sábado, 26 de novembro de 2011

Uso da linguagem não verbal de forma inadequada


Por: Roseli Brito 

Ao lidarmos com  pessoas estamos todo o tempo nos comunicando com elas. Usamos palavras (linguagem verbal ) e usamos o nosso corpo (linguagem não verbal). É comum nosso silêncio e nossos gestos falarem mais que as nossas palavras. Dito isso, então é lógico afirmar que da mesma forma que usamos as palavras para elogiar, motivar, repreender, ensinar e ofender, a nossa linguagem não verbal também comunica tudo isso de forma explícita ou implícita.
Como Educadores e Gestores devemos dar mais atenção a esta questão e aqui vai a próxima dica:
Erro no. 4: Uso de Linguagem não verbal de forma inadequada
Quando duas pessoas estão conversando observe as palavras que são ditas e simultaneamente preste atenção aos gestos, movimentos do corpo, expressão facial, movimento das mãos e tom de voz. Você perceberá que a linguagem não verbal é muito reveladora, pois sendo destituída de disfarces, revela-se verdadeira e genuína.
Na sala de aula os nossos alunos estão com os olhos voltados para o que dizemos e fazemos, e geralmente as duas coisas são contraditórias. No início da minha carreira passei por muitos problemas com os Alunos, Pais e Coordenação porque eu usava de forma inadequada a minha linguagem corporal. Veja abaixo alguns exemplos de uso inadequado da linguagem não verbal.
- Linguagem não verbal inadequada com os Alunos:
. O Professor está corrigindo as tarefas em sua mesa, o aluno chega até o Professor e começa a relatar algo, o Professor, de cabeça baixa, ainda corrigindo as tarefas, responde que depois vai tomar providências, ou dá respostas evasivas e curtas.
Apesar de responder ao aluno, o que o Professor REALMENTE disse com a sua linguagem não verbal foi: Estou fazendo algo mais importante aqui e não posso parar e dar atenção a você agora.
Correção: Professor deve PARAR o que estiver fazendo e demonstrar ATENÇÃO, com as palavras, bem como com a linguagem não verbal.
- Linguagem não verbal inadequada com os Pais:
Na Reunião de Pais o Professor, com expressão facial neutra, com o tom de voz formal, entra na sala, pede que os Pais sentem-se dispostos em fileiras, e o Professor posiciona-se na frente de todos como se fosse iniciar uma aula. No momento de informar, individualmente, o rendimento de cada aluno o Professor chama cada Pai até sua mesa e o faz sentar-se em uma cadeira em frente a sua mesa.
Apesar do uso do tom educado e do discurso dito “ aberto” a colocação dos Pais, a linguagem não verbal apresentou uma série de obstáculos impedindo os Pais de expressarem abertamente tais como: expressão facial neutra do Professor, tom de voz formal que cria uma atmosfera fria, bem como a disposição das carteiras que reforçou a distância imposta.
Correção: Professor deve usar TOM DE VOZ informal, EXPRESSÃO FACIAL acolhedora de simpatia com sorriso, trazendo assim a LEVEZA necessária para esses momentos.
- Linguagem não verbal inadequada com a Coordenação:
É muito comum nas Reuniões Pedagógicas ou de Educação Continuada quando muitos Professores, infelizmente, sentem-se OBRIGADOS a participar, lá estão educadamente de corpo presente, porém a linguagem não verbal está “ gritando” o real sentimento daquele momento quando:

sexta-feira, 25 de novembro de 2011

PPP, Escola e Cidadania.

02Entendida como a concretização dos direitos que permitem ao indivíduo a inserção na sociedade, a formação para a cidadania tornou-se instrumento de conquista.

Embora o sistema de ensino brasileiro preveja um espaço para a educação do cidadão, essa ainda é uma afirmação retórica. Educar, numa perspectiva de conquista, é entender que os direitos humanos e a cidadania significam prática em todas as instâncias de convívio social: na família, na escola, na igreja, no conjunto da sociedade.

A escola como instituição para o ensino pode ser um lócus excelente para a construção da cidadania, pois é o lugar institucional do projeto educacional. Sem negar o valor da educação informal em outros espaços, a escola é o lugar onde o processo de construção do conhecimento se dá de forma sistematizada. Por caracterizar-se como a institucionalização das mediações reais, a escola pode prever que além da intencionalidade, estejam garantidas as condições objetivas de concretização das ações pedagógicas impregnadas com as finalidades da cidadania.

Dessa forma, a escola que introduz em seu projeto educacional a luta pela qualidade da educação para todos, abrangendo a totalidade da ação educacional como processo político-cultural e técnico-pedagógico de formação social e de construção, bem como de distribuição de conhecimentos científicos e tecnológicos socialmente significativos e relevantes para a cidadania, pode ser chamada de escola cidadã.

No entanto, a escola cidadã, autônoma e participativa, somente se completa com o desenvolvimento de um projeto político pedagógico capaz de aglutinar os esforços na busca de melhores resultados para todos os alunos. O projeto político pedagógico (PPP) configura-se como um instrumento de trabalho que mostra o que vai ser feito, quando, de que maneira e por quem, para chegar aos resultados desejados. Deve, para tanto, explicitar uma filosofia e harmonizar as diretrizes da educação nacional com a realidade da escola, traduzindo-lhe autonomia e definindo-lhe o compromisso com a comunidade. A ideia implica uma relação contratual, isto é, uma aceitação do projeto por todos os envolvidos; daí a importância de ser elaborado participativa e democraticamente.

É certo que o contexto social em que a escola se encontra é sempre dinâmico, heterogêneo, conflitivo: de um lado, condiciona o caráter da escola e restringe as possibilidades de como atuar; de outro, abre brechas que apontam a direção das potenciais transformações. Mas ao ocupar seu espaço para realizar seu trabalho educativo, a escola faz mais que adotar diretrizes. Com o seu projeto, o caminho escolhido ganha a sua marca, a escola assume feição própria, adquire personalidade.

É evidente que a educação não constitui sozinha a cidadania, embora seja condição indispensável para que essa se constitua. Cidadania é um conceito em evolução, cujas diversas dimensões adquirem relevância variada no discurso do tempo e em virtude do desenvolvimento das formações históricas. Por isso, é necessário que a escola tenha clareza nos objetivos de seu projeto e que esteja preparada para o inesperado, incluindo a intuição e a sensibilidade de seus educadores.

Eliane da Costa Bruini
Colaboradora Brasil Escola
Graduada em Pedagogia
Pelo Centro Universitário Salesiano de São Paulo
- UNISAL

Conduta do professor e motivação dos alunos.


Bom relacionamento traz benefícios.

No exercício de transmitir o conhecimento não é só o professor que influencia os alunos, mas estes também exercem uma grande influência sobre o professor, e dessa forma surge um círculo de um bom aprendizado.
Mas para se chegar a essa relação é preciso que o aluno perceba o interesse do professor em ensinar, ele vai se sentir motivado a se dedicar às tarefas de aprendizado, se ele verificar que seu professor se importa, se fixa neles, e não passam despercebidos aos olhos do mestre.
A conduta do professor sem dúvida influi sobre a motivação dos alunos, por exemplo, quando um aluno se sente menos comprometido com seu aprendizado, participa menos das aulas e recebe um comentário de seu professor que o desanima ainda mais. No mesmo contexto, um aluno que está com ótimas notas recebe elogios e reforços. Esse será um ponto negativo de um educando: dedicar toda a atenção aos que já estão suficientemente motivados e ignorar os que mais necessitam de sua atenção.
É verdade que a dedicação do aluno influi muito sobre a conduta do educador, uma prova disso é que o professor tende a responder mais a alunos que demonstrem maior interesse pela aula, que perguntem mais e se tornem ativos. Ao contrário, subentende-se do aluno passivo, àquele que acha o professor incapacitado ou que este não seja de seu agrado, e alguns ainda são os que mais incomodam em sala de aula.
Professor, não se sinta culpado se estes fatos estiverem ocorrendo em seu desempenho profissional, controle seus sentimentos, não responda ao desinteresse dos alunos com o seu desinteresse.
Aluno lembre-se que o professor o supera em idade, conhecimento e governo.

Por Líria Alves
Equipe Brasil Escola

A profissão de ser professor.

 

13

A arte de ensinar é uma tarefa difícil demais para que alguém se envolva nela por comodismo, falta de fato melhor, ou porque é preciso auferir ganhos.
Os padres da Companhia de Jesus, instalaram a primeira escola em 1549. O ensino nesta época era tradicional. A escola tradicional permaneceu por aproximadamente trezentos e oitenta e três anos. Com o governo de Getúlio Vargas, deu-se início à escola nova, onde o professor não se comportava como o transmissor de conhecimentos e sim um facilitador de aprendizagem, onde o aluno era um ser ativo e participante e estava no centro do processo de ensino/aprendizagem. Essa escola era uma escola democrática e divulgada para todos (o cidadão democrático).
O advento da escola nova foi em 1932. Em 1964 tem início a Escola Tecnicista, e o modelo americano é instituído em nosso país. Com o tecnicismo empregado em todos os campos, o aluno era impedido de criar e pensar, impediu-se a expressão dialética. Na escola tecnicista o social era ditado pelos militares que detinham o poder, e foram anunciados padrões e métodos educacionais com ferramentas que impressionavam e davam subsídios diferentes nas formas de ensinar. Nesta época foram instalados os recursos audiovisuais como suporte pedagógico, a instrução programada e o ensino individualizado.
Em 1983 deu-se o aparecimento da Escola Crítica, onde o professor era o educador que orientava o contorno da aprendizagem com participação real do aluno, aluno enfatizado como cidadão, aluno que construía e resinificava a história. Na Escola Crítica havia articulação e interação entre o educador e o educando, sendo empregados todos os contornos que possibilitavam a apreensão crítica e reflexiva dos conhecimentos com enfoque na construção e reconstrução do saber.
Já no século XXI, observamos que na construção do saber a tecnologia passa a dominar os espaços locais e temporais, impedindo a atuação dialógica, a interação, e a transmissão de emoções . Com o uso inadequado da tecnologia há a individualização do ser humano, tornando-o espectador e talvez um indivíduo sem estímulo para superar barreiras, sem explicação dialética do dia-a-dia, sem afinidade com o social e alienado em suas relações com o global. Com a escola tecnológica, corre-se o risco de exclusão do indivíduo no social, fechando-o em seu mundo, sem articulação com os demais membros da sociedade. Devemos aliar forças para que isso não aconteça, buscando todas as oportunidades em busca da criatividade, pois a educação tem por intenção a humanização do homem.
Devemos ter em mente que os professores exercem um papel insubstituível no processo da transformação social. A formação indenitária do professor abrange o profissional, pois a docência vai mais além do que somente dar aulas, constituiu fundamentalmente a sua atuação profissional na prática social. A formação dos educadores não se baseia apenas na racionalidade técnica , como apenas executores de decisões alheias, mas , cidadãos com competência e habilidade na capacidade de decidir, produzindo novos conhecimentos para a teoria e prática de ensinar.
O professor do século XXI, deve ser um profissional da educação que elabora com criatividade conhecimentos teóricos e críticos sobre a realidade. Nessa era da tecnologia, os professores devem ser encarados e considerados como parceiros/autores na transformação da qualidade social da escola, compreendendo os contextos históricos, sociais , culturais e organizacionais que fazem parte e interferem na sua atividade docente. Cabe então aos professores do século XXI a tarefa de apontar caminhos institucionais (coletivamente) para enfrentamento das novas demandas do mundo contemporâneo, com competência do conhecimento, com profissionalismo ético e consciência política. Só assim, estaremos aptos a oferecer oportunidades educacionais aos nossos alunos para construir e reconstruir saberes à luz do pensamento reflexivo e crítico entre as transformações sociais e a formação humana, usando para isso a compreensão e a proposição do real, sem deixar se seduzir pelos caminhos deslumbrantes dos anúncios publicitários, pelas opiniões tendenciosas da mídia.
Pela primeira vez na história, os docentes brasileiros serão homenageados com a criação de um selo que será lançado no próximo ano no Dia do Professor, comemorado em 15 de outubro. A criação do novo selo foi aprovada na 102.ª reunião da Comissão Filatélica Nacional, realizada na sede da empresa Brasileira de Correios e Telégrafos, em Brasília. A sugestão do selo comemorativo foi feita pelo professor Carlos Alberto Xavier, representante do Ministério da Educação e membro da comissão. Na pauta deste ano foram analisadas 640 propostas e eleitos 13 temas.
Que a homenagem se concretize, pois merecemos, mas, devemos ser valorizados também pelo nosso trabalho profissional, pois passa pela escola e pela mão dos professores todos os cidadãos desta nossa Pátria Brasil!
Autora: Amélia Heme
Educadora
Prof.ª UNIFEB/CETEC e FISO - Barretos

Discutindo a relação entre jovens, pais e educadores perante a fase da adolescência.


A adolescência é demarcada por uma fase de transição

Rotineiramente, constata-se um discurso proferido por grande parte das pessoas no intuito de apontar suas concepções em relação à fase que demarca a adolescência – a arborescência. Obviamente que se trata de um neologismo do qual se utilizam no sentido de atribuir um aspecto negativo, complexo à fase em questão. Mas afinal, será mesmo que são adolescentes aborrecidos? Se sim, por qual razão?

Por certo, esta é uma questão que assola tanto pais quanto educadores, haja vista que se trata de uma fase de transição, descoberta e, sobretudo, de mutação pela qual eles perpassam, e que sem dúvida trazem consequências que afetam diretamente o convívio social como um todo. Além das transformações físicas, com as quais apresentam dificuldade em conviver, uma vez que o próprio corpo se encontra em transformações, há também as mudanças psicológicas, as quais se revelam por meio de atitudes extremamente inconstantes.

No intuito de aponta-lãs podemos destacar as mudanças bruscas de humor, as implicâncias, o desejo de ora se refugiar, ora revelar sua espontaneidade, falando, às vezes, além da conta. Enfim, inúmeros são os posicionamentos os quais se incorporam. Como somatório, há que se ressaltar a dificuldade que encontram ao constatar que estão se tornando homens e mulheres, materializando-se em sentimentos contraditórios, talvez por medo e insegurança ao se deparar com algo até então desconhecido.

Resumindo tais transformações, tem-se que estas representam um objetivo uno e indissociável à fase em questão – a busca pela identidade, o sentimento em descobrir-se enquanto pessoa. Diante desta ocorrência, pais e educadores desempenham um papel fundamental no sentido de conduzi-lós rumo a esta conquista. Nota-se que mediante o convívio familiar há resquícios de afastamento em relação aos pais, visto como uma maneira de reelaborar a imagem idealizada que se tem dos pais durante a infância, concebidos como símbolo de referência.
Tal afirmativa se torna ainda mais substanciada ao compararmos com os dizeres de Miguel Pedrosa, terapeuta e professor de Psicologia da Adolescência na Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC – SP):

“Esse comportamento serve para que o adolescente exercite a definição de uma identidade baseada em experiências mais amplas”.

Em meio a esse ínterim, a oposição verbal e física no que tange às referências paternas acabam se tornando uma constante. Neste sentido, faz-se necessária a prática do constante diálogo, tendo em vista que a mediação entre respeitar e ser respeitado funciona como pressupostos fundamentais e imprescindíveis a uma boa convivência.

Em meio ao ambiente escolar, segundo a concepção dos especialistas, as atitudes podem se divergir, ocupando, portanto, dois extremos: algumas vezes o adolescente assume uma postura de confronto, justamente no intuito de uma autoafirmação. Neste caso, o recomendável é faze-ló se sentir como alguém digno de respeito, que merece ser ouvido. Para tanto, o diálogo também é o melhor caminho, contudo, sempre pontuando acerca das normas de conduta que regem a instituição, com base em um convívio civilizado.
Em outras, ele transforma este ou aquele professor como referências, podendo ser estas, masculinas ou femininas. Com isso ele projeta em si mesmo (a) o que vê no outro (a), deixando de reconhecer os seus próprios valores. Assim sendo, o papel do educador é exatamente auxiliar nesta (ré) conquista, fazendo-o reconhecer o que há de positivo no que se refere à personalidade e ao caráter enquanto ser humano.

Por Vânia Duarte
Graduada em Letras
Equipe Brasil Escola

O que é brincar para a criança?


Os jogos da criança pequena são fundamentais para o seu desenvolvimento e para a aprendizagem, pois envolvem diversão e ao mesmo tempo uma postura de seriedade. A brincadeira é para a criança um espaço de investigação e construção de conhecimentos sobre si mesma e sobre o mundo. Brincar é uma forma de a criança exercitar sua imaginação. A imaginação é uma forma que permite às crianças relacionarem seus interesses e suas necessidades com a realidade de um mundo que pouco conhecem. A brincadeira expressa a forma como uma criança reflete, organiza, desorganiza, constrói,destrói e reconstrói o seu mundo.
Bruno Bettelheim, fala que a brincadeira é uma ponte para a realidade e que nós, adultos, através de uma brincadeira de criança, podemos compreender como ela vê e constrói o mundo: quais são as suas preocupações, que problemas ela sente, como ela gostaria que fosse a sua vida. Ela expressa o que teria dificuldade de colocar em palavras. Ou seja, brincar é a sua linguagem secreta que devemos respeitar mesmo que não a entendamos.

Brincando dos Dez aos Doze Anos


Brincadeiras trabalham o aspecto social e individual dos sujeitos

A partir de 1997, as crianças brasileiras passaram a contar com o apoio da Associação Brasileira pelo Direito de Brincar, a IPA Brasil, baseada nos princípios da Convenção dos Direitos da Criança, elaborado pela ONU (Organização das Nações Unidas).

As brincadeiras constituem a natureza infantil, levando a criança aos estágios de desenvolvimento de cada etapa da vida, do nascimento até a idade adulta.

Através do brincar são desenvolvidas atitudes de socialização, de respeito ao próximo, de convívio com regras e valores, de aceitação às perdas e ganhos, além das elaborações dos sentimentos psicológicos, negativos, como a raiva, a angústia, a ansiedade, dentre outros.

Crianças a partir dos dez anos de idade estão mais sobrecarregadas nos estudos, as mudanças para o ensino fundamental II são pesadas, com maior número de trabalhos e tarefas escolares.

Os pais estão certos ao exigirem o cumprimento dessas responsabilidades, porém, cobranças excessivas podem afastar o indivíduo do objeto de aprendizagem, fazendo com que os estudos tornem-se motivo de apatia e cansaço.

Nessa faixa etária o mundo virtual não deve mais ser tratado apenas como brincadeiras e conversas. Pelo contrário, a riqueza de softwares educativos nessa faixa etária é grande e o centro de interesse dos adolescentes volta-se para esse tipo de entretenimento.

Os pais devem valorizar as conversas com amigos, pois é uma forma de socialização do mundo contemporâneo, que exercita a criatividade de uma escrita informal e ágil, segundo pesquisadores vem avaliando. Porém, o tempo de contato com as relações da internet deve ser controlado a fim de não prejudicar as atividades escolares. Nas férias esse tempo deve ser alterado, a fim de deixar o adolescente mais livre, fazendo aquilo que lhe dá prazer, mas também com restrições de uso.

Outras atividades devem ser propostas, para que sejam trabalhados tanto os aspectos de formação individual como os de desenvolvimento coletivo, como as brincadeiras.

Entre os dez e doze anos de idade, a criança já possui autonomia, consegue distinguir o que gosta do que não gosta e fazer suas escolhas.

As transformações corporais acentuadas, as mudanças nos hormônios, necessitam de atividades que apresentem maior desgaste físico, como os esportes. São ótimos elementos de integração social que surgem a partir das regras, respeito ao próximo, limites, agressividade, companheirismo, egoísmo, etc., onde identificam novas formas de contato com o outro.

Jogos de tabuleiro também são bem aceitos nessa faixa etária, pois, além do aspecto lúdico, proporcionam regras a serem seguidas e oportunidades para elaborarem problemas (conflitos), encontrando soluções para os mesmos. Nessa idade, não gostam das interferências dos adultos, preferem resolver as confusão sozinhos, através do diálogo e da integração dos companheiros.

Brincadeiras com bola, água, ou correr, saltar, esconder, equilibrar, são bem aceitas e estimulam as destrezas corporais, dando mais força para a musculatura, ajudando na queima de calorias, envolvendo aspectos lúdicos e regras de boa convivência. Além disso, podem manter melhor integração com a família, através do contato em atividades desportivas com pais, tios, primos e outros.

Realizar atividades sozinhos também é bom e faz parte da vida. Por mais que o contato social seja formidável para as relações humanas, aprender a conviver consigo mesmo também é. Ler revistas ou livros, fazer experiências científicas, solucionar jogos de passatempos, desenhar e pintar, cuidar de plantas, jogar vídeo games, jogos de montar como quebra-cabeças, assistir TV, escolher um filme, são formas de manter momentos agradáveis sem a presença de terceiros.

Além desses, passeios onde são apresentadas as atividades que envolvem o universo artístico como teatro, música, dança, cinema, museus, galerias de arte, dentre outros são uma ótima oportunidade para se trabalhar o aspecto cultural, criativo e imaginativo dos mesmos.

Por Jussara de Barros
Graduada em Pedagogia
Equipe Brasil Escola

A participação dos pais no início das aulas


A participação dos pais na organização da vida escolar pode resultar num ano de sucesso.

Quando um casal tem filhos que já estão na escola, sem querer voltam a ter contato com esse mundo. Mesmo estando muito tempo sem estudar, eles passam a vivenciar novamente os eventos provenientes do ambiente escolar, especialmente no início das aulas, período em que acompanham os filhos mais efetivamente. Com o intuito de dinamizar, organizar e facilitar o ingresso no ano letivo, a seguir algumas dicas para essa época de volta às aulas que poderão valer também para o decorrer do ano:
• Incentivar as crianças a acordar mais cedo alguns dias antes das aulas começarem, para que se adéquem à realidade que lhes espera. Isso porque crianças e adolescentes tendem a dormir até mais tarde em períodos de férias.
• Orientar o filho na organização preliminar dos objetos que serão usados no dia seguinte, tais como: canetas, livros, cadernos, agendas, além de todas as peças do uniforme escolar. Isso pode evitar contratempos, atrasos e inconvenientes, como ter que voltar em casa para buscar algo esquecido (trabalhos, objetos, lanche, entre outros).
• Motivar aqueles alunos que temem o retorno à escola, isso ocorre na maioria dos casos com crianças pequenas. O melhor é dizer que na escola têm brincadeiras, colegas, além disso, deixe que ele escolha os materiais no ato da compra, isso com intuito de envolve-ló e incentiva-ló.
• Estipular um tempo para todas as atividades, como descanso, videogame, estudar, assistir televisão, praticar esportes e demais atividades. A implantação de horários promove a disciplina da criança, que mais tarde se tornará um adulto organizado e responsável.
• Ajudar nos trabalhos e atividades de casa, a participação dos pais é fundamental para a realização das mesmas, tendo em vista que os alunos adiam ao máximo, muitas vezes ficam sem fazer. Lembrando aos pais que devem orienta-lós durante as atividades, no entanto, sem fazer para o filho.

Por Eduardo de Freitas
Equipe Brasil Escola

A importância de planejar o estudo


Valores importantes na realização do dever escolar.

Formar bons filhos e alunos é uma tarefa difícil, porém não é impossível. O que dificulta é a falta de preparo principalmente dos educadores em orientar os pais e consequentemente dos pais em orientar seus filhos.
Ou seja, é um efeito dominó no qual deve acontecer uma sincronia entre todos os elementos, pois qualquer deslize pode provocar a queda de todos, ocasionando o fracasso em relação ao que lhes é de responsabilidade.
A real preocupação é de como os pais devem proceder de forma que o filho realize as lições de casa de forma proveitosa.

Vocês enquanto pais ou responsáveis acreditam que orientam seus filhos de forma positiva contribuindo para o desenvolvimento ideal das lições de casa?
Será que na posição de educador já parou para refletir a respeito da existência de condutas adequadas que devem ser seguidas de forma que venham propiciar o sucesso do seu aluno?
Segundo pesquisas realizadas, boas novas chegam para pais e educadores. Baseado em um levantamento com adolescentes, a maioria dos jovens de hoje mostra interesse significativo em relação aos estudos e questiona a qualidade de ensino, fator relevante para pais e educadores que demonstram a nova determinação da atual geração de estudantes.
Ressalta-se que o bom desempenho de um aluno depende em primeiro lugar da motivação, mais do que da capacidade intelectual.
Levando em conta a importância de orientar o aluno para obter um bom desempenho nos estudos, tanto na sala de aula quanto no ambiente escolar, segue uma lista contendo dicas que podem auxiliar pais e educadores a contribuir para tal sucesso.
No ambiente familiar:
• Escolher um bom local de estudos, de preferência ventilado, claro, com luz natural, sem barulhos e distrações;
• Elaborar um plano de estudos semanal, organizando os conteúdos que serão estudados;
• Não deixar as lições de casa para o dia posterior, aproveitando que o conteúdo ainda está “fresco” na mente;
• Programar o horário de estudo para os momentos em que estiverem mais atentos e dispostos. Evitando que sejam realizados em momentos de sono e cansaço, fatos que podem prejudicar o desempenho.
• Fazer pesquisas buscando diferentes referências, como revistas, jornais, filmes entre outros, para realizar a atividade que foi proposta.
• Refazer os exercícios que errou ou apresentou dificuldades;
• Descobrir as melhores técnicas de memorização para estudar (esquemas, falar em voz alta, dramatizar, estudar em grupos, entre outros).
• Reconhecer as áreas que apresenta dificuldade, dedicando um tempo maior de estudo;
• Preparar o material escolar antecipadamente, verificando os livros e cadernos que irá utilizar.
• Envolver na vida escolar do filho. Perguntar a ele o que aprendeu e como isso pode ser importante na vida dele.
• Dê o exemplo. Leia livros, jornais, ouça música, veja filmes e espetáculos de qualidade.
• Mostrar para seu filho que ele é capaz de solucionar problemas, dando a ele a capacidade de buscar sua independência.
• Não pressionar nos estudos, fiscalização intensa não funciona. Ensine a ter responsabilidade, pois seu filho não o terá pelo resto da vida.
• Antes de recorrer a aulas de reforço escolar, veja se o jovem é capaz de superar a deficiência sozinho.
No ambiente escolar:

• Prestar atenção na aula, bem como participar e perguntar sem medo quando apresentar dúvidas;
• Aproximar de um professor, pesquisador ou profissional que domina a área pela qual tem interesse de seguir carreira.
• Fazer as avaliações com calma e atenção.
• Não deixar questões em branco nas avaliações, buscando registrar, mesmo que seja mínimo, o seu conhecimento.
Conscientizar sobre o quanto o estudo é necessário para todo indivíduo, que nunca uma pessoa deve desistir de estudar e incentivar aqueles que não estudam. Colocar o estudo como parte da rotina deles, fazendo-os entender que é uma necessidade do ser humano.
Boa Sorte!
Sucesso!

Por Elen Campos Caiado
Graduada em Fonoaudiologia e Pedagogia
Equipe Brasil Escola

A importância da boa postura profissional

Em meio à convivência proferida no ambiente escolar, salienta-se, de forma inegável, o fato de que o professor é concebido como um referencial para seus alunos. Obviamente que tal concepção tanto pode ser contemplada de forma positiva, quanto negativa.
Tendo em vista que o educador, teoricamente, deve ser o centro das atenções, o mesmo torna-se alvo de constantes avaliações. E tal afirmativa funde-se com a importância a que se deve à constante vigilância no que se concerne à imagem pessoal, uma vez que esta reflete diretamente no bom profissionalismo.
Muitas vezes, atitudes dizem mais do que qualquer discurso, daí a necessidade de as mesmas serem proferidas mediante a uma postura correta e coerente, partindo do pressuposto de que o respeito, a justiça e a moral são elementos primordiais inerentes à conduta cotidiana ética, referente a todo ser humano.
O referencial anteriormente mencionado muitas vezes é atribuído em consonância com o surgimento de possíveis obstáculos, dentre os quais, o posicionamento adotado pelo educador é automaticamente contestado ou aplaudido por parte dos educandos.
Com base nestes postulados, ressalta-se a importância de o educador repensar constantemente suas práticas pedagógicas, procurando aprimora-lãs sempre que necessário. Bons exemplos, confiança e autoridade são virtudes conquistadas de acordo com o decorrer da convivência.
Ao assumir uma postura profissional adequada, o educador deverá se ater à importância de se instaurar um clima de reciprocidade, principalmente no que se refere ao respeito. Sendo assim, tal possibilidade se concretizará efetivamente, tendo ele como principal agente de todo o processo.
Primeiramente, antes de conquistar o respeito, é necessário se dar ao respeito, e certas atitudes acabam comprometendo os objetivos propostos. Portanto, algumas medidas tendem a colaborar para que os mesmos sejam concretizados de forma plausível. Entre elas destacam-se:
# Evitar que sejam proferidas palavras de baixo calão no ambiente de sala de aula, pois tal atitude denota falta de respeito para com os alunos;
# Saber contornar de forma autônoma e dinâmica os possíveis obstáculos provenientes das relações interpessoais, bem como dos resultados advindos do processo de ensino-aprendizagem;
# Procurar cumprir com os prazos preestabelecidos quanto à entrega de resultados referentes a trabalhos, avaliações, seminários e outras atividades extraclasse. Posturas como estas conferem confiabilidade.
# Cumprir com regras previamente estabelecidas, seja de forma coletiva ou individual, uma vez que a atitude mantém o instinto de autoridade, fato indispensável na preservação do instinto de liderança.

Por Vânia Duarte
Graduada em Letras
Equipe Brasil Escola

A competência linguística como um bem cultural

A competência linguística como um bem cultural rompe paradigmas didáticos voltados para uma noção cristalizada do uso da gramática
A competência linguística como um bem cultural rompe paradigmas didáticos voltados para uma noção cristalizada do uso da gramática

A competência linguística como um bem cultural representa o arremate das ideias que aqui serão abordadas, visto que o discurso ora em evidência se mostra a serviço do ensino da língua culta, tendo como instrumento a gramática normativa, como mais uma dentre as muitas possibilidades de uso da língua.

Estamos nos referindo, pois, à concepção que deve se atribuir à gramática mediante o contexto escolar, haja vista que ela não pode ser “encarada” como uma camisa de força, mas sim como instrumento cuja finalidade é a de tão somente aprimorar a competência linguística do falante, representada por aquela que chamamos de gramática internalizada.
Ora, quando o educando chega a frequentar a escola, ele já possui um conhecimento do conjunto de regras da língua por ele dominada, mesmo que de forma inconsciente. Assim, possivelmente ele não utilizará discursos como “já escola vou eu à”, mas sim “eu já vou à escola”. Percebe-se que, mesmo sem manter contato com as técnicas que se impõem ao padrão formal, esse usuário já domina aspectos fonológicos, morfológicos e sintáticos da língua em si.

Pois bem, partindo do princípio de tal existência (gramática internalizada), chegamos ao ápice de nossa discussão: como tem sido o ensino do professor de Língua Portuguesa em sala de aula? Sabe-se que, com os avanços dos estudos linguísticos, a noção de “erro” em língua se revestiu de uma nova roupagem, dadas as múltiplas possibilidades linguísticas que se aplicam a situações interacionais também distintas. 

Caro (a) educador (a), procurando dar maior ênfase a essa discussão, seria interessante aliá-la a outro texto já existente nesse canal, “Língua culta como variedade de prestígio”, o qual explora essa questão a partir de dois elementos tidos como relevantes: “adequabilidade e aceitabilidade”. Ambos são indissociáveis, visto que temos de adequar nosso linguajar às diversas circunstâncias sociocomunicativas que norteiam nossa vida. Existem contextos em que não nos é permitido o uso de um tom coloquial (adequabilidade), assim como existem outros em que tal posicionamento se faz necessário (aceitabilidade).

Para que esse aspecto seja mais bem evidenciado, propomos o trabalho com a música “Cuitelinho”, cuja letra se manifesta logo abaixo:

Cheguei na beira do porto
Onde as onda se espaia
As garça dá meia volta
E senta na beira da praia
E o cuitelinho não gosta
Que o botão de rosa caia,ai,ai

Ai quando eu vim
da minha terra
Despedi da parentália
Eu entrei no Mato Grosso
Dei em terras paraguaias
Lá tinha revolução
Enfrentei fortes batáia,ai, ai

A tua saudade corta
Como aço de naváia
O coração fica aflito
Bate uma, a outra faia
E os óio se enche d´água
Que até a vista se atrapáia, ai... 

http://letras.terra.com.br/renato-teixeira/298332/

Diante dessa criação artística, uma das possiblidades de se trabalhar os conteúdos gramaticais é dando credibilidade à concordância verbal. Partindo dela, o educador poderá enfatizar as variedades linguísticas e trilhar rumo aos objetivos antes firmados: fazer com que os educandos compreendam que a variedade padrão deve ser vista como a variante de prestígio, que nem sempre é acessível a todas as camadas da sociedade. 

Para tanto, eis que surgem algumas indagações com base nos propósitos didáticos, tais como:

* Mediante tal discurso, podemos afirmar que a interlocução foi efetivamente materializada?

O educador pode afirmar que a interlocução se materializou, mesmo com algumas incorreções de ordem sintática.

* Tais incorreções poderiam ser tachadas como erro por parte do emissor?

Partindo dessa indagação, o educador pode explorar a questão voltada para as variantes linguísticas, tendo em vista os fatores sociais.

* No que diz respeito a esse emissor, podemos dizer que ele possui competência linguística?  

Certamente que sim, contudo ainda não domina por completo a chamadacompetência gramatical.

* Em se tratando de situações discursivas formais, estaria esse discurso a elas adequado? Caso não, que tal analisarmos as possíveis “falhas”?

Eis o momento de o educador ressaltar que essas se deram no nível sintático, fazendo referência à falta de concordância entre alguns verbos e seus respectivos sujeitos. Outras se manifestaram no nível fonológico, referindo-se a questões ortográficas. Assim, no intuito de aprimorar a competência gramatical dos alunos, eles mesmos podem fazer essa reformulação, pontuando os aspectos evidenciados.

Realizado esse procedimento, o educador poderá mais uma vez deixar bem claro para os educandos que o desenvolvimento da competência gramatical deve ser aprimorado dentro e fora do ambiente escolar, com vistas a fazer com que ela represente um bem cultural, aumentando assim o poder de persuasão daqueles que utilizam a língua como instrumento de interação. Contudo, os alunos não devem sentir que as regras gramaticais lhes são impostas como uma obrigação em todas as situações linguísticas.

Por Vânia Duarte
Graduada em Letras

A Formação da Identidade da Criança

 


A experiência do espelho proporciona a autodescoberta durante o desenvolvimento da criança.

A formação da identidade da criança é um processo permeado por perguntas como: "Quem sou eu?"; "Como sou?". As respostas a essas perguntas são essenciais para a construção da personalidade. Logo cedo, o bebê começa a se perceber como sujeito e obter consciência corporal para se desenvolver e se organizar no espaço, já que ao nascer, o mesmo totalmente ligado à mãe e não compreende os limites que os separam.
Durante o primeiro ano de vida, aproximadamente por volta dos seis aos oito meses, a criança percebe que é um ser separado da mãe, iniciando o processo de construção da própria identidade.
O bebê explora o mundo a sua volta, vivencia sensações, percepções, e por volta dos sete meses, fica fascinado com a experiência de ver sua imagem refletida no espelho. Todas essas vivências dão início à autodescoberta, uma exploração que permite à criança descobrir como seu comportamento repercute no ambiente, fator essencial para que ela se perceba como alguém diferente do outro.
Com o objetivo de desenvolver a identidade, sugere-se a seguinte atividade para crianças da educação infantil, entre dois e três anos:
• Material utilizado: Dois espelhos grandes (prefira fixá-los na parede).
• Tempo previsto: 15 a 20 minutos.
• Atividade: Estimule a criança a olhar atentamente a própria imagem. Solicite que ela toque diferentes partes do corpo. Sugira brincadeiras como balançar os cabelos, levantar os ombros e cruzar os braços. Encoraje-a a imitar os gestos das outras crianças.
• Desenvolvimento: A atividade deve ser realizada em frente ao espelho, com o intuito de estimular a observação.

Por Patrícia Lopes
Equipe Brasil Escola

terça-feira, 22 de novembro de 2011


Amigos.
Ao visitar o meu blog, deixe um comentário, é para poder melhorar as minhas postagens.
Obrigado viu?

segunda-feira, 21 de novembro de 2011

Considerações sobre educação.


Ao falar em alfabetização, trata-se a priori da questão gráfica, ou seja, a relação entre as letras e os sons da fala. Esta é uma questão de muita preocupação do professor.
         Cada letra representa um som, que por sua vez é simbolizado por uma letra. Uma letra corresponder a um som e vice versa, chamada de correspondência biunívoca, é o ideal da alfabetização, mas não é dessa forma que ocorre na prática, pois o que acontece com as letras e os sons excedem o que pode ser chamado de “casamento monogâmico”.
         As letras, ao contrário, combinam-se de maneiras diferentes formando sons diferentes, dependendo assim do lugar que ocupam na palavra. Um exemplo citado no texto é a letra “l”, que em “lata” em o som de l, mas em “jornal” tem o som da letra “u”. Essas diferenças provocam certas dúvidas no alfabetizando, que pensa que a letra “l” somente tem som “l”, a letra  “u” tem som de “u” , pois é assim que deveria acontecer.
         O educador que estiver alfabetizando deve ser cauteloso quando quanto as essas particularidades de sons e letras, para saber como repassar ao alfabetizando essa relação.
         Existem diferentes dialetos, que levam a diferentes pronúncias de uma mesma letra, modificando o som dela, isso decorrente do ambiente em que são pronunciadas, da comunidade, das variações da própria língua portuguesa, por essa razão não deve ser reprimida, e por sua vez, deve ser ensinada de acordo com sua correspondência.
         As formas de correspondência entre letras e sons podem ser aprendidas por meio de regras, que são ensinadas pelo professor capacitado para isso.

Relação pai x filho: pilar do processo civilizatório


Edna Galvão - Artigo: .  In Periódico Actas Freudianas, Revista da Sociedade de Estudos psicanalíticos de Juiz de Fora, v.III, 2007. 155p.; 26 x18 cm. ISSN 1809-3272.

Na contemporaneidade, nos sentimos no limite entre o experimentar e conhecer a verdade. Isso nos faz questionar que civilização nós temos. O processo civilizatório nos traz muitas inovações e transformações que, se de um lado aumentam a nossa qualidade de vida, por outro lado, de alguma maneira, nos impede a felicidade. O homem cria coisas para se proteger das forças da natureza, se racionaliza, abre mão de Deus e, segundo Nietszche [1987]), se compara a ele, mas não se sente feliz. Com esse fato fazemos uma analogia de abrir mão de Deus com a morte do pai e a culpa de que nos fala Freud (1913-1996) quando se refere em Totem e tabu, à ambivalência de sentimentos da irmandade ao matar o pai da horda primitiva. A busca da felicidade individual veio a ser permanentemente incluída entre nossos desejos.
Nietzsche (1987), nos fez relacionar a morte de Deus com o crescimento da ciência. A ciência assim como a religião parte de uma crença, no entanto, a ciência não concede status às crenças. Freud, pós-Nietzsche, em seu trabalho O futuro de uma ilusão (1927) eleva a ciência e a razão. Aponta a religião como uma ilusão e a justifica para a civilização, por fazer morrer em nós traços da natureza, como a fraqueza humana e a relação espontânea. Num segundo trabalho O mal-estar na cultura (1929), Freud se dá conta de que, em que pese a importância dos progressos da ciência, e muito peso vem sendo dado a seus progressos, há overdose de tecnologia: muita informação que o homem mal consegue introjetá-la: nem sai uma, entra outra e tudo o mais gira em torno da ciência. A sensação de desamparo é grande e estamos freqüentemente buscando alguém para nos proteger. A humanidade caminha para o mal-estar da civilização. Quem irá nos salvar? Onde está o pai? 

Fracasso Escolar


1.    INTRODUÇÃO

O tema fracasso escolar encontra-se constantemente em pauta nas discussões dos órgãos oficiais e dos especialistas responsáveis pela educação. Não é de hoje que medidas político-administrativas e pedagógicas vêm sendo elaboradas e adotadas e, da mesma forma, pesquisas vêm sendo realizadas com o intuito de solucionar problemas referentes ao grande número de crianças em idade escolar que estão fora da escola, seja porque nela nunca ingressaram ou porque sofreram o processo de evasão ou repetência.
Ao longo de nossa história as pesquisas sobre o fracasso escolar estiveram em princípio marcadas por um discurso clínico em que as causas do fracasso estavam relacionadas a fatores genéticos, raciais ou hereditários dos indivíduos. Foi por volta dos anos 70 que essas teorias passaram a ser questionadas e um novo discurso passou a se fazer presente. As explicações passaram a ser buscadas na proveniência cultural dos alunos, dando origem as teorias da carência cultural.
A produção do conhecimento sobre o que se convencionou em chamar fracasso escolar tem uma longa história, pois desde 1971, Aparecida Joly Gouveia publicou uma análise extensa produzida no período de 1965-1970 (Gouveia, 1971). Nela já ressaltava que só se poderia compreender o significado da produção daquele período se ela fosse entendida em suas relações com a produção anterior.
A relação entre a pesquisa e a política educacional é primeiramente entendida em termos rigidamente instrumentais, pois cabia aos pesquisadores fornecer  subsídios práticos à formulação e avaliação de ações oficiais no campo da educação escolar. Como característica, o estudo da psicologia, do ensino e da aprendizagem e a criação de instrumentos de avaliação de ações oficiais no campo da educação visou estabelecer uma percepção de continuidades e descontinuidades teórico– metodológicas de avanços e redundâncias na produção do saber sobre o objeto de estudo a ser analisado diante de uma pesquisa educacional.
A importância dessas avaliações em determinada área de pesquisa é múltipla podendo ressaltar teorias e métodos dominantes colocando em relevo aspectos do objeto de estudo que são esboçados, à medida que esses trabalhos permitam aprofundar a compreensão do mesmo objeto de estudo perante essas mesmas continuidades e descontinuidades teóricas e metodológicas.

Educação no Brasil: a História das rupturas



José Luiz de Paiva Bello
2001
Introdução
 A História da Educação Brasileira não é uma História difícil de ser estudada e compreendida. Ela evolui em rupturas marcantes e fáceis de serem observadas.
A primeira grande ruptura travou-se com a chegada mesmo dos portugueses ao território do Novo Mundo. Não podemos deixar de reconhecer que os portugueses trouxeram um padrão de educação próprio da Europa, o que não quer dizer que as populações que por aqui viviam já não possuíam características próprias de se fazer educação. E convém ressaltar que a educação que se praticava entre as populações indígenas não tinha as marcas repressivas do modelo educacional europeu.
Num programa de entrevista na televisão o indigenísta Orlando Villas Boas contou um fato observado por ele numa aldeia Xavante que retrata bem a característica educacional entre os índios: Orlando observava uma mulher que fazia alguns potes de barro. Assim que a mulher terminava um pote seu filho, que estava ao lado dela, pegava o pote pronto e o jogava ao chão quebrando. Imediatamente ela iniciava outro e, novamente, assim que estava pronto, seu filho repetia o mesmo ato e o jogava no chão. Esta cena se repetiu por sete potes até que Orlando não se conteve e se aproximou da mulher Xavante e perguntou por que ela deixava o menino quebrar o trabalho que ela havia acabado de terminar. No que a mulher índia respondeu: "- Porque ele quer."
Podemos também obter algumas noções de como era feita a educação entre os índios na série Xingu, produzida pela extinta Rede Manchete de Televisão. Neste seriado podemos ver crianças indígenas subindo nas estruturas de madeira das construções das ocas, numa altura inconcebivelmente alta.
Quando os jesuítas chegaram por aqui eles não trouxeram somente a moral, os costumes e a religiosidade européia; trouxeram também os métodos pedagógicos.
Este método funcionou absoluto durante 210 anos, de 1549 a 1759, quando uma nova ruptura marca a História da Educação no Brasil: a expulsão dos jesuítas por Marquês de Pombal. Se existia alguma coisa muito bem estruturada em termos de educação o que se viu a seguir foi o mais absoluto caos. Tentou-se asaulas régias, o subsídio literário, mas o caos continuou até que a Família Real, fugindo de Napoleão na Europa, resolve transferir o Reino para o Novo Mundo.
Na verdade não se conseguiu implantar um sistema educacional nas terras brasileiras, mas a vinda da Família Real permitiu uma nova ruptura com a situação anterior. Para preparar terreno para sua estadia no Brasil D. João VI abriu Academias Militares, Escolas de Direito e Medicina, a Biblioteca Real, o Jardim Botânico e, sua iniciativa mais marcante em termos de mudança, a Imprensa Régia. Segundo alguns autores o Brasil foi finalmente "descoberto" e a nossa História passou a ter uma complexidade maior.

Homossexualidade entre adolescentes


Encarar o preconceito e assumir a homossexualidade começa mais cedo do que se imagina. Conforme uma pesquisa realizada pela Secretaria de Estado da Saúde durante a Parada LGBTT (Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais) um em cada três gays assume sua verdadeira sexualidade antes dos 15 anos.
Foram ouvidas 211 pessoas entre 10 e 24 anos de idade que participaram do evento, em junho deste ano. Desse total, 31,3% disseram ter assumido a sexualidade diferente da hetero entre os 10 e os 14 anos, 62,8% entre 15 e 19 anos e apenas 5,9% após 20 anos.
O estudo mostrou ainda que 71,1% dos entrevistados tinham revelado não ser hetero para a mãe. Os que contaram para o pai representaram 56,8% do total.
Entre as pessoas do sexo masculino, 42% responderam que haviam se relacionado sexualmente com mais de 10 parceiros, e 19,4%, com cinco a nove parceiros. Já entre as mulheres, 35% informaram terem tido relacionamento com mais de 10 parceiros e 30%, com cinco a nove parceiros.
Metade das pessoas ouvidas relatou ser vítima de preconceito, discriminação ou falta de respeito nos serviços de saúde, e 9,95% alegaram falta de atenção, descaso ou desinteresse no atendimento. Entre os entrevistados do sexo feminino, 61,6% vão ao médico preventivamente e, entre os do sexo masculino, 52,2%.
"A rede de saúde precisa acolher esses adolescentes, e não inibi-los, pois a vulnerabilidade pode fazer com que o jovem adote comportamentos de risco. O acompanhamento médico adequado dos jovens deste grupo pode evitar o surgimento ou agravamento de problemas de saúde", alerta Albertina Duarte Takiuti, coordenadora de Saúde do Adolescente da Secretaria.
Por Juliana Lopes

Estatuto da Juventude: hora de ver quem aposta no presente e no futuro do Brasil

Estatuto da Juventude: hora de ver quem aposta no presente e no futuro do Brasil

Entenda os diferentes transtornos de aprendizagem

O aprendizado é um processo complexo, dinâmico, que resulta em modificações estruturais e funcionais permanentes no SNC (Sistema Nervoso Central). As modificações ocorrem a partir de um ato motor e perceptivo, que, elaborado no córtex cerebral, dá origem à cognição.

O transtorno de aprendizagem pode ser classificado levando em conta as funções cognitivas afetadas. A importância dada aos problemas relacionados à aprendizagem tem aumentado significativamente na atualidade e isso se deve em grande parte ao fato de que o sucesso do indivíduo está ligado ao bom desempenho escolar.

Para Adams (1973), as dificuldades específicas para a aprendizagem se referem àquela situação que ocorre com crianças que não conseguem um grau de adiantamento escolar compatível com sua capacidade cognitiva e que não apresentam problemas auditivos, visuais, sensoriais ou psicológicos importantes que possam explicar tais dificuldades. O transtorno de aprendizagem se traduz por um conjunto de sinais sintomatológicos que provocam uma série de perturbações no aprender da criança, interferindo no processo de aquisição e manutenção de informações de uma forma acentuada.

É importante estabelecer uma diferenciação entre o que é uma dificuldade de aprendizagem e o que é um quadro de transtorno de aprendizagem. Muitas crianças em fase escolar apresentam certas dificuldades em realizar uma tarefa, que podem surgir por diversos motivos, como problemas na proposta pedagógica, capacitação do professor, problemas familiares ou déficits cognitivos, entre outros.

O que são os transtornos de aprendizagem?

Compreendem uma inabilidade específica, como de leitura, escrita ou matemática, em indivíduos que apresentam resultados significativamente abaixo do esperado para seu nível de desenvolvimento, escolaridade e capacidade intelectual.

A real etiologia dos transtornos de aprendizagem ainda não foi esclarecida pelos cientistas, embora existam algumas hipóteses sobre suas causas. Sabe-se que sua etiologia é multifatorial, porém ainda são necessárias pesquisas para melhor identificar e elucidar essa questão. 

Nos transtornos de aprendizagem, os padrões normais de aquisição de habilidades estão perturbados desde os estágios iniciais do desenvolvimento, ou seja, não são adquiridos, decorrentes de falta de estimulação adequada ou qualquer forma de traumatismo ou doença cerebral. Os transtornos específicos do desenvolvimento das habilidades escolares compreendem grupos de transtornos manifestados por comprometimentos específicos e significativos no aprendizado de habilidades escolares. Esse

Quando letra feia é um distúrbio de aprendizagem?


O processo de alfabetização não envolve apenas saber a grafia correta das palavras. Quando aprendemos a escrever também reproduzimos os sinais, letras, em um suporte com ajuda de instrumentos, no caso, papel ou caneta.
Raquel Caruso, fonoaudióloga com especialização em psicomotricidade, explica que de um modo geral a escrita é uma linguagem visual expressiva. "Ela faz uso de uma série de operações cognitivas, tais como percepção auditiva, visual, discriminação tátil, cinestésica". Ou seja, este sistema converte pensamento, sentimento e idéias em símbolos gráficos.
Mas para o desenvolvimento da escrita correta existem alguns pré-requisitos, como aspectos cognitivos, afetivos, motor e de linguagem. "Entre eles, o esquema corporal, ou seja, a organização das sensações relativas ao seu próprio corpo em relação ao mundo exterior, estruturação espacial (quando a pessoa é capaz de situar-se e situar objetos uns em relação aos outros) e a orientação temporal: capacidade de situar-se em função da sucessão dos acontecimentos (antes, pós, durante)", explica a psicopedagoga. Nessa lista ainda entram noções de tempo longo e curto, além do domínio do gesto e da direção gráfica (da esquerda para direita, que no caso é usado por nós, ocidentais).
Em algumas crianças esse processo é mais difícil, algumas tem dificuldades de escrever ou copiar palavras, letras e números. As letras são ilegíveis e não seguem um padrão linear. Às vezes, as palavras no papel têm traços pouco precisos ou incontrolados. O que também pode acontecer é a falta de pressão ou os traços serem tão fortes que marcam o papel.
Essas e outras características podem indicar a disgrafia (dis=dificuldade e grafia=grafar/escrever), que pode ocorrer em crianças com boas notas e facilidade de se expressar através da fala. Elas reconhecem as letras, mas não conseguem planejar os movimentos para conseguir o traçado da letra. Claro que no início da alfabetização as primeiras palavras não saem perfeitas na folha de papel, entretanto, se mesmo depois dela a escrita ainda ficar longe do que é proposto nos cadernos de caligrafia, é preciso que pais e professores fiquem alertas.
Segundo a fonoaudióloga, este transtorno é resultado de um distúrbio de integração visual-motora responsável por afetar a capacidade da criança quando ela observa algo na lousa e tenta reproduzir no papel. "Ao contrário do que se imagina, a disgrafia acontece em crianças com capacidade intelectual normal, sem qualquer transtorno neurológico, sensorial motores e/ou afetivos", acrescenta. Mas ser for identificada precisa de tratamento psicológico e treinos motores. Mesmo porque se a criança continuar com a letra ilegível vai se sentir atrasada em relação aos outros alunos e não vai compreender porque não consegue se expressar através das palavras no caderno.
Dessa maneira é preciso que os pais observem não só a forma com que elas escrevem, pois as letras precisam ser mais difíceis de compreender do que os garranchos. Traços irregulares, fortes e fracos, letras muito distantes ou extremamente juntas, omissão delas ou mesmo a dificuldade de manter a frase em uma linha, mesmo que o caderno seja pautado, são fortes indícios de que a criança possa ter a disgrafia. Em alguns casos, segundo a fonoaudióloga, muitas crianças com conflitos emocionais usam a "letra defeituosa", para chamar atenção.
Para atestar a disgrafia é feito um teste específico. Se o resultado é positivo, as crianças devem fazer um tratamento com um psicólogo e fonoaudiólogo, que tem como objetivo reeducar a escrita da criança. "Os exercícios de pré-escrita e grafismo são necessários para aprendizagem das letras e números. Sua finalidade é fazer com que a criança atinja o domínio do gesto e do instrumento, a percepção e a compreensão da imagem a reproduzir. É importante que o indivíduo seja estimulado a realizar exercícios para o ombro, como movimentos de abrir e fechar com o brinquedo vai e vem, cotovelo (peteca), punho, mão e dedos", explica Raquel. Também são feitas atividades manuais, como desenhos, pinturas e esculturas com argila e massinha.

Será que meu filho é disléxico


Pesquisas afirmam que 20% das crianças sofrem de dislexia. Isto faz com que elas tenham grandes dificuldades ao aprender a ler, escrever e soletrar.
O problema se manifesta de diferentes formas de acordo com a idade.
Se seu filho apresenta algumas das características abaixo procure ajuda do seu pediatra. É preciso começar o tratamento.
Entre 3 a 6 anos - na pré-escola
- Ele persiste em falar como um bebê (involuntariamente)?
- Frequentemente pronuncia palavras de forma errada?
- Não consegue reconhecer as letras que soletram seu nome?
- Tem dificuldade em lembrar o nome de letras, números e dias da semana?
- Leva muito tempo para aprender novas palavras?
- Tem dificuldade em aprender rimas infantis?
Entre 6 ou 7 anos - primeira-série
- Tem dificuldade em dividir palavras em sílabas?
- Não consegue ler palavras simples e monossilábicas, tais como "rei" ou "bom"?
- Comete erros de leitura que demonstram uma dificuldade em relacionar letras a seus respectivos sons?
- Tem dificuldade em reconhecer fonemas?
- Reclama que ler é muito difícil?
- Frequentemente comete erros quando escreve e soletra palavras?
- Memoriza textos sem compreendê-los?
Entre 7 e 12 anos
- Comete erros ao pronunciar palavras longas ou complicadas?
- Confunde palavras de sonoridade semelhante, como "tomate" e "tapete", "loção" e "canção"?
- Utiliza excessivamente palavras vagas como "coisa"?
- Tem dificuldade para memorizar datas, nomes ou números de telefone?
- Pula partes de palavras quando estas têm muitas sílabas?
- Costuma substituir palavras difíceis por outras mais simples quando lê em voz alta; por exemplo, lê "carro" invés de "automóvel"?
- Comete muitos erros de ortografia?
fonte:
http://vilamulher.terra.com.br/

domingo, 20 de novembro de 2011


CONVERSA ENTRE DUAS CRIANÇAS DO SÉCULO XXI, NO BERÇO
- E aí, véio?
- Beleza, cara?
- Ah, mais ou menos. Ando meio chateado com algumas coisas.
- Quer conversar sobre isso?
- É a minha mãe. Sei lá, ela anda falando umas coisas estranhas, me botando um terror, sabe?
- Como assim?
- Por exemplo: há alguns dias, antes de dormir, ela veio com um papo doido aí. Mandou eu dormir logo senão uma tal de Cuca ia vir me pegar. Mas eu nem sei quem é essa Cuca, pô. O que eu fiz pra essa mina querer me pegar?  Você me conhece desde que eu nasci, já me viu mexer com alguém?
- Nunca.
- Pois é. Mas o pior veio depois. O papo doido continuou. Minha mãe disse que quando a tal da Cuca viesse, eu ia estar sozinho, porque meu pai tinha ido pra roça e minha mãe passear. Mas tipo, o que meu pai foi fazer na roça? E mais: como minha mãe foi passear se eu tava vendo ela ali na minha frente? Será que eu sou adotado, cara?
- Como assim, véio?
- Pô, ela deixou bem claro que a minha mãe tinha ido passear. Então ela não é minha mãe. Se meu pai foi na casa da vizinha, vai ver eles dois tãode caso. Ele passou lá, pegou ela e os dois foram passear. É isso, cara. Eu sou filho da vizinha. Só pode!
- Calma, maninho. Você tá nervoso e não pode tirar conclusões precipitadas.
- Sei lá. Por um lado pode até ser melhor assim, viu? Fiquei sabendo de umas coisas estranhas sobre a minha mãe.
- Tipo o quê?
- Ela me contou um dia desses que pegou um pau e atirou em um gato. Assim, do nada. Maldade, meu! Vê se isso é coisa que se faça com o bichano!
- Caramba! Mas por que ela fez isso?
- Pra matar o gato. Pura maldade mesmo. Mas parece que o gato não morreu.
- Ainda bem. Pô, sua mãe é perturbada, cara.
- E sabe a Francisca ali da esquina?
- A Dona Chica? Sei sim.
- Parece que ela tava junto na hora e não fez nada. Só ficou lá, paradona, admirada vendo o gato berrar de dor.
- Putz grila. Esses adultos às vezes fazem cada coisa que não dá pra entender.
- Pois é. Vai ver é até melhor ela não ser minha mãe mesmo... Ela me contou isso de boa, cantando, sabe? Como se estivesse feliz por ter feito essa selvageria. Um absurdo. E eu percebo também que ela não gosta muito de mim. Esses dias ela ficou tentando me assustar, fazendo um monte de careta. Eu não achei legal, né. Aí ela começou a falar que ia chamar um boi com cara preta pra me levar embora.
- Nossa, véio. Com certeza ela não é sua mãe. Nunca que uma mãe ia fazer isso com o filho.
- Mas é ruim saber que o casamento deles não está dando certo... Um dia ela me contou que lá no bosque do final da rua mora um cara, que eu imagino que deva ser muito bonitão, porque ela chama ele de 'Anjo'. E ela disse que o tal do Anjo roubou o coração dela. Ela até falou um dia que se fosse a dona da rua, mandava colocar ladrilho em tudo, só pra ele passar desfilando e tal.
- Nossa, que casamento bagunçado esse. Era melhor separar logo.
- É. só sei que tô cansado desses papos doidos dela, sabe? Às vezes ela fala algumas coisas sem sentido nenhum. Ontem mesmo, ela disse que a vizinha cria perereca na gaiola... já viu...essa rua só tem doido...
- Ixi, cara. Mas a vizinha não é sua mãe?
- É mesmo! Tô perdido de qualquer jeito.

Pedagogia: origem e significados


Bem, somos pedagogos e estudantes de pedagogia e amamos os que fazemos mesmo diante de tantos obstáculos, não é mesmo?
Mas, você já se perguntou, ou conhece, a origem dessa palavra tão linda que é a PEDAGOGIA e o seu significado político, científico, prático?
Pensando nisso, pensei em fazer uma breve pesquisa sobre a Pedagogia e pedagogos...
Um tema tão rico e apaixonante!

A origem da Pedagogia
 A história da educação que conhecemos hoje começou na Grécia Antiga. O termo Pedagogia tem origem na Grécia Clássica, paidós (criança) e agogé (condução), onde pessoas chamadas paidagogos eram incubidas de cuidar e ensinar as crianças daquela sociedade. Na realidade, os paidagogos eram escravos cultos que cuidavam, conduziam as crianças. Será que estamos tão distantes dessa realidade hoje?

A Pedagogia é definida por estudiosos como a teoria e a prática da educação. Mas, quantos conflitos e dilemas cercam essa ciência, não é mesmo? Um percurso marcado por lutas e conquistas em prol de uma educação para a transformação da sociedade!

Desde que existe a necessidade de educar as crianças e de promover suas inserção em um contexto social, cultural, existe Pedagogia!Entretanto, a institucionalização desta ciência só ocorreu por volta do século XVI, onde o termo pedagogo (em seu significado moderno) é definido em um dicionário francês de 1690 que define o seguinte: "Pedagogog: mestre ao qual se dá o encargo de instruir e educar um aluno, de ensinar-lhe gramática e de vigiar (prendregarde) suas ações".

O século XVIII é marcado como o século da Pedagogia porque se desenvolveu nessa fase a educação pública estatal e o início da educação nacional, e ainda, pelo surgimento de grandes nomes da pedagogia clássica como Rousseau e Pestalizzi.

Hoje, a Pedagogia é, como diz Libâneo, no livro "Pedagogia e pedagogos, para quê?": "[...] o campo do conhecimento que se ocupa do estudo sistemático da educação, isto é, do ato educativo, da prática educativa concreta que se realiza na sociedade como um dos ingredientes básicos da configuração da atividade humana" (p.30).
Fonte: http://amigadapedagogia.blogspot.com/2010/09/pedagogia-origem-e-significados.html