segunda-feira, 18 de dezembro de 2017


Atividades para alfabetizar
Construtivismo na prática!
Sequências didáticas para fazer o aluno avançar nos diferentes níveis:
-pré-silábico
-silábico
-silábico-alfabético
-alfabético
 Para começar
Um desafio e tanto
Ensinar a ler e a escrever, hoje, é algo completamente novo. Não é raro encontrar professores que tenham sido alfabetizados por um sistema, tido contato com outro durante a faculdade, ao se tornarem educadores dessa área, se deparado com um terceiro método.
Para ensinar com qualidade, você já deve ter percebido que é fundamental se adaptar rapidamente a tantas mudanças, além de buscar fundamentação teórica e prática, garantindo estratégias adequadas para o sucesso escolar de seus pequenos. No contexto do construtivismo, a alfabetização parte dos usos da leitura e da escrita que a criança fará em seu cotidiano, e não mais apenas do domínio da escrita alfabética, o que implica que todo o processo seja feito de modo diferente - e,, para isso, é preciso conhecê-lo muito bem.
Hipóteses de escrita
O novo processo de alfabetização só é possível com a participação ativa dos alunos, que constroem seus próprios conceitos sobre a escrita. A meditação do adulto também é essencial, e deve em consideração os conhecimentos prévios das crianças e a hipótese de escrita em que cada uma encontra. Veja, nas paginas a seguir, exemplos de atividades para cada etapa da construção alfabética de seus alunos. Adapte e aproveite!
Nível pré-silábico
A escrita pré-silábica se caracteriza pela não correspondência entre as letras e os sons das palavras. Ao nomearem um animal ou objeto nessa fase, os pequenos escrevem uma série de letras desconexas, e depois as leem sem fazer nenhum tipo de análise. As letras conhecidas, como as do próprio nome da criança, por exemplo, servem como referência para suas tentativas de escrita: isso acontece porque elas ainda não conseguiram perceber que palavras diferentes não podem ser escritas da mesma maneira.
Nesta etapa, os pequenos também costumam relacionar o tamanho do objeto que ela representa, utilizando, por exemplo, muitas letras para escrever “boi” e poucas para “formiga”.
A fase pré-silábica pode ser dividida em dois momentos:
*   No primeiro, os alunos conseguem distinguir um desenho de uma escrita, reconhecendo o que é possível ler.
*   No segundo, organizam dois conceitos importantes para o processo de alfabetização: que é necessário um mínimo de letras para formar uma palavra inteligível e que, para a escrita, não se deve utilizar caracteres aleatoriamente.

ATIVIDADES PARA TODOS OS NÍVEIS DE ESCRITA

Nível Pré-Silábico
- Estar imersa em um ambiente rico em materiais (tanto na variedade dos suportes gráficos quanto na diversidade dos gêneros dos textos), sendo espectadora e interlocutora de atos de leitura e escrita;
- tomar contato com todas as letras, palavras e textos simultaneamente;
- ouvir, contar e escrever histórias;
- memorizar globalmente as palavras significativas (seu nome, nome dos colegas, professora, pais, etc.);
- analisar a constituição das palavras quanto à letra inicial, final, quantidade de letras, letras que se repetem, letras que podem ou não iniciar palavras, letras que podem ocupar outras posições nas palavras;
- Observar os aspectos sonoros através das iniciais das palavras significativas;
- analisar a distribuição espacial e a orientação da frase.
-atividades permanentes:
Cantar parlenda suco gelado apresentando e recitando as letras do alfabeto.
Formar nome próprio e dos amigos com letras móveis
Ler a chamadinha
-Associar palavras e objetos;
-Memorizar palavras globalmente;
-Analisar palavras quanto ao número de letras, inicial e final;
-Distinguir letras e números;
-Familiarizar-se com os aspectos sonoros das letras através das iniciais de palavras --significativas;
-Relacionar discurso oral e texto escrito;
-Distinguir imagem de escrita;
-Observar a orientação espacial dos textos;
-Produzir textos pré-silabicamente;
-Ouvir e compreender histórias;
-Identificar letras e palavras em textos de conteúdo conhecido.

5.1. Reflexões sobre o Processo de Alfabetização de
       Alunos Ouvintes numa Abordagem Construtivista

    Emília Ferreiro e colaboradores desenvolveram uma teoria de alfabetização que deixa de se fundamentar nos aspectos mecanicistas para seguir os pressupostos construtivistas - interacionistas de PIAGET e VIGOTSKI, onde o eixo principal do processo deixa de ser o ato de ensinar para se fixar no ato de construir, passando o educando a ser visto com um sujeito com um sujeito que constrói seu conhecimento, tornando-se capaz de agir sobre o mundo, transformando-o e, conseqüentemente, exercendo de forma plena sua cidadania.
    Dentro desta abordagem, termos como “prontidão” e “imaturidade” deixam de fazer sentido. A estimulação dos aspectos motores, cognitivos e afetivos de forma isolada e desarticulada da realidade da realidade sócio-cultural do educando são considerados prejudiciais. Cada um destes fatores é importante para construção do conhecimento, mas não se pode admiti-los separadamente.
    Para Ferreira, “hoje a perspectiva construtivista considera a interação de todos eles, numa visão política, integral para explicar a aprendizagem”.
    A questão dos diferentes níveis, nas salas de aula, deixa de ser característica negativa para assumir papel de importância no processo ensino-aprendizagem, onde a interação entre os alunos é fator imprescindível. Na alfabetização, as diferenças individuais e o ritmo são entendidos a partir dos níveis estruturais da aprendizagem da escrita, que, segundo Emília Ferreiro são:
    a)  Nível Pré-Silábico
    Neste nível a escrita é alheia a qualquer busca de correspondência com o som. Interessa ao aluno considerações como tipo e quantidade de grafismo. Neste nível o aluno:
- tenta a diferenciação entre desenho e escrita:
- reproduz os traços típicos da escrita, conforme seu contato com as formas gráficas, (cursivas ou imprensa), elegendo a mais familiar para utilizar em sua grafias;
- utiliza a grafia do seu nome para retirar elementos para escrita de outras palavras;
- concebe a hipótese de utilizar, no mínimo, duas ou três letras para poder formar palavras;
- percebe a necessidade de variar os caracteres para obter palavras diferentes.
    b) Nível Silábico
    Este nível subdivide-se em Silábico e Silábico Alfabético.
- Silábico: A criança (ouvinte) compreende que as diferenças de representações escritas se relacionam com as diferenças na pauta sonora das palavras. Surge a necessidade de utilizar uma grafia para cada som, fazendo uma utilização aleatória dos símbolos gráficos, empregando ora letras “inventadas”, ora apenas consoantes, ora vogais repetindo-as conforme o número de sílabas das palabras;
- Silábico Alfabético: Neste estágio de desenvolvimento da escrita, coexistem as formas de fazer corresponder os sons às formas silábica e alfabética, que induz a uma escolha de letras de forma ortográfica ou fonética.
    Ex.: SAPATO = SAPATO (ortográfica)
           SAPTU =SAPATO (fonética)
    c) Nível Alfabético
    É o último nível na aprendizagem da escrita. Momento em que o aluno chega aos seguintes entendimentos:
  • A sílaba não pode ser considerada uma unidade, podendo ser desmembrada em elementos menores;
  • A identificação do som não garante a identificação da letra, gerando as dificuldades ortográficas;
  • Para proceder a escrita é necessário a análise fonética das palavras.
    Após esta revolução conceitual a respeito da aprendizagem da escrita, faz-se mister que a dinâmica pedagógica também se revolucione. Assim, as atividades devem ser organizadas de modo a desafiar o pensamento dos educandos, gerando conflitos cognitivos que os façam repensar e reorganizar as idéias para alcançar novas resposta. Os conteúdos a serem assimilados surgem a partir de temas de interesse surgem da própria realidade do aluno, de suas necessidades, de seus problemas e de sua curiosidade sobre o que vê na comunidade, nos meios de comunicação, na família, etc. A relação professor/aluno dever basear-se no respeito mútuo, na cooperação, na troca de pontos de vista e numa crescente autonomia do educando.
    Desta forma, o professor, para se tornar construtivista, precisa desenvolver a habilidade de, respeitando o nível de desenvolvimento do educando, seus interesses e aptidões, acompanhar o seu raciocínio sem cortá-lo ou limitá-lo com perguntas ou orientações que impõem outra direção ao pensamento infantil, desviando-o do caminho que deseja ou a que pode chegar.


domingo, 17 de dezembro de 2017


“A VACA E AS VOGAIS”

HOJE VOU ANDAAAR
BASTANTE POR AÍÍÍ...
ATÉ ANOITECEEER
NO MEU CURRAAAL...

VOU COMER CAPIIIM
ATÉ FAZER MINGAAAU
DE TANTO MASTIGAAAR
VOU QUERER DORMIIIR.

VOU AO BELELÉÉÉU
BEM PORTO DAQUIII
IMAGINE VOCÊÊÊ
POIS É PRA QUÊÊÊ?

VOU FECHAR OS OOOLHOS
FAZER BIIICO COM A BOOOCA
VOU SOLTAR UM MUJIIIDO
BEM NA CAAARA DO TOUUURO.

(POESIA A GENTE INVENTA.6. ED. SÃO PAULO: ÁTICA, 1999)
AGORA RESPONDA:
1.     QUEM FALA NO POEMA: UMA VACA, UM TOURO OU UM POETA?
2.     O QUE A VACA PRETENDE FAZER NESSE DIA?
3.     ALGUMAS VOGAIS APARECEM REPETIDAS VÁRIAS VEZES. OBSERVE:
ANDAAAR
AÍÍÍ
OOOLHOS
TOUUURO
 
 









4.     POR QUE ALGUMAS VOGAIS SÃO REPETIDAS NESSAS PALAVRAS?

5.     DESCUBRA NO POEMA OUTRAS PALAVRAS EM QUE TAMBÉM APARECEM REPETIDAS AS VOGAIS A, E, I, O. PINTE CADA UMA DE CADA COR.





Horário de Verão


Horário de verão: por que temos que adiantar nossos relógios?
Todo ano é a mesma coisa. Sempre que o calendário aponta para a proximidade do final do ano, temos que, a partir de uma data específica, adiantar nossos relógios em uma hora. Esse é o nosso horário de verão.
Mas para que serve o horário de verão? Quando ele foi criado?
O horário de verão foi inventado há muito tempo, no ano de 1784, por Benjamin Franklin, que, na época, teve essa ideia de alterar o horário para economizar as velas que eram utilizadas para iluminar as casas e as ruas. Mas foi na I Guerra Mundial (1914-1918) que esse horário foi adotado mais definitivamente, tanto pela Alemanha quanto pela Inglaterra, difundindo-se depois por toda a Europa e em outros inúmeros países.
A ideia é simples: ao adiantarmos os relógios, os dias demoram mais para anoitecer, fazendo com que gastemos menos energia elétrica com as lâmpadas, ou seja, aproveitamos mais a luz do sol para as nossas atividades. No caso do Brasil, adiantamos o relógio em uma hora, mas existem países que adiantam em duas horas e outros que diminuem o horário, tudo a depender do que for mais conveniente para o país.
E por que o horário de verão é adotado só em certo período do ano?
Para responder a essa pergunta, precisamos primeiramente compreender o significado de uma palavra um pouco “estranha”: o solstício.
A Terra, durante o seu movimento de translação (ao redor do Sol), recebe diferentes índices de iluminação ao longo do ano, em razão de o seu eixo estar inclinado. Assim, em algumas épocas do ano, o hemisfério sul da Terra apresenta noites mais longas e dias mais curtos, são os solstícios de inverno. Da mesma forma, em outras épocas, os dias ficam mais longos e as noites mais curtas, com uma maior exposição do nosso hemisfério em relação ao sol, são os solstícios de verão, que se apresentam de forma mais definida mais ou menos a partir do dia 21 de dezembro, quando inicia a estação do verão.
Observe o esquema a seguir:

Esquema do solstício de verão no hemisfério sul
Por esse motivo, por volta do mês de novembro, quando o solstício de verão já começa a ficar mais evidente, os relógios são adiantados em uma hora para aproveitarmos ainda mais esse “tempo extra” de luz solar, economizando energia ao final do dia, quando o consumo geralmente é maior.





1) Passe as frases para o plural:
a) luz acesa  ________________________  d) lenços azul _______________________
b) móvel moderno ____________________ e) sabão cheiroso ____________________
c) mulher caridosa ____________________ f) amigo fiel ________________________

2) Escreva três substantivos femininos que sejam nomes de :
Animais ____________________________________________________________________
Frutas _____________________________________________________________________
Objetos ___________________________________________________________________

3) Escreva três substantivos masculinos que sejam nomes de:
Animais ____________________________________________________________________
Brinquedos __________________________________________________________________
Objetos escolares _____________________________________________________________

4) Passe as frases para o masculino:
a) Sou irmã da duquesa. ______________________________________________________
b) A imperatriz convidou a condessa. ____________________________________________
c) A égua saltou com a amazona. ________________________________________________
d) A mulher é nora da madrinha. ________________________________________________
e) A rainha saiu com a princesa. ________________________________________________

5) Complete as frases com o coletivo:
a) Vimos uma ______________ de bananas madurinhas na fruteira.
b) Fizemos uma campanha de livros para a ____________________ da escola.
c) Conheço todas as letras do _____________________.

6) Faça o plural das palavras terminadas em il:
a) funil_______________                               d) gentil __________________
b) cantil ______________                               e) barril __________________
c) fuzil _______________                               f)  anil ___________________

7) Numere de acordo:
(1) jornal                     (2) agulha                   (3) pedra                     (4) cabelo                    (5) piano
(6) motor                    (7) claro                      (8) flor                        (9) dente                     (10) loja

(  ) pianista                             (  ) pedreira                             (  ) agulhada               (  ) florista
(  ) jornaleiro                           (  ) cabeleira                            (  ) claridade              
(  ) lojista                                (  ) dentista                             (  ) motorista              

8) Copie somente os substantivos primitivos:
Pedra – violeiro – lua – fogo – sapato – estudante – limão – bananeira – sorvete – jornal –casa – terreiro – figueira – livro

_________________________________________________________________________
9) Passe para o feminino:
a) O camponês comprou um bode ______________________________________________
b) O carneiro do meu pai sumiu ________________________________________________
c) O embaixador é herói ______________________________________________________
d) O Visconde lutou com o leão ________________________________________________
e) O padrasto do pastor é amigo do ladrão. _______________________________________

10) Dê os substantivos derivados:
Casa______________________  papel _________________ terra _________________

Porta _____________________ palhaço _________________ mel _________________

 Avaliação de Matemática

NOME:_______________________________ Nº_____   DATA: ____/____/____

1) Observe o número e responda: 32.987
a) Quantas classes têm o numeral? _________________
b) Quantas ordens têm o numeral? _________________   
c) Qual o numeral que ocupa a 5ª ordem? ____________  
d) Qual o numeral que ocupa a 1ª ordem? ____________ 
e) Qual classe ocupa o numeral 2 ? __________________ 
f) Qual ordem ocupa o numeral 9? __________________ 
g) Qual o valor absoluto do numeral 8 ? ______________
h) Qual o valor relativo do numeral 3? _______________
i) Decomponha em valores este numeral: _____________________________________
j) Escreva por extenso este numeral:_________________________________________

2) Escreva o numeral correspondente:
a) 9 unidades de milhar e 9 unidades _____________________
b) 1 unidade de milhar, 3 centenas, 8 dezenas e 4 unidades _________________
c)  3 centenas e 7 unidades _________________
d) 9 centenas, 3 dezenas e 6 unidades __________________ 
f)  2 unidades de milhar, 7 dezenas e 9 unidades ______________   
 
3) Decomponha em valores:
a) 14.562 _______________________        b) 1.820 __________________________
c)  856 __________________________      d) 12. 305 ________________________

4) Decomponha em palavras:
a) 2.185 _____________________________________________________________
b) 34.716 ____________________________________________________________
c) 521 _______________________________________________________________
d) 6.009 _____________________________________________________________

5) Escreva os numerais correspondentes:
a) quinhentos e vinte e oito ____________    b) novecentos e seis __________________
b) cinco mil e quatrocentos ____________    d) quarenta e dois mil e dez ___________

6) Dê o valor absoluto e o valor relativo dos numerais:
852       VA      VR                 2.365      VA   VR                  1.042      VA       VR
          ___________                           _________                        ____________  
          ___________                      _________                    ____________
          ___________                      _________                    ____________
                                                    _________                    ____________

7) Escreva por extenso o nome dos numerais:
24.420 ___________________________________________________________
10.300 ___________________________________________________________
1.502  ____________________________________________________________
862     ____________________________________________________________

8) Escreva em algarismos romanos:
37 __________                             15 _________
28 __________                             23 _________
100 _________                               8 _________



Caixa de texto: Texto I
A cigarra e as formigas
No inverno, as formigas estavam fazendo secar o grão molhado, quando uma cigarra faminta lhes pediu algo para comer. As formigas lhe disseram: “Por que, no verão, não reservaste também o teu alimento?” A cigarra respondeu: “Não tinha tempo, pois cantava melodiosamente”. E as formigas, rindo, disseram: “Pois bem, se cantavas no verão, dança
agora no inverno. A fábula mostra que não se deve negligenciar em nenhum trabalho, para evitar tristeza e perigos.
Fonte: Esopo. Fábulas. Porto Alegre: L&M Pocket, 1997.

Texto II
Muita comoção e tristeza no adeus à Cigarra
Milhares de insetos compareceram, ontem, ao enterro da Cigarra. Muita tristeza e revolta marcaram o adeus à maior cantora que a Floresta já teve. Várias manifestações de carinho aconteceram durante toda a cerimônia. O prefeito Lagarto e a primeira dama Borboleta compareceram ao funeral. Eles pediram às autoridades pressa nas investigações para que o verdadeiro culpado pela morte da cantora seja punido. O público não deixou de homenagear sua querida artista. Os fãs entoaram os sucessos da Cigarra que faziam a alegria dos habitantes da Floresta durante o verão. Um outro grupo erguia faixas de protesto chamando a principal suspeita da morte, a Formiga, de cruel e de egoísta. Nenhuma formiga foi vista no enterro.
Fonte: Donizete Aparecido Batista – Professor da Rede Pública do Estado do Paraná.

6. Os dois textos apresentam:
a) O egoísmo da formiga.
b) A morte da cigarra cantora.
c) A fome da formiga.
d) O trabalho da formiga.

MARIA PAMONHA
Lenda latino-americana

Certo dia apareceu na porta da casa grande da fazenda uma menina suja e faminta. Nesse dia, deram-lhe de comer e de beber. E no dia seguinte também. E no outro, e no outro, e assim sucessivamente.
Sem que as pessoas da casa se dessem conta, a menina foi ficando sempre calada e de canto em canto.
Uma tarde, os garotos da fazenda perguntaram-lhe como se chamava e ela respondeu com um fiozinho de voz:
— Maria.
E os garotos, às gargalhadas, fecharam-na numa roda e começaram a debochar dela:
— Maria, Maria Pamonha, Maria, Maria Pamonha…
Uma noite de lua cheia, o filho da patroa estava se arrumando para ir a um baile, quando Maria Pamonha apareceu no seu quarto:
— Me leva no baile? — Pediu-lhe.
O jovem ficou duro de espanto.
— Quem você pensa que é para ir dançar comigo? — gritou. — Ponha-se no seu lugar! Ou quer levar uma cintada?
Quando o rapaz saiu para o baile, Maria Pamonha foi até o poço que havia no mato, banhou-se e perfumou-se com capim-cheiroso e alfazema. Voltou para casa, pôs um lindo vestido da filha da patroa e prendeu os cabelos.
Quando a jovem apareceu no baile, todos ficaram deslumbrados com a beleza da desconhecida. Os homens brigavam para dançar com ela, e o filho da patroa não tirava os olhos de cima da moça.
— De onde é você? — perguntou-lhe, por fim.
— Ah, eu venho de muito, muito longe. Venho da cidade de cintada — respondeu a garota. Mas o rapaz a olhava tão embasbacado que não percebeu nada.
Quando voltou para casa, o jovem não parava de falar para a mãe da beleza daquela garota desconhecida que ele vira no baile. Nos dias que se seguiram, procurou-a por toda a fazenda e pelos povoados vizinhos, mas não conseguiu encontrá-la. E ficou muito triste.
Uma noite sem lua, dez dias depois, o jovem foi convidado para outro baile. Como da primeira vez, Maria
Pamonha apareceu no seu quarto e disse-lhe com sua vozinha:
— Me leva no baile?
E o jovem voltou a gritar-lhe:
— Quem você pensa que é, para ir dançar comigo?
Ponha-se no seu lugar! Ou quer levar uma espetada?
Logo que o jovem saiu, Maria Pamonha correu para o poço, banhou-se, perfumou-se, pôs outro vestido da filha da patroa e prendeu os cabelos.
De novo, no baile, todos se deslumbraram com a beleza da jovem desconhecida. O filho da patroa aproximou-se dela, suspirando e perguntou-lhe:
— Diga-me uma coisa, de onde é você?
— Ah, ah, eu venho de muito, muito longe. Venho da cidade de espetada — respondeu a jovem. Mas ele nem se deu conta do que ela estava querendo lhe dizer, de tão apaixonado que estava.
Ao voltar para casa, não se cansava de elogiar a desconhecida do baile. Nos dias que se seguiram, procurou-a por toda a fazenda e pelos povoados vizinhos, mas não conseguiu encontrá-la. E ficou mais triste ainda.
Uma noite de lua crescente, dez dias depois, o rapaz foi convidado para outro baile. Pela terceira vez, Maria
Pamonha apareceu em seu quarto e disse-lhe com aquele fiozinho de voz:
— Me leva no baile?
E pela terceira vez ele gritou:
— Quem você pensa que é para ir dançar comigo?
Ponha-se no seu lugar! Ou quer levar uma sapatada?
Outra vez, Maria Pamonha vestiu-se maravilhosamente e apareceu no baile. E outra vez todos ficaram deslumbrados com sua beleza.
O jovem dançou com ela, murmurando-lhe palavras de amor e deu-lhe de presente um anel. Pela terceira vez, ele lhe perguntou:
— Diga-me uma coisa, de onde é você?
— Ah, ah, ah, eu venho de muito, muito longe. Venho da cidade de sapatada.
Mas como o rapaz estava quase louco de paixão, nem se deu conta do que queriam dizer aquelas palavras.
Ao voltar para casa, ele acordou todo mundo para contar como era bela a jovem desconhecida. No dia seguinte, procurou-a por toda a fazenda e pelos povoados vizinhos, sem conseguir encontrá-la.
Tão triste ele ficou, que caiu doente. Não havia remédio que o curasse, nem reza que o fizesse recobrar as forças. Triste, triste, já estava a ponto de morrer.
Então Maria Pamonha pediu à patroa que a deixasse fazer um mingau para o doente. A patroa ficou furiosa.
— Então você acha que meu filho vai querer que você faça o mingau, menina? Ele só gosta do mingau feito por sua mãe.
Mas Maria Pamonha ficou atrás da patroa e tanto insistiu que ela, cansada, acabou deixando.
Maria Pamonha preparou o mingau e, sem que ninguém visse, colocou o anel dentro dele.
Enquanto tomava o mingau, o jovem suspirava:
— Que delícia de mingau, mãe!
De repente, ao encontrar o anel, perguntou surpreso:
— Mãe, quem foi que fez este mingau?
— Foi Maria Pamonha. Mas por que você está me perguntando isso?
E antes mesmo que o jovem pudesse responder, Maria Pamonha apareceu no quarto, com um lindo vestido, limpa, perfumada e com os cabelos presos.
E o rapaz sarou na hora. E casou-se com ela. E foram muito felizes.


LIXO, UM GRANDE PROBLEMA

            A coleta de lixo é vital à saúde da comunidade. Se o lixo não fosse recolhido, todos os lugares estariam sujos, poluídos, infestados de insetos...e seria insuportável viver neles.
            Mas, por outro lado, se todo esse lixo for coletado e jogado em um aterro sanitário ou lixão, ele levará muitos e muitos anos para se decompor, apodrecer e ser misturado à terra novamente.
            Veja alguns elementos encontrados no lixo e quanto tempo eles levam para se decompor.

Papel
Resto de frutas
Chicletes
Latas
Plásticos
Vidros


Em torno de 3 meses
De 6 a 12 meses
Em torno de 5 anos
Mais ou menos 10 anos
Bem mais de 100 anos
Em torno de 5000 anos

Por isso, a solução é:
-          reciclar principalmente os vidros e os plásticos, pois levam muitos e muitos anos para se decomporem;
-          reciclar especialmente as latas, para que se usem cada vez menos os metais encontrados no solo, pois são recursos naturais que não se renovam;
-          reciclar totalmente os papéis, pois muitas árvores deixarão de ser derrubadas.


ATIVIDADES

1-     Cite 3 serviços que fazem parte do saneamento básico.

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2- O que é esgoto?


3- O que é a reciclagem do lixo?


4- O que acontece se o esgoto forem despejados em rios e mares sem serem devidamente tratados?


1-     Cole figuras de coisas que podem ser recicladas.