quinta-feira, 6 de setembro de 2012

Método Tradicional

A linha tradicional de ensino teve a sua origem no século XVIII, a partir do Iluminismo. O objetivo principal era universalizar o acesso do indivíduo ao conhecimento. Possui um modelo firmado e certa resistência em aceitar inovações, e por isso foi considerada ultrapassada nas décadas de 60 e 70.

As escolas que adotam a linha tradicional acreditam que a formação de um aluno crítico e criativo depende justamente da bagagem de informação adquirida e do domínio dos conhecimentos consolidados.

Não há lugar para o aluno atuar, agir ou reagir de forma individual. Não existem atividades práticas que permitem aos alunos inquirir, criar e construir. Geralmente, as aulas são expositivas, com muita teoria e exercícios sistematizados para a memorização.

O professor é o guia do processo educativo e exerce uma espécie de “poder”. Tem como função transmitir conhecimento e informações, mantendo certa distância dos alunos, que são “elementos passivos”, em sala de aula.

As avaliações são periódicas, por meio de provas, e medem a quantidade de informação que o aluno conseguiu absorver.

São escolas que preparam seus alunos para o vestibular desde o início do currículo escolar e enfatizam que não há como formar um aluno questionador sem uma base sólida, rígida e normativa de informação.

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Trabalhando com o Texto

Como se fosse dinheiro

Todos os dias, Gustavo levava dinheiro para a escola para comprar seu lanche.

Chegava ao bar, comprava sua torrada e pagava o sr. Marcos.

Mas o sr. Marcos nunca tinha troco:

- Olha Gustavo, pode levar uma bala, pois eu não tenho troco.

Um dia, Gustavo reclamou para sr. Marcos:

- Seu Marcos, eu não quero bala, quero meu troco em dinheiro.

- Ora menino, eu não tenho troco. O que eu posso fazer?

- Realmente não sei, só sei que quero meu troco em dinheiro!

- Mas bala é como se fosse dinheiro! Ora essa...

Gustavo ainda insistiu umas duas ou três vezes.

A resposta era sempre a mesma:

- Ora, menino, bala é como se fosse dinheiro, então leve um chiclete se não gosta de bala.

Aí Gustavo resolveu dar um jeito.

No dia seguinte, apareceram com um embrulho, os colegas queriam saber o que era, Gustavo ria e respondia:

- Na hora do recreio, vocês vão ver...

E na hora do recreio todo mundo viu.

Gustavo comprou seu lanche. Na hora de pagar, abriu o embrulho. E tirou de dentro... Uma galinha.

Colocou a galinha em cima do balcão.

- O que é isso menino? - perguntou o sr. Marcos.

- É para pagar a torrada. Galinha é como se fosse dinheiro, e gostaria do meu troco.

O sr. Marcos pensou por muito tempo, e resolveu dar as moedas de troco para Gustavo, e pegou a galinha para acabar com a confusão.

Gustavo disse a seus colegas:

- Todo o cidadão tem deveres, mas também possuí direitos.

Exercícios:

1. Numere os parênteses de acordo com a ordem do texto:

( ) - Mas bala é como se fosse dinheiro! Ora essa...

( ) Um dia, Gustavo reclamou para sr. Marcos:

( ) O sr. Marcos pensou por muito tempo, e resolveu dar as moedas de troco para Gustavo, e pegou a galinha para acavar com a confusão.

( ) Gustavo Levava dinheiro para a escola para comprar seu lanche.

( ) Mas, o sr. Marcos nunca tinha troco:

( ) A resposta era sempre a mesma.

2. Una as frases, indicando o que fez cada personagem:

1. Gustavo

Quem? 2. Sr. Marcos

3. Os colegas

1. Queriam saber o que havia no embrulho.

Fez o quê? 2. Nunca tinha troco.

3. Comprou seu lanche.

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quarta-feira, 5 de setembro de 2012

A Psicopedagogia e a Aprendizagem

A psicopedagogia e a aprendizagem

O atual paradigma de competência repousa em uma ação humana criativa, contextualizada, adequada à realidade, respaldada no conhecimento científico e realizada com muita maturidade emocional.

Aprender a lidar com o desconhecido, com o conflito, com o inusitado, com o erro, com a dificuldade, transformar informação em conhecimento, ser seletivo e buscar na pesquisa as alternativas para resolverem os problemas que surgem são tarefas que farão parte do cotidiano das pessoas.

A escola, no cumprimento da sua função social, deverá desenvolver nas crianças e jovens que nela confiam a sua formação, competências e habilidades para prepará-los para agir conforme as exigências da contemporaneidade.

Como não há como se distanciar desta realidade, todos os profissionais da educação sentem a necessidade de refletir sobre suas ações pedagógicas no que diz respeito a conhecer e reconhecer a importância do sujeito da aprendizagem, a entender o que pode facilitar ou impedir que se aprenda.

Auxiliando professores e todos aqueles envolvidos com a questão do aprender, surgiu a psicopedagogia, ciência nova que se destina a buscar as causas dos fracassos escolares e resgatar o prazer de aprender numa visão multidisciplinar, podendo orientar as instituições escolares e seus professores e atender a pais e alunos na perspectiva de transformar as relações com o aprendizado.

No decorrer deste artigo, práticas serão sugeridas para facilitar o trabalho do educador e elucidar a ação do psicopedagogo na tentativa de resgatar na criança e no jovem o prazer de aprender, o prazer de conhecer.

Aprender... Para quê?

A sociedade atual experimenta mudanças rápidas e complexas devido ao fluxo de informações variadas e numerosas. Somos estimulados continuamente, através de sons e imagens, a perceber um mundo plural, colorido, virtual, interligado. Não podemos mais ignorar

“... a televisão, o vídeo, o cinema, o computador, o telefone, o fax, que são veículos de informação, de comunicação, de aprendizagem.” (libâneo, 2002).

Os alunos entram nas salas de aula

“sabendo muitas coisas ouvidas no rádio, vistas na televisão, em apelos de outdoors e informes de mercado e shopping centers que visitam desde pequenos”. Conhecem relógios digitais, calculadoras eletrônicas, videogames, discos a laser, gravadores e muitos outros aparelhos que a tecnologia vem colocando à disposição para serem usados na vida cotidiana.

Estes alunos estão acostumados a aprender através dos sons, das cores, das imagens fixas das fotografias ou, em movimento, nos filmes e programas televisivos. (...) o mundo desses alunos é polifônico e poli crômico. “É cheio de cores, imagens e sons, muito distante do espaço quase que exclusivamente monótono monofônico e monocromático que a escola costuma lhes oferecer.” (kenski in libâneo, 2002)

Diante do exposto, é emergente transformar a relação que estabelecemos com a maneira de aprender. Não basta mais ter informações a respeito de um determinado assunto, resolver os problemas de qualquer forma, ou utilizando um determinado procedimento. Com a complexidade que o mundo moderno apresenta, o sujeito contemporâneo necessita buscar as informações, saber selecioná-las, analisar as possibilidades que elas oferecem para solucionar uma situação problematizada a e adotar uma postura criativa, com maturidade emocional para posicionar-se frente a qualquer escolha que venha a fazer.

Para saber optar com coerência diante das solicitações cotidianas, é necessário estar constantemente estudando e consequentemente aprendendo: os ambientes, as pessoas, as relações, os diversos saberes (para habilitar-se a fazer leitura de cenários e redimensionar suas ações na perspectiva de interferir de forma significativa no real).

Entretanto, diante da necessidade de aprender, há a dificuldade de aprender, que vem associada a sentimentos fortes de incapacidade, sensações de angústia e baixa autoestima. Não descartamos a vontade de não aprender também. Desejo inconsciente, mas que traz consigo sentimentos de medo e vergonha de crescer, de desenvolver-se, de amadurecer, de enfrentar um mundo tão dinâmico e exigente.

Não aprender... Por quê ?

Educadores e pais, ao lidarem com crianças e jovens com dificuldade de aprendizagem, potencializam a sua preocupação, principalmente por entenderem a importância da aprendizagem em relação aos rumos que a sociedade está tomando.

Na busca de uma explicação do não aprender, deparamo-nos com professores e técnicos em educação que creditam a dificuldade de aprender como decorrente da desatenção, da inquietação, da desmotivação gerada pelos meios de comunicação, que tomam boa parte do tempo de crianças e jovens em “atividades mais sedutoras”. Separam, pois, a vida dos seus alunos da vida escolar. Ação que o estudante não realiza. Ele traz consigo uma bagagem de informação que precisa ser organizada, explicada, compreendida e transformada em conhecimento dentro da sala de aula, no ambiente escolar.

Poderemos supor que atitudes de desatenção, de inquietação, de desmotivação ocorrem porque o que se fala na escola, através do professor, não é articulado com o que ele, aluno, conhece. é apenas um dado a mais para armazenar. então, acontece a resistência ao aprender algo que não tem significado.

Os pais, inúmeras vezes afrontados pelo não aprender de seus filhos, buscam alternativas variadas e optam por contratar serviços psicológicos, de reeducadores, de professores particulares, após terem seguido o caminho dos médicos, na tentativa de identificar a causa do fracasso escolar. No entanto, o que constatamos em escolas ao conversarmos com pais que possuem filhos que apresentam resultados negativos de aprendizagem, é que há um desconhecimento deste pai em relação ao filho. Estes adultos não percebem como seus pequenos aprendem como procedem no momento de estudo, como se organizam pessoalmente, quais os seus anseios, medos, angústias. A maioria não dialoga com seus filhos, apenas questiona a razão do baixo resultado. E a resposta sempre é “por que não gosto de estudar!”, resposta que não explica a pergunta, principalmente porque é dada por quem talvez não compreenda verdadeiramente a razão do fracasso escolar.

Ao analisar os fatores orgânicos, cognitivos, afetivos, sociais, pedagógico percebido dentro das articulações sociais, num enfoque multidimensional poderá, então, conceber a real causa do não aprender.

Atuação Psicopedagógica e Aprendizagem Escolar

Thereza Cristina dos Santos Lopes

A Psicopedagogia tem se apresentado multifacetada, sob a influência da Psicologia e da Pedagogia. Tem como identidade própria área de conhecimento, linha de pesquisa em educação e em psicologia, e atividade terapêutica ou preventiva.

Esta área de atuação também permite aos profissionais a análise do processo de aprendizagem do ponto de vista do sujeito que aprende e da instituição que ensina no que tange a seu decurso normal ou com dificuldades.

Contribuir para o crescimento dos processos da aprendizagem e auxiliar no que diz respeito a qualquer dificuldade em relação ao rendimento escolar, também é do âmbito da psicopedagogia, bem como de educadores em geral.

Ter conhecimento de como o aluno constrói seu conhecimento, compreender as dimensões das relações com a escola, com os professores, com o conteúdo e relacioná-los aos aspectos afetivos e cognitivos, permite uma atuação mais segura e eficiente.

Devemos considerar que o desenvolvimento deste ser se dá harmoniosamente e equilibradamente nas diferentes condições orgânica, emocional, cognitiva e social.

As dificuldades de aprendizagem podem surgir quando um ou mais aspectos citados encontram-se alterados e tendem a agravar-se na medida em que não são diagnosticados precocemente.

Podemos afirmar que o ser humano é singular e a ele, somente a ele pertence sua situação, sua relação com o processo que lhe foi oferecido e o desnrolar deste.

Dentre causas orgânicas podemos citar as lesões cerebrais, síndromes congênitas, desnutrição e o Distúrbio do Déficit de Atenção, com ou sem Hiperatividade (DDAH).

Porém, o impedimento para aprender não está atrelado somente aos fatores orgânicos. O estado emocional determina e permeia todo tipo de relação, sendo esta uma proposta educacional formal ou não.

O processo de construção do conhecimento se dá em base sólida de acordo com a afetividade que se tem perante o objeto de estudo e o desconhecido, pressupondo-se que todo desconhecido é novo e o novo tem que associar-se ao já aprendido, modificando-o e aumentando-o.

Uma criança que, em seu processo encontra dificuldades em "crescer", em lidar com as novas propostas pode estar transformando suas má-relações familiares para o espaço escolar.

É importante que o professor tenha consciência de que a criança traz consigo a bagagem natural cultural e também traz todas as referências afetivas.

No aspecto social, destaca-se o ambiente, a quantidade e a qualidade de estímulos recebidos e o valor dado à aprendizagem pela família e/ou meio social comunitário.

A atuação da Psicopedagogia tem como base o pensar, a forma como a criança pensa e não propriamente o que aprende.

Ter um olhar psicopedagógico de um processo de aprendizagem é buscar compreender como eles utilizam os elementos do seu sistema cognitivo e emocional para aprender.

É também buscar compreender a relação do aluno com o conhecimento, a qual é permeada pela figura do professor e pela escola.

A Psicopedagogia preocupa-se, portanto, como a criança aprende.

THEREZA CRISTINA DOS SANTOS LOPES

FONOAUDIOLOGIA-ORTÓPTICA

CRFª 7605 ABO 86.

ESPECIALIZAÇÃO EM PSICOPEDAGOGIA

TELS: (0 xx 21) 205-2205 / 240-2929

E-Mail: thelopes@domain.com.br

****LATINHAS RECICLADAS****

1 - Limpei a lata com pano e vinagre branco
2- Passei uma demão generosa de Galvite (a base de thinner) ou Metal Primer da marca Renner (à base de água). Deixei a lata "descansar" por no mínimo 3 dias antes de pintar, para que ela não descasque depois
3- Depois eu pintei com tinta PVA, a mesma que usamos para madeira, duas demãos na cor desejada. Depois de bem seca a tinta eu pego um pincel daqueles de cabo amarelo, que usamos para luz seca, passo na tinta branca, limpo bem o pincel para retirar o excesso e dou uma estonada na lata, para dar aquele aspecto meio envelhecido
4 - Após isso, fiz os desenhos com molde vazado (stêncil) e finalizei com duas demãos de verniz acrilico, o mesmo da madeira
5 - Fica muito legal também colocar a tampa da lata de Nescau, cortao em MDF um circulo que se encaixe em cima dela e colar na tampa plática, colocando ali um enfeite.

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terça-feira, 4 de setembro de 2012

INDEPENDÊNCIA DO BRASIL – 7 DE SETEMBRO

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DEPOIS OS PORTUGUESES CHEGARAM, E APÓS MUITAS GUERRAS, TOMARAM AS TERRAS E TRANSFORMARAM O PAÍS EM COLÔNIA.

clip_image003clip_image005clip_image007clip_image008clip_image010clip_image011clip_image012clip_image013clip_image014clip_image014[1]clip_image015clip_image018clip_image020 O MUNDO ESTÁ DIVIDIDO EM VÁRIOS PAÍSES E O BRASIL É UM DELES. HOJE O PAÍS É INDEPENDENTE, MAS PARA QUE ISSO ACONTECESSE OCORRERAM MUITOS FATOS IMPORTANTES NO PASSADO. UM DELES FOI A DECLARAÇÃO DA INDEPENDÊNCIA. VAMOS ENTENDER MELHOR...

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DOM JOÃO CARLOTA JOAQUINA

PAI E MÃE DE DOM PEDRO

 
 

CRUZA INDEPENDÊNCIA!

1) PAI DE DOM PEDRO.

2) PAÍS ONDE DOM PEDRO NASCEU.

3) OS PRIMEIROS HABITANTES DO BRASIL.

4) DEPOIS QUE OS PORTUGUESES CHEGARAM AQUI NOSSO PAÍS FOI TRANSFORMADO EM...

5) MÃE DE DOM PEDRO: ... JOAQUINA

6) COMO FICOU CONHECIDO O DIA 9 DE JANEIRO DE 1822.

7) DOM JOÃO VEIO PARA O BRASIL FUGINDO DA...

8) MÊS EM QUE FOI DECLARADA A INDEPENDÊNCIA.

9) FRASE IMPORTANTE DITA POR DOM PEDRO NO DIA 7 DE SETEMBRO DE 1822: INDEPENDÊNCIA OU ...

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RESOLVA AS OPERAÇÕES PARA DESCOBRIR A FRASE DITA POR DOM PEDRO NO “DIA DO FICO”.

7 + 9

A =

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B =

13 + 12

C =

20 - 3

D =

14 + 6

E =

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5 + 5

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I =

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M =

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N =

4 + 4

O =

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R =

17 + 9

S =

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U =

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W =

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X =

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Y =

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Z =

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segunda-feira, 3 de setembro de 2012

A distinção do Normal e do Patológico na relação com o Ambiente

A avaliação do normal e do patológico no funcionamento de uma criança não pode ignorar o contexto ambiental parental, fraternal, escolar, residencial, social, religioso etc. Os critérios de avaliação aplicados à criança devem considerar, portanto, o seu contexto, pois, a mesma conduta pode ter um sentido muito diferente conforme apareça em uma criança que se beneficia de um aporte familiar positivo ou, ao contrário, em uma criança que vive no meio de uma desorganização familiar. Contudo, a noção de patologia reacional (conseqüente do ambiente) não deve levar a pensar que um sintoma possa responder total e permanentemente a um simples condicionamento, a uma reação linear do tipo causa-efeito. Deve-se avaliar, além disso, o grau de interiorização dessa conduta e seu poder patogênico para a organização psíquica atual da criança.

Recentemente, uma pesquisa realizada pela Organização Mundial da Saúde (OMS) afirmou que o crescimento de uma criança nos primeiros cinco anos de vida sofre mais influência dos fatores ambientais do que dos fatores genéticos. Esse resultado vem para ratificar o que muitos teóricos da psicologia infantil já vêm falando há tempos: ter um cuidador “suficientemente bom” (termo Winnicottiano) é fundamental para o desenvolvimento sadio do psiquismo da criança.

Voltando à polêmica discussão entre normal e patológico, vale salientar que esses campos interpenetram-se em grande parte: uma criança pode ser patologicamente normal – pertencendo a estados tais como hipermaturidade por conta de pais psicóticos ou divorciados – ou normalmente patológica – pertencendo à classe das fobias da tenra infância, as condutas de ruptura da adolescência, entre outros. Raciocinar em uma dicotomia simplista – normal ou patológico – não oferece nenhum grande benefício para a psicologia infantil. Em contrapartida, a avaliação do risco de morbidade e da potencialidade patogênica da organização psicopatológica atual de uma criança deve levar em consideração vários eixos de determinação, tais como: modelo semiológico descritivo, lesiona, ontogenético, analítico e ambiental. A maior parte das classificações nosográficas atuais tenta considerar essa dimensão pluriaxial, essencial para a avaliação diagnóstica das psicopatologias da infância.

No próximo post, iniciaremos o tema: Fases do Desenvolvimento Infantil.

Referência:

GOODMAN, R. e SCOTT, S. Psiquiatria Infantil. São Paulo: Editora Roca, 2004.

MARCELLI, D. Manual de Psicopatologia da Infância de Ajuriaguerra. 5a ed. Porto Alegre: Artmed, 1998.

QUATRO CORES

O azul não se encosta ao azul, o verde não se encosta ao verde. Com esse jogo, a turma aprende a planejar e a corrigir.

- IDADE: A partir de quatro anos.

- O QUE DESENVOLVE: Capacidade de planejamento e de análise de erros e coordenação motora.

- COMO FAZER: Em uma folha de papel, faça o contorno de uma figura qualquer - um objeto, um animal ou uma forma geométrica. Divida-a aleatoriamente. Para os pequenos de quatro a seis anos e para os iniciantes de 7 a 10, faça até dez subdivisões para não dificultar muito. Quando sentir que os alunos maiores já dominam a atividade, aumente as subdivisões ou deixe que criem as próprias figuras.

- COMO JOGAR O jogo é individual. Cada aluno recebe quatro canetas hidrocor ou lápis de cores diferentes e a folha com a figura desenhada. Os pequenos podem trabalhar com giz de cera grosso, pintura a dedo e colagem de papéis ou de tecidos. O objetivo é colorir a figura usando as quatro cores sem deixar regiões vizinhas da mesma cor. Áreas limitadas pelo vértice podem ter tonalidades iguais. Se a criança não conseguir completar a figura, dê a ela a oportunidade de repintar algumas áreas.

- VARIAÇÃO É possível trabalhar em duplas. As crianças têm de encontrar

juntas uma solução para o desafio.

JOGO DE PERCURSO

Aqui a criançada treina a soma e conta com a sorte para chegar primeiro ao fim do tabuleiro

- IDADE: A partir de quatro anos.

- O QUE DESENVOLVE: Cálculo, conceito de correspondência entre quantidade e número e respeito a regras.

- COMO FAZER Em um papelão quadrado de 40 centímetros de lado, trace um caminho. Para crianças de quatro anos, faça um trajeto reto de até 50 casas. Como elas ainda não conhecem bem os números, pinte as casas de seis cores diferentes e na seqüência – as mesmas cores deve ter o dado, construído com um cubo de madeira. Nessa versão, a criança joga o dado e salta para a primeira casa à frente com a cor correspondente. Dica de tema: levar o coelhinho à toca. Para os alunos de cinco e 6 anos, o caminho pode ser sinuoso, em ziguezague, espiral ou circular, com 50 a 80 casas. Utilize dois dados numerados de um a seis para que eles somem os resultados antes de seguir o percurso. Crie regras para dificultar. Exemplo: se cair na casa vermelha, fique uma vez sem jogar. Dica de tema: viagem à Lua. Para os maiores de7 anos, o caminho pode ter 100 casas e bifurcações.

- DICA DE TEMA: reciclagem. Exemplo de regra: você jogou lixo no chão. Volte duas casas. Tampas plásticas – como as de refrigerante – servem de peões.

-COMO JOGAR: Jogam de duas a quatro crianças. Cada uma escolhe um peão. Quem tirar o maior número no dado é o primeiro. As demais entram na seqüência, de acordo com suas posições na mesa. Cada um joga o dado e anda com seu peão o número de casas que tirou. Ganha quem chegar primeiro.

- LEMBRETES: Não numere as casas para não tornar o jogo confuso – os números sorteados no dado significam a quantidade de casas que a criança deve andar e não a casa que ela deve ocupar. Encape o tabuleiro com plástico adesivo transparente ou passe cola branca com um rolinho de espuma para aumentar a durabilidade.

TA-TE-TI

A meninada não pára nem para piscar nesse jogo que desenvolve o raciocínio e a capacidade de criar estratégias

- IDADE: A partir de seis anos. Crianças de oito e nove anos podem registrar as jogadas.

- O QUE DESENVOLVE: Capacidade de criar estratégias, rapidez de pensamento, organização e conceitos geométricos de linha e ponto.

- COMO FAZER: Em um pedaço de papel, faça as marcações das linhas com uma caneta hidrocor, conforme a figura abaixo. Desenhe as bolinhas no encontro de todas as retas. As pecinhas podem ser feitas de papel: trace três letras X e três círculos em um papel e recorte-os. Se quiser, pinte com cores diferentes. Você também pode utilizar como peças grãos de feijão, tampinhas de plástico ou pedrinhas.

- COMO JOGAR: O jogo é disputado entre duas crianças. Cada jogador recebe três peças. O vencedor do par-ou-ímpar inicia colocando uma peça em qualquer lugar do tabuleiro. Os participantes alternam jogadas até terminar a colocação das peças. Ganha quem conseguir alinhar as três na vertical, horizontal ou diagonal. Se não houver vencedor, os jogadores movem as peças pelas linhas, uma por vez, até que um deles vença. Não é permitido pular peças ou casas vazias.

CORRIDA DAS DEZENAS

Mostrar a importância do trabalho em grupo é o destaque desse jogo, que desenvolve o aprendizado das grandezas numéricas.

- IDADE: A partir de sete anos.

- O QUE DESENVOLVE: Conceito de grandeza numérica, raciocínio rápido, capacidade de criar estratégias, entrosamento de equipe e habilidade de movimento.

- COMO JOGAR: A classe é dividida em quatro equipes. Um jeito interessante de unir os alunos é fazer uma brincadeira com fitas coloridas. Quem pegar os fios de mesma cor fica em uma equipe. Use a quadra de vôlei ou trace, com giz, duas linhas paralelas, distantes de 5 a 10 metros uma da outra, no chão do pátio. Os grupos se organizam lado a lado atrás de uma linha. Seus integrantes dispõem-se em fila. Na outra linha e na mesma direção de cada grupo, fica um balde vazio. Cada grupo recebe uma bola de futebol, três bolas de tênis e nove bolinhas de gude (em caixas de sapato separadas) e nove contas de colar – ou outras bolinhas menores que as de gude – num pratinho. As bolas simbolizarão, da maior para a menor, o milhar, a centena, a dezena e a unidade. Escolha um número até 1399 (pois há apenas uma bola para o milhar e outras três para

a centena) e dê um ou dois minutos para a equipe definir sua estratégia para representa-lo com as bolas. O primeiro de cada fila pega uma das bolas do conjunto, coloca em uma colher de sopa e leva até o balde. Se a bola cair no caminho, a criança deve voltar ao ponto inicial e refazer o percurso. A bola de futebol é a única que pode ser levada com pequenos chutes, caso caia no chão. Os alunos voltam e entregam a colher ao próximo da fila. Eles se revezam até conseguir levar a quantidade suficiente de bolas para montar o número. Cada criança pega uma bola por vez em qualquer ordem, a da dezena antes da centena, por exemplo. Caso a equipe perceba que carregou uma bola errada, terá de gastar uma passagem para trazê-la de volta. A equipe que terminar primeiro grita: “Formamos!” Você confere. Se o grupo que chegou primeiro formou corretamente, é o vencedor. Conte também os números dos outros grupos para verificar o aprendizado. E parabenize todos que chegaram à resposta correta. Faça outras partidas, alternando números com milhar, centena, dezena e unidade, até que o interesse da turma diminua.

JOGO DO DICIONÁRIO

Os alunos ampliam o vocabulário com essa atividade que enfatiza a importância do trabalho em grupo.

- IDADE: A partir de oito anos.

- O QUE DESENVOLVE: Capacidade de usar o dicionário corretamente, o interesse pela descoberta de novas palavras e o espírito de pesquisa.

- COMO FAZER: Com uma caneta divida uma placa quadrada de EVA de 80 centímetros de lado em 16 espaços. Cada um deve ter 20 centímetros. Em um outro pedaço quadrado de EVA de 60 centímetros de lado, risque nove casas. No mesmo material, faça um alfabeto completo e mais um jogo só de vogais. As letras têm de medir de 16 centímetros a 18 centímetros de altura. Num dos diagramas, fixe as consoantes com cola quente e no outro, as vogais. Como há 21 consoantes e o diagrama tem apenas 16 casas, elimine as menos comuns: k, x, y, w e z. Na tabela das vogais, repita algumas. Providencie um dado grande e confeccione um saquinho. Todos os alunos precisam de um dicionário.

- COMO JOGAR: Divida a classe em duas equipes. Sorteie duas crianças de cada grupo: uma jogará o dado e a outra será o porta-voz. Os times estabelecem quem inicia a partida. O primeiro grupo joga o dado. O número que sair será o correspondente ao de arremessos de um saquinho de areia nos diagramas. Se o saquinho cair entre duas letras, ela tenta de novo. Seu objetivo é formar o início de uma palavra que o grupo vai completar usando o dicionário. Enquanto saem as letras, as crianças dos dois grupos acompanham a seqüência da palavra no dicionário. Depois de acabados os arremessos, dê 30 segundos para que o porta-voz do grupo levante a mão, leia a palavra e seu significado. O professor confere se o termo está de acordo. Caso não esteja, a outra equipe tem a chance de responder. Nem sempre é possível formar palavras, mas isso não é problema. O jogo combina sorte e conhecimento. A criança que está jogando o saquinho acaba mirando em letras que formam uma palavra que ela tenha em mente. Não é necessário acumular pontos. A cada rodada uma equipe sai vencedora. Da próxima vez, um integrante da equipe adversária joga o dado.

JOGO DA ONÇA

A criançada desenvolve o raciocínio lógico e a noção de estratégia nesse tabuleiro.

- IDADE: A partir de oito anos.

- O QUE DESENVOLVE: Capacidade de criar estratégias, concentração e noção de linhas e direção.

- COMO FAZER: Conte para a turma que esse jogo é praticado pelos índios Bororo, da aldeia Meruri, no Mato Grosso. Para que seus alunos joguem como os pequenos índios, leve a turma a um espaço em que o chão seja de areia. Caso a escola não tenha um lugar assim, desenhe o tabuleiro no pátio com giz ou em um pedaço de papel com caneta hidrocor. Ensine cada dupla a traçar seu tabuleiro. Dê 14 feijões e um milho ou 14 pedrinhas iguais e uma maior para cada dupla. Os feijões ou as pedrinhas serão os cães; o milho ou a pedra maior, a onça. Peça a eles que disponham as peças no tabuleiro, conforme o gráfico abaixo.

- COMO JOGAR: Duas crianças participam. Os jogadores decidem no par-ou-ímpar quem vai ser a onça e quem vai representar os 14 cachorros. A peça que representa a onça fica bem no centro do tabuleiro e as demais, atrás, à direita e à esquerda. A onça começa. Tanto ela como os cães podem andar uma casa vizinha vazia por vez, em qualquer direção. A onça ganha se conseguir “comer” cinco cães, como no jogo de dama – pulando o cachorro e se dirigindo à próxima casa vazia. Ela também pode “comer” cães em seqüência, seguindo o mesmo princípio. Os cachorros não podem “comer” a onça. O objetivo é cercá-la por todos os lados. A dica aos cães é encurralar a onça para o espaço representado pelo triângulo no tabuleiro – uma espécie de armadilha para capturá-la. Na próxima jogada, os papéis se invertem. O jogador que era a onça passa a representar os cachorros, e vice-versa.

MÚSICA EM LETRA

O texto não tem sentido. Nem precisa! O que importa aqui é criar uma coreografia bem animada

- IDADE A partir de sete anos.

- O QUE DESENVOLVE Percepção auditiva, criatividade, coordenação motora e socialização.

- MATERIAL Papel e caneta ou lápis.

- ORGANIZAÇÃO A turma se divide em grupos.

- COMO BRINCAR Peça aos alunos para criarem uma seqüência de movimentos baseada no texto abaixo. Depois, eles podem inventar uma melodia.

MIS CLOF DARA DARA TIRO LIRO / CLI CLE CLOF DARA DARA TIRO LÁ / É TCHUNG, É TCHUNG, É TCHUNG / BIRI BIRI SENG CATAFARIUNG / É TCHUNG É TCHUNG É TCHUNG / BIRI BIRI SENG CATA CATAFAU / CATAFAU, CATAFAU, FAU, FAU / FAU, FAU.

- LEMBRETE: A turma também pode inventar um texto. Cuide apenas para que seja algo totalmente inédito. Isso evita que haja associações com músicas conhecidas.

SE EU FOSSE...

Aqui os alunos soltam a imaginação dizendo o que gostariam de ser

- IDADE: A partir de sete anos.

- O QUE DESENVOLVE Identidade.

- MATERIAL: Perguntas escritas em um papel e lápis ou caneta.

- ORGANIZAÇÃO: As crianças ficam em duplas.

- COMO BRINCAR: Uma das crianças de cada dupla inicia fazendo perguntas ao colega. Se você fosse uma fruta, seria... Se você fosse um filme, uma música, um brinquedo, um lugar, uma roupa, uma palavra... Ela anota as respostas e pergunta o porquê. Depois, quem fez a entrevista responde às questões do colega. Terminada essa etapa, a turma forma uma roda e conta aos demais o que descobriu sobre o amigo. A brincadeira termina quando todos falarem.

JOGO DOS RÓTULOS

Um é exibido, outro é engraçado. Será mesmo possível classificar os colegas assim?

- IDADE A partir de sete anos.

- O QUE DESENVOLVE Trabalho em grupo.

- MATERIAL: Rótulos (feitos pelo professor) e fita adesiva.

- ORGANIZAÇÃO As crianças andam livremente pela classe.

- COMO BRINCAR: Os alunos se organizam em roda e fecham os olhos. Enquanto isso, você fixa um rótulo na testa de cada um (Sou surdo. Grite! / Sou engraçado. Sorria. / Sou indeciso. Diga-me o que fazer. / Sou poderoso. Respeite-me. / Sei tudo. Pergunte-me. / Sou antipático. Evite-me.). Ao seu sinal, eles abrem os olhos e começam a andar pela sala. Quando encontram um colega, lêem (mas não dizem) o que está escrito em sua testa e agem de acordo com as instruções. Por exemplo, se a criança lê “Sou prepotente. Tenha medo!”, ela deve expressar receio e fugir desse colega. Depois de um tempo, quando todos olharam os rótulos dos colegas, formam uma nova roda. Pergunte se cada aluno descobriu o que estava escrito em sua testa. Em seguida, eles conferem se acertaram. Incentive cada um a contar como se sentiu e, depois, peça às crianças para comparar a experiência que viveram com situações reais. Pergunte se elas costumam “rotular” os colegas ou acham que são rotuladas.

PALAVRAS CRUZADAS

Um enigma aqui, outro ali... as crianças colocam a cabeça para funcionar e criam um passatempo

- IDADE A partir de sete anos.

- O QUE DESENVOLVE Raciocínio lógico e vocabulário.

- MATERIAL Papel e caneta ou lápis.

- ORGANIZAÇÃO As crianças trabalham sozinhas.

- COMO BRINCAR Distribua folhas de papel entre os alunos e peça para cada um quadricular a sua. Sugira um tema e peça para escreverem palavras relacionadas a ele nos sentidos horizontal e vertical, colocando uma letra em cada quadradinho. Explique que os termos precisam se cruzar e que nem todos os espaços precisam ser preenchidos. Depois que as crianças estiverem craques nessa etapa, preparam a folha que será entregue para o colega resolver. Nela, eles desenham somente os quadrados que utilizaram, numerando o primeiro de cada fileira ou coluna, e escrevem os enigmas, ao lado, indicando onde devem ser respondidos. A solução pode ficar atrás da folha ou no rodapé, de cabeça para baixo para dificultar a leitura de quem vai resolver.

CAIXINHA DE SURPRESAS

Quando a música pára, quem está com a caixa na mão cumpre uma tarefa.

- IDADE A partir de sete anos.

- O QUE DESENVOLVE Expressão de sentimentos.

- MATERIAL Uma caixa, tiras de papel, canetas, um aparelho de som e fitas cassete ou CDs.

- ORGANIZAÇÃO Os alunos ficam em círculo, sentados ou em pé.

- COMO BRINCAR Elabore tarefas com as crianças. Por exemplo: abraçar todos os colegas, cantar uma música, contar um causo. Escreva cada uma em uma tira de papel e ponha em uma caixa, que deve ficar na mão de uma criança. Fique de costas para o círculo de alunos e coloque uma música. Enquanto isso, a caixa passa de mão em mão. Quando você desligar ou abaixar o som, quem estiver com a caixa sorteia um papel e cumpre a tarefa que está escrita nele.

História do nome:

Objetivo: Conhecer a origem do  seu nome.

Material: Folhas de papel ofício.

Procedimento:

        Propor às crianças que façam uma entrevista com os seus pais, procurando saber qual a origem dos seus nomes.

        Montar com os alunos uma ficha para auxiliá-los na entrevista, incluindo perguntas tais como:   - Quem escolheu meu nome?   -  Por que me chamo...?  O que significa... ?

        Combinar com a turma o dia do relato e como ele será. (A escolha do professor)

Sugestão de Atividade: Contar a história do seu nome aprendida com a entrevista e ilustrá-la.

Interessante: Em papel pardo o professor poderá registrar o nome de todos e uma síntese da origem do mesmo e fixar no mural.

Observações: Todos deverão trazer  a entrevista no dia marcado, oportunizando o desenvolvimento da responsabilidade desde pequenos, e, caso isso não aconteça, o professor deverá estar preparado e saber qual atitude tomar frente a este problema.