilize sempre um pano branco evitando assim que os piolhos caiam na roupa. Os piolhos, lêndeas e ninfas que caírem no pano, devem ser deixados em vinagre diluído em água por um período de 30 minutos, para que sejam mortos.
      * DICA: É MUITO MAIS FÁCIL PASSAR O PENTE FINO NOS CABELOS MOLHADOS, DEPOIS DE APLICAR CREME CONDICIONADOR!
    • Ensine seu filho a: Não usar conjuntamente ou emprestar bonés, escovas ou pentes. Não deitar em um travesseiro que outra criança use. Lavar as mãos e tomar banho diariamente. Lave as escovas e pentes. Depois os mergulhe em água fervendo por 10 minutos.Nunca usar querosene, neocid ou qualquer outro inseticida, pois são tóxicos ao ser humano.
    • Se a criança tiver algum destes sinais corra ao pronto socorro:

    - Feridas na cabeça decorrentes do ato de coçar.
    - Piolho ou lêndeas nas sobrancelhas e nos cílios.
    - Marcas vermelhas de picadas.
    - Gânglios inchados no pescoço (íngua).

    MITOS & VERDADES


    a)        Os piolhos não voam. (VERDADE).

    Na classificação zoológica, os piolhos pertencem à Ordem Phthiraptera, da Classe Insecta. São sempre ÁPTEROS (a= sem + pteros= asas). Podem passar de uma pessoa para outra de várias maneiras, mas voando, não. E também não passa ‘pulando’, como pulga. Acredita-se que a principal forma de transmissão dos piolhos de uma pessoa para outra, seja realmente o contato cabeça/cabeça. Outras formas, como compartilhar pentes e escovas, bonés e até o mesmo travesseiro, também podem ser importantes.

    b) Lavar a cabeça diariamente com shampoo ou sabonete comuns elimina o

    piolho.(MITO).
    Não é bem assim. Os piolhos são bastante resistentes à água quente do nosso banho e aos sabonetes e shampoos comuns. Cabelo limpo e cheiroso portanto, pode ter muito piolho.

    c) A penteação com pente fino diminui muito as chances de infestação, e permite que as pessoas percebam logo a presença do parasita. (VERDADE).

    É importante saber que na verdade a penteação acaba sendo a mais eficiente forma de controle. (veja logo a seguir em CONTROLE)

    d) Pessoas com cabelo curto e liso tem menos pilho. (MITO).
    O que acontece é que cabelos desse tipo, apenas facilitam a visualização e catação dos insetos e lêndeas.

    e)   Cabelos tingidos não têm piolhos. (DÚVIDA).

    Na verdade, não se conhece bem essa questão, e de qualquer forma, não se pode tingir todos os cabelos, de todas as crianças, certo ?


    Autora: Ivanete Nunes Oliveira

    O projeto visa proporcionar a todos envolvidos com Educação Infantil, subsídios para um trabalho lúdico-conscientizador a respeito das diferenças. Piaget acredita que a criança de 2 a 4 anos, se encontra na fase simbólica e neste período os jogos passam a ter uma seriedade absoluta na vida delas.  Partindo deste pressuposto, neste projeto através do jogo simbólico, as crianças serão incentivadas a respeitar e conviver com vários tipos de   diferenças e deficiências, a reconhecer por meio de atividades lúdicas, as dificuldades enfrentadas por deficientes físicos e visuais; a desenvolver a solidariedade, a afetividade e a compreender a importância do saber auxiliar o outro.

    Wallon afirma que através da afetividade a criança demonstra seus sentimentos, desejos e necessidades. O Projeto se destina a crianças entre 3 a 6 anos, divididas em turmas, de acordo com a faixa etária e conta com o envolvimento de todos da Instituição. Seis ursinhos de pelúcia são levados à Instituição por uma senhora que necessita viajar para cuidar de um filho doente. Ela pede que as crianças cuidem deles até que possa retornar. Os ursos contam com as seguintes diferenças: deficiência física, deficiência visual, obesidade, desnutrição, raça negra e surdez – mudez. Estes bichinhos serão divididos entre as turmas  e cada turminha ficará responsável por cuidar de um ou mais bichinhos- de acordo com o número de turmas da Instituição. A senhora pedirá que providencie nomes, objetos pessoais  e roupas para os ursinhos, pois  saiu com pressa de casa e acabou esquecendo tudo. É feita, então uma campanha para arrecadação de roupas, mochilinhas e objetos pessoais para os bichinhos. Depois, um processo eleitoral decidirá os nomes dos ursinhos. Passada esta etapa, cada criança da turma, ficará responsável por cuidar do bichinho por um dia, dentro da Instituição e levando- o para casa, juntamente com a mochilinha. Nos fins de semana os profissionais da Instituição ficam responsáveis por cuidar dos bichinhos, este fat garante que nenhuma criança maior possa desmistificar o projeto, causando transtornos à criança.

    Os ursinhos são integrados em todas as atividades diárias e festividades realizadas. A cada final de semestre a senhora que levou os ursinhos reaparece e os leva para passarem  as férias com ela. É importante que nestas ocasiões, também se faça uma roda da conversa, afim de diagnosticar as vivências das crianças. Ao reiniciarem as aulas, os bichinhos retornam à Instituição. O Projeto motiva também o pensar em torno do convívio com as diferenças dos profissonais em questão. Num contexto geral, temos relações interpessoais mais satisatórias dentro do contexto educativo. As diferenças não podem ser tratadas como se não existissem, nem tão pouco trabalhadas apenas quando surge algum caso na Instituição. Portanto, necessário se faz, um traballho educativo abordando este assunto que é tão importante um verdadeiro processo inclusivo pautado no respeito, na cidadania e na paz.

    Autora:Angela Adriana de Almeida Lima

    segunda-feira, 13 de fevereiro de 2012

    O PAPEL E ATRIBUIÇÕES DO COORDENADOR PEDAGÓGICO DENTRO DA ESCOLA

    O PAPEL E ATRIBUIÇÕES DO COORDENADOR PEDAGÓGICO DENTRO DA ESCOLA

    Dentro das inúmeras mudanças que ocorrem na sociedade atual, de ordem econômica, política, social, ideológica, a escola, como instituição de ensino e de práticas pedagógicas, enfrenta muitos desafios que comprometem a sua ação frente às exigências que surgem.Assim, os profissionais, que nela trabalham, precisam estar conscientes de que os alunos devem ter uma formação cada vez mais ampla, promovendo o desenvolvimento das capacidades desses sujeitos.

    Para tanto, torna-se necessária a presença de um coordenador pedagógico consciente de seu papel, da importância de sua formação continuada e da equipe docente, além de manter a parceria entre pais, alunos, professores e direção.

    De acordo com o Regimento Escolar, Artigo nº. 129/2006-Resolução CEE/TO, "a função de coordenação pedagógica é o suporte que gerencia, coordena e supervisiona todas as atividades relacionadas com o processo de ensino e aprendizagem, visando sempre à permanência do aluno com sucesso."

    Já segundo Clementi (apud Almeida), cabe ao coordenador "acompanhar o projeto pedagógico, formar professores, partilhar suas ações, também é importante que compreenda as reais relações dessa posição."

    Partindo desse pressuposto, podem-se identificar as funções formadora, articuladora e transformadora do papel desse profissional no ambiente escolar.

    Considerando a função formadora, o coordenador precisa programar as ações que viabilizem a formação do grupo do grupo para qualificação continuada desses sujeitos.Consequentemente, conduzindo mudanças dentro da sala de aula e na dinâmica da escola, produzindo impacto bastante produtivo e atingindo as necessidades presentes.

    Assim, muitos formadores encontram na reflexão da ação, momentos riquíssimos para a formação. Isso acontece à medida que professores e coordenadores agem conjuntamente observando, discutindo e planejando, vencendo as dificuldades, expectativas e necessidades, requerendo momentos individuais e coletivos entre os membros do grupo, atingindo aos objetivos desejados.

    As relações interpessoais permeiam a prática do coordenador que precisa articular as instâncias escola e família sabendo ouvir, olhar e falar a todos que buscam a sua atenção.

    Conforme Almeida(2003), na formação docente, "é muito importante prestar atenção no outro, em seus saberes, dificuldades", sabendo reconhecer e conhecer essas necessidades propiciando subsídios necessários à atuação.Assim, a relação entre professor e coordenador, à medida que se estreita e ambos crescem em sentido prático e teórico(práxis), concebe a confiança, o respeito entre a equipe e faborece a constituição como pessoas.

    Na parceria escola X família, esse profissional é requerido para estreitar esses laços e mantê-los em prol da formação efetiva dos educandos à medida que cada instância assuma seu papel social diante desse ato indispensável e intransponível.

    Como ressalta Alves(apud Reis,2008) "homens que através de sua ação transformadora se transformam.É neste processo que os homens produzem conhecimentos, sejam oa mais singelos, sejam os mais sofisticados, sejam aqueles que resolvem um problema cotidiano, sejam os que criam teorias explicativas."

    Assim, é papel do coordenador favorecer a construção de um ambiente democrático e participativo, onde se incentive a produção do conhecimento por parte da comunidade escolar, promovendo mudanças atitudinais, procedimentais e conceituais nos indivíduos.

    Os órgãos colegiados são espaços que proporcionam essa formação à medida que a participação, o compromisso e o protagonismo de seus componentes, pais, alunos, professores, coordenação e direção, ocasionem transformações significativas nesse ambiente.Cabe ao coordenador atuar coletivamente e visualizar esses espaços como oportunidades para o desempenho das suas funções.

    Apesar das inúmeras responsabilidades desse profissional já descritas e analisadas aqui, o coordenador pedagógico enfrenta outros conflitos no espaço escolar, tais como tarefas de ordem burocrática, disciplinar, organizacional.

    Assumir esse cargo é sinônimo de enfrentamentos e atendimentos diários a pais, funcionários, professores, além da responsabilidade de incentivo a promoção do projeto pedagógico, necessidade de manter a própria formação, independente da instituição e de cursos específicos, correndo o perigo de cair no desânimo e comodismo e fatores de ordem pessoal que podem interferir em sua prática.

    Muitas vezes, a escola e o coordenador se questionam quanto à necessidade desse profissional e chegam à conclusão que esse sujeito pode promover significativas mudanças, pois esse trabalha com formação e informação dos docentes, principalmente.O espaço escolar é dinâmico e a reflexão é fundamental a superação de obstáculos, socialização de experiências e fortalecimento das relações interpessoais.

    O coordenador pedagógico é peça fundamental no espaço escolar, pois busca integrar os envolvidos no processo ensino-aprendizagem mantendo as relações interpessoais de maneira saudável, valorizando a formação do professor e a sua, desenvolvendo habilidades para lidar com as diferenças com o objetivo de ajudar efetivamente na construção de uma educação de qualidade.

    Referências:

    ABREU,Luci C. de, BRUNO,Eliane B.G.O coordenador pedagógico e a questão do fracasso escolar.In.: ALMEIDA,Laurinda R.,PLACCO,Vera Mª N. de S.OCoordenador Pedagógico e questões da contemporaneidade.São Paulo:Edições Loyola,2006.

    ALMEIDA,Laurinda R.O relacionamento interpessoal na coordenação pedagógica.In.:ALMEIDA,Laurinda R.,PLACCO,Vera Mª N. de S.Ocoordenador pedagógico e o espaço de mudança.São Paulo:Edições Loyola,2003.

    CLEMENTI,Nilba.A voz dos outros e a nossa voz.In.:ALMEIDA,Laurinda R.,PLACCO,Vera Mª N. de S.O coordenador pedagógico e o espaço de mudança.São Paulo:Edições Loyola,2003.

    REIS,Fátima.Disponível em:www.webartigos.com.Acesso em:20/08/2008

    Regimento Escolar, Artigo nº.129/2006-Resolução CEE/TO

    SILVA,Moacyr da.O coordenador pedagógico e a questão da participação nos órgãos colegiados.In.:ALMEIDA,Laurinda R.,PLACCO,Vera Mª N. de S.O Coordenador Pedagógico e questões da contemporaneidade.São Paulo:Edições Loyola,2006.

    http://www.artigonal.com