quinta-feira, 13 de dezembro de 2012

PROJETO HORTA ESCOLAR

A horta escolar tem como foco principal integrar as diversas fontes e recursos de aprendizagem, integrando ao dia a dia da escola gerando fonte de observação e pesquisa exigindo uma reflexão diária por parte dos educadores e educandos envolvidos.

O projeto Horta Escolar visa proporcionar possibilidades para o desenvolvimento de ações pedagógicas por permitir práticas em equipe explorando a multiplicidade das formas de aprender.

Objetivos:

Valorizar a importância do trabalho e cultura do homem do campo;

Identificar técnicas de manuseio do solo e manuseio sadio dos vegetais;

Conhecer técnicas de cultura orgânica;

Estabelecer relações entre o valor nutritivo dos alimentos cultivados;

Compreender a relação entre solo, água e nutrientes;

Identificar processos de semeadura, adubação e colheita;

Conhecer pela degustação os diferentes alimentos cultivados bem como nomeá-los corretamente;

Cooperar em projetos coletivos;

Buscar informações em diferentes fontes de dados para propor avanços a desenvolvimento de técnicas;

Análise e reflexão sobre prejuízos dos desperdícios alimentares;

Compreender a importância de uma alimentação equilibrada para a saúde;

Instalação e Manejo da Horta

A escolha do local está vinculada a disponibilidade de sol, água, condições de terreno e proteção de ventos fortes e frios. Poderá ser implementada em área retangular, cercada com alambrado e com um portão de acesso. Deve-se observar que o acesso das crianças a horta não deve oferecer risco algum de acidentes.

Critérios para escolha do local para implantação da Horta

Local Ensolarado: as hortaliças são plantas de crescimento rápido, mas precisam de muita luz para crescerem sadias e rapidamente.

Local próximo à água: água de boa qualidade e abundante é muito importante para a horta.

Terreno bem drenado: as raízes das hortaliças respiram em terrenos compactados ou encharcados a quantidade de ar disponível no solo é insuficiente para a respiração das raízes, atrasando o crescimento e ocasionando em muitos casos o aparecimento de doenças nas raízes.

Composição do solo: analisando o solo, encontramos 4 elementos (argila, areia, a e matéria orgânica).

Local protegido: mesmo as plantas que vegetam na época fria, não apreciam ventos fortes e frios: o vento além de estragar folhas e frutos, aumenta muito o consumo de água.

Materiais necessários

Os materiais básicos definidos para um manejo adequado são:

§ Ancinho – utilizado para nivelar o terreno e retirada do mato capinado

§ Colher de Jardineiro – utilizado em operações de transplante de plantas

§ Enxada – usada para misturar adubos, terra e nas capinações.

§ Garfo – coleta de mato e folhagem

§ Regadores de diferentes tamanhos permitindo manuseio das crianças

§ Sacho – para aforamento da terra a capina entre linhas de plantas.

Semeadura ou Plantio

1) Sementeira – A sementeira pode ser de material reutilizável. Como regra, a profundidade das sementes das hortaliças a serem semeadas dependerá do tamanho da semente. A sementeira deve ser previamente umedecida e ser mentida úmida com regas pela manhã e tarde.

2) Transplante – O transplante é feito após as mudas apresentarem 4 a 6 folhas. Observar que a sementeira deverá ser molhada para a retirada das mudas.

Seleção de Hortaliças para Plantio

Classificação segundo o consumo (alguns exemplos):

a) Hortaliças Folhas – alface, almeirão, couve, chicória, repolho, acelga;

b) Hortaliças Frutos – tomate, berinjela, pimentão, pepino, quiabo, abobrinha;

c) Hortaliças Flores - couve flor, brócolos, alcachofra;

d) Hortaliças Raízes – cenoura, beterraba, rabanete, nabo;

e) Hortaliças Condimentos – alho, cebolinha, salsa, coentro.

Manejo da Horta

Serão levadas a efeito no manejo da horta:

* Irrigar diariamente observado o melhor horário para sua efetivação;

* Retirar plantas invasoras;

* Afofar a terra próxima ás mudas;

* Completar nível de terra em plantas descobertas;

* Observar fitossanidade da horta (insetos e pragas, fungos, bactérias e vírus);

Colheita e Higienização

A colheita será feita obedecendo ao período de maturação das hortaliças. Será realizada a higienização com auxílio das merendeiras.

Consumo

A colheita após higienização será servida como parte da merenda escolar reforçando a alimentação das crianças e proporcionando maior variedade nas opções presentes.

SUGESTÃO PARA PESQUISA COM OS PAIS

Esta atividade visa envolver a participação dos pais no projeto, possibilitando aos professores uma visão geral dos hábitos de seus alunos

Nome do aluno: idade

Turma

Pesquisa:

Data:

1)Seu filho come legumes ou verduras regularmente?

( ) sim ( )não

2)Escreva seis preferências de seu filho

1)

2)

3)

4)

5)

6)

3)Você como pai ou responsável, acredita ser importante o Projeto Horta Escolar em nossa escola?

( )sim ( ) não

Por quê?

Assinatura do pai ou responsável -

SUGESTÃO PARA PESQUISA - RESUMO POR SALA DE AULA

Esta atividade visa envolver a participação dos pais no projeto, possibilitando aos professores uma visão geral dos hábitos de seus alunos.

Professor número de alunos

Turma

Data:

Números de alunos em contato com a horta -

Hortaliças que mais gostam:

1)

2)

3)

Hortaliças que as crianças não apreciam:

1)

2)

3)

Atividades na horta que seus alunos mais apreciam:

( ) rega

( ) plantio

( ) retirada de pragas

( ) outras

Informações importantes:

Tomate

Vitamina A,C E e Ferro, Potássio

Maior resistência aos vasos sangüíneo, combate a infecções

Cenoura

Vitamina A, vitaminas do complexo B, cálcio, fósforo

Regula o aparelho digestivo, purifica a bile e fortalece a pele

Cebolinha

Cálcio, ferro, niacina

Estimula o apetite, ajuda na formação de ossos e dentes

Abobrinha

Cálcio, ferro, vitaminas do complexo B e fósforo

Contra a fadiga mental, ajuda na formação de glóbulos vermelhos

Salsa

Ferro, vitamina A

Diurético, revitalizante

Alface

Ferro, cálcio, niacina, vitamina C

Combate insônia, ajuda na cicatrização dos tecidos

Almeirão

Vitaminas do complexo B e vitamina A

Protege a pele

Beterraba

Vitamina C, açúcar, vitamina do complexo B e vitamina A

Laxante, combate anemia e descongestionante das vias urinárias

Couve

Ferro, Vitamina A, cálcio,fósforo

Tônico, cicatrizante, estimulante do fígado

Repolho

vitamina A e C

Combate infecções, depurativo do sangue, estimula a produção de hormônios

Rúcula

Iodo, vitamina A e C

Cambate a fadiga, depura o sangue

Manjerona

Sais Minerais

Estimula a eliminação de muco nas vias respiratórias

Erva Cidreira

Sais Minerais

Tonico nervoso, combate cólicas intestinais

Hortelã

Sais Minerais

Analgésico, vermífugo,

Brócolis

Sais minerais

Flatulência, cólicas abdominais, diarréia

Espinafre

Vitamina A, tianina, potássio, ferro

Combate a desnutrição, manchas na pele e diabete

Berinjela

Sais minerais sódio, vitamina A

Antioxidante, baixa colesterol atua no fígado e

COMBATE AS PRAGAS - SOLUÇÕES PRÁTICAS E BARATAS

Chá de Sabugueiro

Ferver 300g de folha em 1 litro de água

Pulverizar

Controla pulgões

Solução Água e sabão

50g de sabão picado em 5 litros de água. Ferver

Pulverizar depois de esfriar

Controla pulgões e cochonilha

Gergelim

Providenciar um caminho de gergelim em volta do canteiro

Controla formigas, pois mata o fungo do qual se alimentam.

Suco de Pimenta

Fazer suco de pimentas vermelhas e água

Pulverizar

Controla formigas cortadeiras

Leite de Vaca

Usar puro

Pulverizar puro nas plantas controla o oídio em abóboras

Soro de Leite

Usar puro

Pulverizar

Controla ácaros

Macerado de Camomila

Imergir um punhado de flores em água por 2 dias

Pulverizar

Controla doenças fúngicas

Macerado de Cebola

1 kg de cebola em 10 l de água, deixar curtir por 2 dias

Diluir na proporção de 1:3 - Pulverizar

Controla lagarta e pulgões

Cobertura com casca de arroz

Utilizada como cobertura morta entre as plantas

Controla pulgões e moscas brancas

Macerado de manjericão

1 kg de manjericão em 1 l de água por 1 hora em descanso

Diluir na proporção 1:3

Controla besouros

Coentro

Cozinhar folhas de coentro em 2 l de água

Diluir na proporção de 1:3

Controla ácaros e pulgões

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:

Corrêa, Anderson Rodrigues – Plantas medicinais: do cultivo, á terapêutica, Petrópolis, RJ: editora Vozes, 1998.

Horta Escolar, Secretaria de Educação, Cultura e Esportes – Prefeitura Municipal de Jundiaí, 2003.

AUTORIA: Maria Inês S. C. Neves - agosto de 2006

Retirado do grupo:http://groups.google.com/group/sugestaodeatividadeescolar

quarta-feira, 12 de dezembro de 2012

Resenha - Preconceito lingüístico (Marcos Bagno)

BAGNO, Marcos. Preconceito lingüístico – o que é, como se faz. 15 ed. Loyola: São Paulo, 2002

Por/by: Cláudia Hashimoto Figueiredo Cerqueira

LAEL/PUC-SP

Marcos Bagno, mineiro de Cataguases, é autor de livros infantis, juvenis e, além disso, já escreveu um livro de contos, A invenção das horas, ganhador do IV Prêmio Bienal Nestlé de Literatura em 1988. Em o Preconceito Lingüístico – O que é, como se faz - publicado em 1999 pela editora Loyola, Bagno traz uma discussão sobre as implicações sociais da língua. Ele já havia discutido em seu livro A língua de Eulália, Novela Sociolingüísticaa forma preconceituosa com que a língua é tratada na escola e na sociedade e, no Preconceito Lingüístico, retoma essa discussão.

Na edição mais atual de seu livro (15ª), encontrei algumas modificações significativas em comparação com a primeira edição. Segundo o autor, essas mudanças devem-se à vontade de manter o livro sempre atualizado, sintonizado com a evolução e a maneira de ver as coisas; com as críticas, sugestões e comentários que o trabalho recebe. Dentre as mudanças, destaco o acréscimo de um capítulo final - O Preconceito contra a lingüística e os lingüistas, o anexo de uma carta de Bagno à Revista Veja, e a história da capa do livro.

Bagno recusa a noção simplista que separa o uso da língua em " certo" e " errado" , dedicando-se a uma pesquisa mais profunda e refinada dos fenômenos do português falado e escrito no Brasil.

Ao mesmo tempo, convida o leitor a fazer um passeio pela mitologia do preconceito lingüístico, a fim de combater esse preconceito no nosso dia-a-dia, na atividade pedagógica de professores em geral e, particularmente, de professores de língua portuguesa. Para isso. O autor analisa oito mitos inseridos no primeiro capítulo do livro A mitologia do preconceito lingüístico.

No Mito nº 1 – A língua portuguesa falada no Brasil apresenta uma unidade surpreendente, em que o autor fala da diversidade do português falado no Brasil e destaca a importância de as escolas e todas as demais instituições voltadas para a educação e a cultura abandonarem esse mito da unidade do português no Brasil e passarem a reconhecer a verdadeira diversidade lingüística de nosso país Qualquer manifestação lingüística que escape desse triângulo escola-gramática-dicionário é considerada, sob a ótica do preconceito lingüístico, " errada" , como Bagno discute no Mito nº 4 – As pessoas sem instrução falam tudo errado.

No Mito nº 2 – Brasileiro não sabe português / Só em Portugal se fala bem português, o autor faz uma longa análise levando em conta a história desses dois países e desmistifica mais esse preconceito. Quanto ao ensino do português no Brasil, questão também abordada no Mito nº 3 - Português é muito difícil, o problema é que as regras gramaticais consideradas " certas" são aquelas usadas em Portugal, e como o ensino de língua sempre se baseou na norma gramatical portuguesa, as regras que aprendemos na escola, em boa parte não correspondem à língua que realmente falamos e escrevemos no Brasil. Por isso achamos que português é uma língua difícil. O mito no. 4, Brasileiro não sabe português afeta o ensino da língua estrangeira, pois é comum escutar professores dizer: os alunos já não sabem português, imagine se vão conseguir aprender outra língua, fazendo a velha confusão entre a língua e a gramática normativa.

Bagno, no Mito nº 5 – O lugar onde melhor se fala português no Brasil é o Maranhão, diz ser este um mito sem nenhuma fundamentação científica, uma vez que nenhuma variedade, nacional, regional ou local seja intrinsecamente " melhor" , " mais pura" , " mais bonita" , " mais correta" do que outra.

Mais um preconceito analisado é a tendência muito forte, no ensino da língua, de obrigar o aluno a pronunciar " do jeito que se escreve" , como se fosse a única maneira de falar português, Mito nº 6 – O certo é falar assim porque se escreve assim.

Mito nº 7 – É preciso saber gramática para falar e escrever bem. Segundo o autor, é difícil encontrar alguém que não concorde com esse mito. Que se invalida, entre outras razões, pelo simples fato de que se fosse verdade, todos os gramáticos seriam grandes escritores, e os bons escritores seriam especialistas em gramática. A gramática, na visão do autor, passou a ser um instrumento de poder e de controle.

O último Mito – O domínio da norma culta é um instrumento de ascensão social, que fecha o circuito mitológico, tem muito a ver com o primeiro, pois ambos tocam em sérias questões sociais. Bagno diz que o domínio da norma culta nada vai adiantar a uma pessoa que não tenha seus direitos de cidadão reconhecidos plenamente e que não basta ensinar a norma culta a uma criança pobre para que ela " suba na vida" Precisa haver um reconhecimento da variação lingüística, porque segundo o autor, o mero domínio da norma culta não é uma fórmula mágica que, de um momento para outro, vai resolver todos os problemas de um indivíduo carente.

No capítulo II O círculo vicioso do preconceito lingüístico, o autor explica que os mitos analisados no capítulo I são perpetuados em nossa sociedade por um mecanismo de círculo vicioso do preconceito lingüístico e demonstra como o procedimento de muitos profissionais colabora para a manutenção da prática de exclusão.

No Capítulo III A desconstrução do preconceito lingüístico Bagno discute a ruptura do circuito vicioso do preconceito lingüístico, afirmando que a norma culta é reservada, por questões de ordem política, econômicas, sociais e culturais, a poucas pessoas no Brasil.

Discute, por exemplo, a mudança de atitude do professor que deve refletir-se na não-aceitação de dogmas, na adoção de uma nova postura (crítica) em relação a seu próprio objeto de trabalho: a norma culta. Essa mudança, do ponto de vista teórico, poderia ser simbolizada numa troca de sílabas: ao invés de rePEtir alguma coisa,o professor deveria reFLEtir sobre ela.

Neste mesmo capítulo o autor discorre sobre o que é ensinar o português; o que é erro; a paranóia ortográfica (procurar imediatamente erros na produção de um aluno). Reconhece que o preconceito lingüístico está aí, firme e forte, e que mudanças só acontecerão quando houver uma transformação radical do tipo de sociedade em que estamos inseridos.

No último capítulo ( IV) O preconceito contra a lingüística e os lingüistas, Bagno discute o ensino da gramática tradicional. Sua crítica diz respeito aos conceitos da gramática tradicional, estabelecidos há mais de 2.300 anos. Levanta novamente a questão das mudanças, reconhecendo que o novo assusta, subverte as certezas e compromete as estruturas de poder e dominação há muito vigentes.

segunda-feira, 10 de dezembro de 2012

TRANSTORNO DO DÉFICIT DE ATENÇÃO E HIPERATIVIDADE - TDAH - O que é, quais os sintomas?

O que é?
A hiperatividade e déficit de atenção é um problema mais comumente visto em crianças e se baseia nos sintomas de desatenção (pessoa muito distraída) e hiperatividade (pessoa muito ativa, por vezes agitada, bem além do comum). Tais aspectos são normalmente encontrados em pessoas sem o problema, mas para haver o diagnóstico desse transtorno a falta de atenção e a hiperatividade devem interferir significativamente na vida e no desenvolvimento normais da criança ou do adulto.
Quem apresenta?
Estima-se que cerca de 3 a 6% das crianças na idade escolar (mais ou menos de 6 a 12 anos de idade) apresentem hiperatividade e/ou déficit de atenção. O diagnóstico antes dos quatro ou cinco anos raramente é feito, pois o comportamento das crianças nessa idade é muito variável, e a atenção não é tão exigida quanto de crianças maiores. Mesmo assim, algumas crianças desenvolvem o transtorno numa idade bem precoce. Aproximadamente 60% dos pacientes que apresentaram TDAH na infância permanecem com sintomas na idade adulta, embora que em menor grau de intensidade. Na infância, o transtorno é mais comum em meninos e predominam os sintomas de hiperatividade. Com o passar dos anos, os sintomas de hiperatividade tendem a diminuir, permanecendo mais freqüentemente a desatenção, e diminuindo a proporção homem x mulher, que passa a ser de um para um.
Como se desenvolve?
Geralmente o problema é mais notado quando a criança inicia atividades de aprendizado na escola, pelos professores das séries iniciais, quando o ajustamento à escola mostra-se comprometido. Durante o início da adolescência o quadro geralmente mantém-se o mesmo, com problemas predominantemente escolares, mas no final da adolescência e início da vida adulta o transtorno pode acompanhar-se de problemas de conduta (mau comportamento) e problemas de trabalho e de relacionamentos com outras pessoas. Porém, no final da adolescência e início da vida adulta ocorre melhora global dos sintomas, principalmente da hiperatividade, o que permite que muitos pacientes adultos não necessitem mais realizar tratamento medicamentoso para os sintomas.
O que causa?
Os estudos mais recentes apontam para a genética como principal causa relacionada ao transtorno. Aproximadamente 75% das chances de alguém desenvolver ou não o TDAH são herdadas dos pais. Além da genética, situações externas como o fumo durante a gestação também parecem estar relacionados com o transtorno. Fatores orgânicos como atrasado no amadurecimento de determinadas áreas cerebrais, e alterações em alguns de seus circuitos estão atualmente relacionados com o aparecimento dos sintomas. Supõe-se que todos esses fatores formem uma predisposição básica (orgânica) do indivíduo para desenvolver o problema, que pode vir a se manifestar quando a pessoa é submetida a um nível maior de exigência de concentração e desempenho. Além disso, a exposição a eventos psicológicos estressantes, como uma perturbação no equilíbrio familiar, ou outros fatores geradores de ansiedade, podem agir como desencadeadores ou mantenedores dos sintomas.
Como se manifesta?
Podemos ter três grupos de crianças (e também adultos) com este problema. Um primeiro grupo apresenta predomínio de desatenção, outro tem predomínio de hiperatividade/impulsividade e o terceiro apresenta ambos, desatenção e hiperatividade. É muito importante termos em mente que um "certo grau" de desatenção e hiperatividade ocorre normalmente nas pessoas, e nem por isso elas têm o transtorno. Para dizer que a pessoa tem realmente esse problema, a desatenção e/ou a hiperatividade têm que ocorrer de tal forma a interferir no relacionamento social do indivíduo, na sua vida escolar ou no seu trabalho. Além disso, os sintomas têm que ocorrer necessariamente na escola (ou no trabalho, no caso de adultos) e também em casa. Por exemplo , uma criança que "apronta todas" em casa, mas na escola se comporta bem, muito provavelmente não tem hiperatividade. O que pode estar havendo é uma falta de limites (na educação) em casa. Na escola, responde à colocação de limites, comportando-se adequadamente em sala de aula.
No adulto, para se ter esse diagnóstico, é preciso uma investigação que mostre que ele já apresentava os sintomas antes dos 7 anos de idade.
Quais são os sintomas da pessoa com desatenção?
Uma pessoa apresenta desatenção, a ponto de ser considerado como transtorno de déficit de atenção, quando tem a maioria dos seguintes sintomas ocorrendo a maior parte do tempo em suas atividades:
freqüentemente deixa de prestar atenção a detalhes ou comete erros por descuido em atividades escolares, de trabalho ou outras;
com freqüência tem dificuldades para manter a atenção em tarefas ou atividades recreativas;
com freqüência não segue instruções e não termina seus deveres escolares, tarefas domésticas ou deveres profissionais, não chegando ao final das tarefas;
freqüentemente tem dificuldade na organização de suas tarefas e atividades;
com freqüência evita, antipatiza ou reluta em envolver-se em tarefas que exijam esforço mental constante (como tarefas escolares ou deveres de casa);
freqüentemente perde coisas necessárias para tarefas ou atividades;
é facilmente distraído por estímulos alheios à tarefa principal que está executando;
com freqüência apresenta esquecimento em atividades diárias;
Quais são os sintomas da pessoa com hiperatividade?
Uma pessoa pode apresentar o transtorno de hiperatividade quando a maioria dos seguintes sintomas torna-se uma ocorrência constante em sua vida:
freqüentemente agita as mãos ou os pés ou se remexe na cadeira;
com freqüência abandona sua cadeira em sala de aula ou em outras situações nas quais se espera que permaneça sentado;
freqüentemente corre ou escala em demasia, em situações nas quais isso é inapropriado (em adolescentes e adultos, isso pode não ocorrer, mas a pessoa deixa nos outros uma sensação de constante inquietação);
com freqüência tem dificuldade para brincar ou se envolver silenciosamente em atividades de lazer;
está freqüentemente "a mil" ou muitas vezes age como se estivesse "a todo vapor";
freqüentemente fala em demasia.
Além dos sintomas anteriores referentes ao excesso de atividade em pessoas com hiperatividade, podem ocorrer outros sintomas relacionados ao que se chama impulsividade, a qual estaria relacionada aos seguintes aspectos:
freqüentemente dá respostas precipitadas antes de as perguntas terem sido completadas;
com freqüência tem dificuldade para aguardar sua vez;
freqüentemente interrompe ou se mete em assuntos de outros (por exemplo, intrometendo-se em conversas ou brincadeiras de colegas).
Importância de tratamento médico para os portadores do transtorno.
São vários os motivos que mostram ser de grande importância médica fazer o diagnóstico e se tratar a criança (ou o adulto) com o transtorno de déficit de atenção e hiperatividade.
Primeiro, é importante se fazer o tratamento desse transtorno para que a criança não cresça estigmatizada como o "bagunceiro da turma" ou como ou "vagabundo", ou como o "terror dos professores".
Segundo, para que a criança não fique durante anos com o desenvolvimento prejudicado na escola e na sua vida social, atrasado em relação aos outros colegas numa sociedade cada vez mais competitiva.
Terceiro, é importante fazer um tratamento do transtorno para se tentar minimizar conseqüências futuras do problema, como a propensão ao uso de drogas (o que é relativamente freqüente em adolescentes e adultos com o problema), transtorno do humor (depressão, principalmente) e transtorno de conduta.
Como se diagnostica?
O diagnóstico deve ser feito por um profissional de saúde capacitado, geralmente neurologista, pediatra ou psiquiatra. O diagnóstico pode ser auxiliado por alguns testes psicológicos ou neuropsicológicos, principalmente em casos duvidosos, como em adultos, mas mesmo em crianças, para o acompanhamento adequado do tratamento.
Como se trata?
O tratamento envolve o uso de medicação, geralmente algum psico-estimulante específico para o sistema nervoso central, uso de alguns antidepressivos ou outras medicações. Deve haver um acompanhamento do progresso da terapia, através da família e da escola. Além do tratamento medicamentoso, uma psicoterapia deve ser mantida, na maioria dos casos, pela necessidade de atenção à criança (ou adulto) devido à mudança de comportamento que deve ocorrer com a melhora dos sintomas, por causa do aconselhamento que se deve fazer aos pais e para tratamento de qualquer problema específico do desenvolvimento que possa estar associado.
Um aspecto fundamental desse tratamento é o acompanhamento da criança, de sua família e de seus professores, pois é preciso auxílio para que a criança possa reestruturar seu ambiente, reduzindo sua ansiedade. Uma exigência quase universal consiste em ajudar os pais a reconhecerem que a permissividade não é útil para a criança, mas que utilizando um modelo claro e previsível de recompensas e punições, baseado em terapias comportamentais, o desenvolvimento da criança pode ser melhor acompanhado.
Colaboradoras
Dra. Alice Sibile Koch
Dra. Dayane Diomário da Rosa
Fonte do texto: abc da saúde

Esta postagem pertence ao Espaço Educar.

Se você copiar, dê os créditos. E-mail para colaboração: espacoeducarliza@yahoo.com.br

fonte:http://espacoeducar-liza.blogspot.com.br

As Bem-Aventuranças do Educador

A. Felizes os Educadores

que tomam consciência do conflito social em que estão metidos

e nele tomam partido pelo projeto social dos empobrecidos

porque assim contribuirão para a transformação da sociedade.

B. Infelizes os Educadores

que imaginam que a ação educativa é politicamente neutra

porque acabam transformando a educação num instrumento de ocultação

das contradições da realidade social

e de reprodução da ideologia e das relações sociais vigentes.

A. Felizes os Educadores

que sabem articular o saber chamado científico com o saber popular

porque ajudarão as classes populares a afirmar sua identidade cultural.

B. Infelizes os Educadores

que transmitem mecanicamente um saber elitista

porque contribuem para reforçar a marginalização

e a dominação cultural do povo.

A. Felizes os Educadores

que aprendem a dialogar com os educandos

porque resgatam a comunicação pedagógica criadora no processo educativo.

B. Infelizes os Educadores

que impedem os educandos de dizerem sua palavra,

porque estão reproduzindo a educação do colonizador.

A. Felizes os Educadores

que se tornam competentes em suas "disciplinas"

ensinando a "desopacizar" ideologicamente seus conteúdos

porque ajudarão os educandos a se apropriarem do saber

como ferramenta de luta na defesa e afirmação de sua dignidade.

B. Infelizes os Educadores

que não se esforçam para ser criticamente competentes

porque enfraquecerão mais ainda o poder cultural das classes oprimidas

reforçando o autoritarismo cultural das classes dominantes.

A. Felizes os Educadores

que procuram se organizar para conquistar

melhores salários e melhores condições de ensino

porque estão ajudando a conquistar a educação a que o povo tem direito.

B. Infelizes os Educadores

que atuam isoladamente, buscando apenas seus próprios interesses

porque deixarão de contribuir para a conquista de uma escola digna.

A. Felizes os Educadores

que iluminam sua prática com o sonho de um futuro novo

em que as pessoas aprendam, através de novas relações sociais,

as lições da justiça e da solidariedade.

B. Infelizes os Educadores

que não sonham

porque não terão a coragem de se comprometer na luta criadora

de uma nova sociedade a partir de sua prática educativa.

Felizes os Educadores

que aprendem a fazer da ação de cada dia

a semente da nova sociedade.

Infelizes os Educadores

que pensam que as coisas novas só aparecerão no futuro

porque não perceberão, nem farão perceber

que o "novo" já está no meio de nós,

brotando de nossas práticas transformadoras,

solidárias com as lutas dos espoliados da terra.

José Ivan Pimenta Teófilo

Fonte: http://www.celsovasconcellos.com.br/

Texto sobre educação: Educação reprovada, por Lya Luft

Imagem Biblioteca Unesp

    Há quem diga que sou otimista demais. Há quem diga que sou pessimista. Talvez eu tente apenas ser uma pessoa observadora habitante deste planeta, deste país. Uma colunista com temas repetidos, ah, sim, os que me impactam mais, os que me preocupam mais, às vezes os que me encantam particularmente. Uma das grandes preocupações de qualquer ser pensante por aqui é a educação. Fala-se muito, grita-se muito, escreve-se, haja teorias e reclamações. Ação? Muito pouca, que eu perceba. Os males foram-se acumulando de tal jeito que é difícil reorganizar o caos.

   Há coisa de trinta anos, eu ainda professora universitária, recebíamos as primeiras levas de alunos saídos de escolas enfraquecidas pelas providências negativas: tiraram um ano de estudo da meninada, tiraram latim, tiraram francês, foram tirando a seriedade, o trabalho: era a moda do “aprender brincando”. Nada de esforço, punição nem pensar, portanto recompensas perderam o sentido. Contaram-me recentemente que em muitas escolas não se deve mais falar em “reprovação, reprovado”, pois isso pode traumatizar o aluno, marcá-lo desfavoravelmente. Então, por que estudar, por que lutar, por que tentar?

   De todos os modos facilitamos a vida dos estudantes, deixando-os cada vez mais despreparados para a vida e o mercado de trabalho. Empresas reclamam da dificuldade de encontrar mão de obra qualificada, médicos e advogados quase não sabem escrever, alunos de universidades têm problemas para articular o pensamento, para argumentar, para escrever o que pensam. São, de certa forma, analfabetos. Aliás, o analfabetismo devasta este país. Não é alfabetizado quem sabe assinar o nome, mas quem o sabe assinar embaixo de um texto que leu e entendeu. Portanto, a porcentagem de alfabetizados é incrivelmente baixa.

   Agora sai na imprensa um relatório alarmante. Metade das crianças brasileiras na terceira série do elementar não sabe ler nem escrever. Não entende para o que serve a pontuação num texto. Não sabe ler horas e minutos num relógio, não sabe que centímetro é uma medida de comprimento. Quase a metade dos mais adiantados escreve mal, lê mal, quase 60% têm dificuldades graves com números. Grande contingente de jovens chega às universidades sem saber redigir um texto simples, pois não sabem pensar, muito menos expressar-se por escrito. Parafraseando um especialista, estamos produzindo estudantes analfabetos.

   Naturalmente, a boa ou razoável escolarização é muito maior em escolas particulares: professores menos mal pagos, instalações melhores, algum livro na biblioteca, crianças mais bem alimentadas e saudáveis – pois o estado não cumpre o seu papel de garantir a todo cidadão (especialmente a criança) a necessária condição de saúde, moradia e alimentação.

   Faxinar a miséria, louvável desejo da nossa presidenta, é essencial para nossa dignidade. Faxinar a ignorância – que é uma outra forma de miséria – exigiria que nos orçamentos da União e dos estados a educação, como a saúde, tivesse uma posição privilegiada. Não há dinheiro, dizem. Mas políticos aumentam seus salários de maneira vergonhosa, a coisa pública gasta nem se sabe direito onde, enquanto preparamos gerações de ignorantes, criados sem limites, nada lhes é exigido, devem aprender brincando. Não lhes impuseram a mais elementar disciplina, como se não soubéssemos que escola, família, a vida sobretudo, se constroem em parte de erro e acerto, e esforço. Mas, se não podemos reprovar os alunos, se não temos mesas e cadeiras confortáveis e teto sólido sobre nossa cabeça nas salas de aula, como exigir aplicação, esforço, disciplina e limites, para o natural crescimento de cada um?

   Cansei de falas grandiloquentes sobre educação, enquanto não se faz quase nada. Falar já gastou, já cansou, já desiludiu, já perdeu a graça. Precisamos de atos e fatos, orçamentos em que educação e saúde (para poder ir a escola, prestar atenção, estudar, render e crescer) tenham um peso considerável: fora isso, não haverá solução. A educação brasileira continuará, como agora, escandalosamente reprovada.

Lya Fett Luft, natural de Santa Cruz do Sul, é romancista, poetisa, tradutora, professora universitária e colunista da Revista Veja. Já traduziu para o português mais de cem livros, entre os quais estão obras de autores como Virginia Woolf, Rainer Maria Rilke, Hermann Hesse, Doris Lessing,Günter Grass, Botho Strauss e Thomas Mann.

fonte: espacoeducar-liza.blogspot.com.br

13 árvores de Natal feitas com reciclagem de cd e dvd usado! Atividade excelente para o Natal!

Fonte: Atelie Arte com amor

Fonte: Artesanato Criativo

Fonte:Projeto Reciclar

Fonte Fórum Minha casa Abril

EMEF Raul de Leoni

Panorama Registrado

Rita Artesanatos

Artes da Cássia

Lucia Silva


Obs: Todas as obras possuem fonte. Se alguma obra sem indicação da fonte lhe pertence, deixe comentário. Obrigada!

Mais conteúdo de Natal para você:

fonte:http://espacoeducar-liza.blogspot.com.br

Presépio feito com rolos de papel: Reciclagem com charme e linda atividade de Natal!

Lindo esse presépio: as personagens são feitas reutilizando rolos de papel higiênico. Um charme e uma excelente sugestão de reciclagem durante as atividades de Natal, para os pequeninos!

Veja as imagens:

Você só precisará de rolinhos de papel e papéis coloridos, muita imaginação! Se desejar pode utilizar moldes diversos de desenhos de Natal. Posto alguns abaixo, que podem servir de molde:

Veja, mais um modelo de presépio. Ao invés de utilizar eva pode ser utilizado rolinho de papel:

A idéia não é nossa! É do Cacareco!

Mais Natal:

fonte:http://espacoeducar-liza.blogspot.com.br

Reciclagem: flores feitas com copo de Danoninho!

   Que tal reciclar copinhos de petit suisse ou danoninho e fazer belas flores para a Primavera?
   É preciso apenas copinhos vazios, canudinhos e imaginação!

1. Retirar a aba do copinho de danoninho com a tesoura.

2. Cortar o copinho em tiras:

3. Juntando dois copinhos de cores diferentes para dar o efeito, fazer uma perfuração no centro:

4. Fazer 3 fendas no topo de cada canudinho:

5. Inserir o canudinho no furo feito no centro e dobrar os recortes dele para deixar bem firme:

6. Colar pequenos corações no centro para esconder o canudinho e firmar bem;

7.Juntar todos! Aqui está o seu ramalhete!

As flores ainda podem ser utilizadas uma a uma para murais, lembranças de primavera ou dia das mães etc.
Créditos, criação, fonte:
hugolescargot
Mais idéias para a Primavera:

fonte:http://espacoeducar-liza.blogspot.com.br.

Árvores de Natal feitas com caixa de ovos! Reciclagem e beleza!

Estes são modelos, idéias, sugestões de árvore de Natal feita com caixa de ovos reciclada. As imagens, que recolhi internet afora, dão uma idéia do que fazer com estas caixas, na época do Natal. Aproveite! Fica lindo e a criançada vai amar fazer! Beijo! Liza

Está vendo essa linda árvore da foto abaixo? Ela tem uma história! Quer conhecer?


Os alunos e educadoras do Ensino Pré-Escolar do Colégio Bernardette Romeira receberam uma Menção Honrosa pela participação no III Concurso de Decoração de Árvores de Natal Ria Shopping, com a confecção desta árvore. Conheça o site da escolaclicando aqui!

Mais que merecido, não? Belíssimo trabalho!

Veja outra belíssima sugestão de árvore de Natal feita com caixa de ovos. E foi construída por crianças, com auxílio de adultos. Não é uma bela idéia para o Projeto Natal?

Malmequeres

  Esta outra árvore de Natal com caixa de ovos foi feita pelo Pré, Professora Melissa. Veja:


Esta outra foi feita pelo Maternal:



Não são lindas idéias? Então mãos a obra!

fonte:http://espacoeducar-liza.blogspot.com.br

lembrancinhas


fonte:http://espacoeducar-liza.blogspot.com.br.