sexta-feira, 28 de outubro de 2011

Belo Poema sobre o Negro.


Sou Negro porque encaro minhas origens
Não precisa ter cor, nem raça, nem etnia.
É preciso amar
É preciso respeitar
Não sou negro porque minha pele é negra
Não sou negro porque tenho cabelo embolado de “pixain”
Não sou negro porque danço a capoeira
Não sou negro porque vivo  África
Não sou negro porque canto reggae.
No sou negro porque tenho o candomblé como minha religião
Não sou negro porque tenho Zumbi como um dos mártires da nossa raça.
Não sou negro porque grito por liberdade
Não sou negro porque declamo Navio Negreiro
Não sou negro porque gosto das músicas de Edson Gomes,

quarta-feira, 26 de outubro de 2011

Aumento de dias letivos ou de horas letivas?

Na abertura do 'Congresso Internacional - Educação: uma Agenda Urgente', dia 13/09, o ministro da Educação, Fernando Haddad defendeu a ampliação do número de dias letivos na educação básica para 220.
Dois dias mais tarde, em entrevista à jornalista Marina Mandelli, de O Estado de S. Paulo, Haddad  falou de outras duas opções, além dos 220 dias letivos:  a ampliação da carga horária diária ou ainda a possibilidade de cada escola escolher entre aumentar o número de dias ou a jornada do aluno.
Segundo Haddad, os estudantes brasileiros têm baixa exposição ao conhecimento, porque permanecem pouco tempo na escola. Ele disse ter constatado que o número de dias letivos no Brasil é inferior a muitos países, o que não é verdade. Veja aqui.
O ministro também propôs a aceleração do Programa Mais Educação, no qual escolas públicas recebem recursos do MEC para contratar monitores e desenvolver atividades lúdicas no contra-turno das aulas.
Haddad diz que a questão está sendo discutida com a União Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação (Undime), Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE) e o Conselho Nacional de Secretários de Educação (Consed).
Dias letivos ou horas letivas?O discurso do ministro surpreende, uma vez que até agora o MEC, acertadamente, vinha priorizando a ampliação da jornada dos estudantes na escola e não o número de dias letivos.
O Programa Mais Educação, como já foi mostrado, se propõe a ampliar a jornada do aluno na escola e não os dias letivos.
O Plano Nacional de Educação, apresentado sob forma de um projeto de lei, fixa como meta a oferta de educação em tempo integral (jornada igual ou superior a 7 horas) a 50% das escolas públicas.
O projeto Ensino Médio Inovador está condicionado à ampliação gradual das 2.400 horas (800 ao ano) para 3.000 horas.
O fato é que o problema não está nos 200 dias, mas em jornadas reduzidas de 4 horas e, principalmente, na manutenção vergonhosa do chamado "turno da fome", das 11h às 15h, em algumas escolas públicas, até mesmo na cidade de São Paulo.
Nessa discussão também é preciso diferenciar a escola pública da privada, que já conta com cargas horárias diárias mais amplas.
LegislativoA jornada integral também é tema de vários projetos de lei que tramitam no Congresso, além do Plano Nacional de Educação (PNE).

Na Câmara, há duas emendas constitucionais (PECs 317/2008 e 141/2007). Os deputados da Comissão de Educação analisam o PL 7650/2006, que propõe instituir a jornada de tempo integral no ensino fundamental, no prazo de (cinco) anos.
Apensado ao PL 7650 há ainda 11 projetos, entre eles o PL 1424/2001, já aprovado no Senado, que amplia a jornada para 960 horas em 200 dias letivos.
No Senado, o PLC 230/2009, já aprovado na Câmara, além de ampliar a jornada dos estudantes, limita o número de alunos por classe.

220 dias letivos.


O MEC (Ministério da Educação) quer aumentar o número de dias letivos do calendário escolar, passando de 200 para 220 dias. A ideia é ampliar gradualmente o tempo das crianças e adolescentes na escola, atingindo o patamar de 220 dias em quatro anos.
O plano do MEC foi tornado público nesta terça-feira pelo ministro Fernando Haddad (Educação), que fez uma palestra na abertura do congresso internacional "Educação: uma Agenda Urgente", promovido pelo Movimento Todos pela Educação.
"Ou ampliamos o número de horas por dia ou, caso não haja infraestrutura para isso, aumentamos o número de dias letivos. Mas essas alternativas não são excludentes", disse Haddad, após sair do evento.
De acordo com o ministro, o MEC já fez reuniões com o Consed (Conselho Nacional de Educação) e com a Undime (União Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação). Haddad disse que o plano ainda está em fase inicial, pois será preciso formar consenso antes de enviar um projeto de lei sobre assunto ao Congresso Nacional.
A ideia de ampliar o tempo de crianças e jovens na escola surgiu a partir de pesquisas. "Estudos têm correlacionado o aprendizado com o tempo que a criança fica exposta no ambiente escolar", afirmou o ministro.
Segundo Haddad, mais recursos para a empreitada deverão vir após a aprovação do PNE (Plano Nacional de Educação), que está na Câmara dos Deputados. O PNE define que sejam destinados 7% do PIB (Produto Interno Bruto) para a educação. Atualmente, o governo aplica pouco mais de 5% para a área.
Vá até nossa enquete e vote você é contra ou a favor dos 220 dias letivos.

terça-feira, 25 de outubro de 2011

Projeto Didático.


TEMA: Escola é lugar de brincar e de desenvolvimento cognitivo.
TURMAS: Maternal I e Maternal II                              
JUSTIFICATIVA:
A integração criança x criança e criança x adulto se dá por meio da brincadeira, possibilitando dessa forma a construção de uma maior identidade autônoma, cooperativa e criativa. A criança que brinca adentra ao mundo do trabalho, da cultura e dos afetos pela via da representação e da experimentação. Os jogos sempre existiram independentes da época, local ou classe social e são sempre transmitidos de geração para geração. Representam as conquistas de quem pôde sonhar, sentir, decidir, arquitetar, aventurar ou agir, esforçando-se por superar os desafios da brincadeira... Recriando o tempo, o lugar e os objetos em jogo... A criança se expressa pelo ato lúdico e é através deste ato que a criança carrega consigo as brincadeiras que perpetuam e renovam a cultura infantil, desenvolvendo formas de convivência social, modificando-se e recebendo novos conteúdos, a fim de se renovar a cada nova geração. “É pelo brincar e repetir a brincadeira que a criança sempre saboreia a vitória de aquisição de um novo saber fazer algo, incorporando-o a cada novo brincar.” Sendo assim, ao nascermos ganhamos nosso primeiro brinquedo e com o passar dos tempos, vamos nos apropriando dele, criando vínculos e tendo a oportunidade de compartilhá-lo com pessoas que nos rodeiam. ( Dornelles, 2002, p. 103). Partindo de todos esses conceitos, será desenvolvido o projeto “Escola é lugar de brincar, lugar de se divertir...” com a turma do Maternal l I, devido à necessidade do grupo em explorar, criar e vivenciar momentos de troca, de afeto, de experimentação e sensações, utilizando o “brinquedo” como o fio condutor das primeiras aprendizagens, assim como os valores que são essenciais para a vida futura, considerando que nessa idade, a criança também precisa experimentar concretamente para poder construir estes conceitos e depois imaginá-los de forma subjuntiva e simbólica.

Projeto Consciência Negra no PETI.


Apesar de a população negra constituir grande parte da sociedade brasileira, somente a partir da Lei nº 10.639 de 2003 que tornou obrigatório o ensino da História da África e dos afro-brasileiros no Ensino Fundamental e Médio, as escolas ampliaram a reflexão e discussão sobre o papel e a posição do negro em nossa sociedade.
Com tem realizados todos os anos o Programa de Erradicação Infantil-PETI, está realizando no mês de novembro a sua Semana da Consciência Negra, atendendo o dispositivo legal, que é o debate a respeito da participação do negro e da negra na formação do povo brasileiro.
A Semana tem como culminância a realização da Beleza Negra do PETI, esse evento tem que ser organizado logo no inicio do mês para que tenha tempo de sai bem legal como tem saído sempre.
Então como o nosso Programa visa o resgate da identidade cultural e da valorização da cultura popular, nos do PETI faremos nossa Semana da Cultura Negra com nossas crianças e adolescentes onde devemos primar por essa valorização do resgate.
Objetivos
Ø  Discutir o racismo por meio de fatos históricos, acontecimentos, e análise de conceitos.
Ø  Quebrar preconceitos e promover a equidade, enfatizando que todos são iguais e merecem carinho, respeito e consideração.
Ø  Trabalhar a inclusão social de todos os adolescentes e as crianças em um espaço de convivência saudável.
Ø  Mostra na comunidade e na cidade o trabalho realizado pelo programa.
Atividades variadas são propostas para a Semana, para cada classe de alunos.  Todos os Espaços podem promover atividades locais baseadas na sua realidade e com o material disponível no momento.

Dica não a Erotização Infantil.

A Campanha “DIGA NÃO À EROTIZAÇÃO INFANTIL” visa esclarecer à sociedade a importância da música na formação do caráter e da personalidade da criança bem como os perigos da erotização precoce.


FENÔMENO SOCIAL IMPOSTO PELA MÍDIA

Os meios de comunicação, ao contrário do que muitos pensam, não têm o menor compromisso com a cultura e a formação dos indivíduos. É uma vitrine de tudo que pode vender milhões, não importando a qualidade do produto.

EROTIZAÇÃO PRECOCE

O sexo e tudo que o envolve - sedução, conquista, intimidade, prazer e reprodução - faz parte do mundo dos adultos. Assim como o trabalho e a responsabilidade civil ou criminal. Incentivar ou permitir que uma criança fale, vista-se ou dance como adultos é como assistir passivamente aos menores que trabalham nos fornos de carvão ou nos canaviais do nordeste.

INICIAÇÃO SEXUAL SEM MATURIDADE FÍSICA E EMOCIONAL.

Consequências diretas da “erotização precoce” são crianças de 10/11 anos namorando e tendo relações sexuais aos 13/14 anos. Sem maturidade, sem informação, sem preservativos, sem anticoncepcionais. Apenas atendendo inconsequentemente à explosão hormonal. E nós, avós precoces aos 40 anos, assistimos impotente a tudo isso e podemos ver nossos filhos arcarem com responsabilidades de adultos, quando deveriam estar brincado de carrinho ou de boneca, ou se preparando para o futuro.

PERPLEXIDADE E PASSIVIDADE DA SOCIEDADE DIANTE DO FENÔMENO.

Uma tendência social demora a se tornar “aberração”. Até que os números sejam coletados e os dados vistos como alarmantes muitas vítimas já foram feitas. As pessoas tendem a ver a violência, as drogas e até a erotização precoce como algo distante, que acontece aos filhos dos outros. Mas, se olharmos bem de perto, todos temos um parente, um amigo ou vizinho passando por algum destes problemas.

O QUE PODEMOS FAZER PARA REVERTER ESTA SITUAÇÃO

Basta estar atento e agir. Se você, pai ou educador, se preocupa com o quadro que apresentamos, tem muitas atitudes a tomar. Divulgue esta campanha; Não permita que seus filhos se vistam como adultos; Não estimule as coreografias por vezes pornográficas que alguns “artistas” apresentam; Não financie a roda da fortuna criada com o lançamento indiscriminado de banalidades e produtos anti-educativos gerados pela mídia com intenção exclusiva de lucro.Você tem este poder de ação. Todos somos responsáveis pela nova geração que estamos deixando para assumir o mundo. Nossa responsabilidade é tornar nossas crianças adultas felizes, equilibradas, realizadas e cidadãos conscientes do seu espaço e dos outros.

Fonte: http://rumasemnoticias.blogspot.com

segunda-feira, 24 de outubro de 2011

Todos a Brasilia.


Expectativa é de que mais de 10 mil saiam às ruas de Brasília. Marcha vai reunir trabalhadores, estudantes e movimentos sociais.
A Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE) organiza para o próximo dia 26 de outubro, quarta-feira, grande mobilização nacional em Brasília para reivindicar 10% do PIB para educação, bandeira que os estudantes também lutam por sua aprovação no Congresso Nacional. A marcha pretende reunir mais de 10 mil pessoas.
A concentração da marcha está marcada para as 9h, em frente ao estádio Mané Garrincha. De lá, os manifestantes caminharão até o Congresso Nacional para a realização de um grande ato.
A principal reivindicação da CNTE diz respeito a salários melhores para os educadores, mas, de acordo com o presidente da Confederação, Roberto leão, investir em infraestrutura nas escolas e universidades do país também é um prioridade: “Precisamos de melhores condições em bibliotecas e laboratórios, por exemplo, para aumentar o incentivo à pesquisa”, comentou.
O presidente da UNE, Daniel Iliescu, aponta como principal objetivol do aumento do investimento em educação a erradicação do analfabetismo. Ele completa: “E todo esse dinheiro deverá ser destinado para melhorar a estrutura das escolas, o pagamento de salário digno aos professores, a excelência do ensino público na periferia das cidades e nas zonas rurais de todos os municípios, além da ampliação do acesso e da qualidade nas universidades para todas e todos”.
Em frente ao congresso, também, estarão expostos trabalhos de alunos de estudantes de escolas públicas, feitos para uma mostra cultural organizada pela CNTE, com o tema “Por que 10% do PIB para a Educação Pública?

A Educação quer mais.

domingo, 23 de outubro de 2011

Reflexões sobre lazer e trabalho no contexto da infância


Introdução
A infância brasileira tem passado por profundas transformações, influenciada pela intransigência do capitalismo, pelo complexo sistema da globalização, redução do tempo "livre", culto ao trabalho, dentre outros fenômenos sociais modernos.
Tais fenômenos que a princípio parecem pertencer somente à vida adulta, já fazem parte do universo infantil. Atualmente, ser criança é se preparar para vida adulta, para o trabalho, para as obrigações e responsabilidades que, exigidas desde então, funcionam como um treinamento para uma fase seguinte.
"O que você vai ser quando crescer?"
 A pergunta tantas vezes repetida pelos adultos reforça a infância como uma fase efêmera, esvaziada de sentido no seu presente, menosprezada e prospectiva, o que demonstra uma concepção de infância restrita, desconsiderando o indivíduo dentro de seu processo contínuo de formação.
Às crianças cujas condições sociais, econômicas e culturais permitem, têm seu tempo completamente preenchido por atividades, são as incansáveis "escolinhas", aulas e cursos, que mantêm a ordem, a disciplina e a responsabilidade para além das atividades escolares. Desde cedo, pais preocupados com a formação de seus filhos, já os preparam para um mercado competitivo, uma economia globalizada. E todas essas obrigações impostas pela sociedade podem ser comparadas com o trabalho, obrigação da vida adulta.
 Mas, por outro lado, temos uma realidade cruel de crianças que também não têm tempo disponível, pois o mesmo é preenchido, ou melhor, explorado pelo trabalho precoce, seja ele em ambiente doméstico, atividades lícitas ou ilícitas (tráfico, prostituição), como também na zona rural (carvoarias, canaviais, etc.). Apesar das exorbitantes diferenças, de tamanha desigualdade, o que estas crianças apresentam em comum é que possuem a infância marcada pela supressão total/parcial do seu tempo de lazer/lúdico, comprometendo assim, a sua cidadania infantil, já que consideramos o Lazer como um direito social.

O Trabalho Infantil no Brasil: Situação Atual e Perspectiva de sua Eliminação.


O Governo brasileiro, juntamente com alguns segmentos da sociedade civil, encontra-se empenhado na tarefa de erradicar o trabalho infantil no País. Para tanto, vem utilizando diversos mecanismos e instrumentos disponíveis, que vão desde a fiscalização realizada no local de trabalho à implantação e desenvolvimento de projetos que visam a dar orientação aos pais e às crianças que trabalham, fornecendo-lhes também capacitação para alternativas de geração de renda familiar.
Não obstante ser aceito pelo senso comum da sociedade brasileira como solução para o problema da falta de escolas e para prevenir o jovem de se tornar marginal, o trabalho infantil traz consequências nocivas ao desenvolvimento físico e psicossocial da criança. A maior incidência de trabalho realizado por crianças no Brasil verifica-se no setor agropecuário, particularmente na agricultura.
Grande número de crianças trabalha também no setor informal urbano e em residências, como empregado doméstico. No setor formal de trabalho a participação de crianças encontra-se em declínio há algum tempo e é pouco significativa atualmente. Dados estatísticos de 1989, fornecidos pela Fundação Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), indicam a existência de 7.316.636 crianças e adolescentes entre 10 e 17 anos trabalhando nos diversos setores da economia no Brasil. Desse total, cerca de três milhões encontram-se exercendo atividades agrícolas, um milhão trabalham na indústria e os restantes distribuem-se entre os setores de comércio e serviços.