sábado, 22 de outubro de 2011

O PETI em Flor foi o maior sucesso.




O evento realizado pelo Programa de Erradicação do Trabalho Infantil (PETI), na ultima sexta feria foi um sucesso. As educadoras de todos os espaços mostraram seus trabalhos que são feitos juntamente com as crianças e os adolescentes. (vejam as fotos)

Milhões de crianças são exploradas no trabalho



No Brasil, milhões de crianças e adolescentes ainda trabalham e são privados de direitos básicos como educação, saúde, lazer e liberdades individuais. Muitas, ainda, estão expostas às piores formas de trabalho infantil e envolvidas em atividades que prejudicam de forma irreversível, seu pleno desenvolvimento físico, psicológico e emocional.
A Organização Internacional do Trabalho (OIT), desde 2002, com o intuito de mobilizar a sociedade e os estados para o grave problema do trabalho infantil, incentiva à realização de mobilizações no dia 12 de Junho – Dia de Combate ao Trabalho Infantil. Contando com o fundamental apoio do Estado Brasileiro, coordenado pela Comissão Nacional de Erradicação do Trabalho Infantil (CONAETI) e da grande mobilização da Sociedade Civil, liderada pelo Fórum Nacional de Prevenção e Erradicação do Trabalho Infantil (FNPETI), o dia se tornou uma data nacional, por força da Lei nº 11.542, de 12 de novembro de 2007, que institui o Dia Nacional de Combate ao Trabalho Infantil.
Ao longo dos últimos anos, a data tem ganhado importância e o reconhecimento da sociedade brasileira. Constitui-se, portanto, como um momento de sensibilização, mobilização e potencialização dos esforços empreendidos no combate e prevenção do trabalho infantil no Brasil.
A proposta é que o Brasil, país mundialmente conhecido por seu desempenho esportivo e que será sede da Copa do Mundo de Futebol de 2014, ocupe, novamente, posição de vanguarda nas iniciativas de combate ao trabalho infantil e proteção das crianças.
As peças da campanha podem ser utilizadas gratuitamente e os interessados devem fazer o download no site http://www.oit.org.br/cartaovermelho.

O Príncipe de Maquiavel. resumo.



Maquiavel abre mostrando como um poder pode ser conquistado sendo por principado ou por republica, o primeiro são conquistado pelo sangue de seu senhor desde muito tempo ou são novos. Dos principados hereditários Maquiavel descreve que é bem melhor, pois são menores as dificuldades do que dos principados novos.
 Um príncipe tem que saber governar conforme a circunstancia, não se dando somente aos costumes de seus antepassados. Conforme os homens tiram do poder um príncipe, o outro que toma seu lugar, conforme o tempo se não mostrar melhora este novo poder terá que impor força, assim terá como inimigo aqueles que ofendeu, e não poderá conservar como amigo aqueles que o puseram no poder, por não satisfazer-lhes conforme imaginavam, e não poderá usar forças para conte-los, pois deve obrigações a eles.
Para se manter no poder de uma região conquistada deve-se fazer com que toda a linhagem do antigo príncipe seja extinta e não modificar as leis nem os impostos do antigo principado, fazendo assim o novo príncipe irá construir um só “corpo todo com principado antigo”.

quarta-feira, 19 de outubro de 2011

segunda-feira, 17 de outubro de 2011

As crianças e o apelo consumista - Maria Helena Masquetti

No documentário “Criança, a alma do negócio”, de Estela Renner, uma entrevistadora coloca duas folhas de papel diante de um grupo de crianças. Em uma folha está escrito “comprar” e, na outra, “brincar”. Quem imagina que as crianças escolheram a folha “brincar”, infelizmente errou. A única criança que escolheu essa opção exclamou surpresa: “Ninguém gosta de brincar?”. E o filme vai por aí afora, revelando o quanto a comunicação mercadológica vem deturpando o conceito de infância. Até mesmo o antigo alerta que nos dizia “Cuidado, atrás de uma bola vem sempre uma criança!”, parece ter se alterado: hoje é o marketing que corre atrás das crianças por perceber nelas um público de fácil convencimento. Isso pela característica natural que elas têm de acreditar no que ouvem e vêem e por não entenderem ainda o caráter persuasivo das mensagens.

O desenvolvimento saudável das crianças depende muito do quanto elas puderem viver plenamente a infância. É um período surpreendente em que elas estão descobrindo o mundo e construindo sua identidade. Porém, embora elas aprendam com os exemplos, é importante que a iniciativa da imitação seja delas. Uma coisa é crianças imitarem adultos por conta de sua curiosidade natural. Outra, bem diferente, é adultos interferirem nesse gesto espontâneo, sugerindo que elas devem abandonar rapidamente a infância para aderir mais cedo aos hábitos de consumo. Foi Piaget quem disse: “Tudo o que se ensina a uma criança, a criança não pode mais, ela mesma, descobrir ou inventar".

Incentivar garotinhas mal saídas das fraldas a se maquiar e se vestir como miniadultas ou tomar como natural o modo como muitas já até discutem sua relação amorosa no celular, é dizer a elas que a infância não é interessante e que devem abandoná-la. Convencer adolescentes de que a bebida pode torná-los mais bem sucedidos e felizes é justamente impedir que eles alcancem essa condição de vida dados os malefícios do vício do álcool.

O melhor investimento que podemos fazer pela construção de um mundo melhor é enviarmos ao futuro cidadãos física e emocionalmente saudáveis. Para isso, as crianças devem crescer livres da compulsão consumista e de sua consequente contribuição para a obesidade infantil, a erotização precoce, a violência, o materialismo e a crença de que ter é mais importante que ser. É do brincar espontâneo que brota a criatividade, o gosto pela descoberta, a sociabilidade e a certeza de que a inclusão do outro é fundamental para que o ‘jogo’ da vida aconteça. Preservar tudo isso é preparar o caminho das novas gerações e um sinal de que a criança que fomos um dia permanece viva dentro de nós.

Jornal da Tarde, A opinião de, 10/01/2011

Propaganda nas escolas: riscos e abusos - Wilson da Costa Bueno

Pesquisa recente do Datafolha, realizada com mais de duas mil pessoas em todo o País, revela que há razoável tolerância em relação à propaganda feita junto às crianças nas instituições de ensino, e que a resistência é maior entre aquelas que exibem menor renda e escolaridade. Ou seja, os ricos e instruídos (atributos que, no Brasil, costumam estar associados) têm menos restrições à ação publicitária nas escolas.

Mas que importância podem ter os resultados desta pesquisa? Ora, muita, mas muita importância mesmo. Em primeiro lugar, eles evidenciam a falta de conscientização, por exemplo dos pais, com respeito à influência das empresas que assediam os seus filhos no ambiente escolar, muitas vezes com a cumplicidade ou autorização dos professores e diretores destas instituições. Em segundo lugar, mostram que as classes mais favorecidas, portanto mais comprometidas com o consumismo, veem menos problemas nesta potencialmente nefasta aproximação. Finalmente, escancara a disposição de empresas privadas de não darem trégua às crianças e adolescentes e de irem atrás deles onde estiverem, com o intuito prioritário de empurrar-lhes produtos, ainda que não saudáveis, como é o caso das empresas de fast-food ou de bebidas.

Os pais e educadores (e também os empresários da educação infantil) deveriam estar atentos a esta situação e não serem cúmplices de uma postura comercial que pode ser comprometedora para a formação das crianças. Afinal de contas, com a legitimação das escolas e de professores, elas podem ficar reféns de apelos publicitários que induzem ao consumo não consciente numa idade em que pouca vigilância podem exercer em relação a estas mensagens.

O palhaço Ronald, do McDonald´s, freqüenta com desenvoltura estes ambientes e, com o argumento (eta hipocrisia e cinismo explícitos!) de trazer ensinamentos úteis (o que pode até acontecer, se a ação for vista de forma descontextualizada ou apenas pela superfície), promove a imagem de uma rede que representa efetivamente, em plano global, o compromisso com uma alimentação não saudável, com hábitos de consumo que comprometem a saúde e que estão estritamente associados à obesidade. E obesidade na infância (cada vez mais comum no Brasil e no exterior) está associada à diabetes, ao câncer e a uma série de doenças de alto risco. É lógico que não só o McDonald´s deve ser retirado das nossas escolas, mas todas as empresas que, na prática, vivem de explorar o imaginário infantil, criando brindes de superheróis para estimular o consumo de produtos repletos de gordura.

Países, como Portugal, para citar o caso de um que nos é próximo e com o qual compartilhamos a língua (o português), proíbem o acesso de propagandistas e seus garotos-propaganda aos colégios, entendendo, justificadamente, que, pelo menos nestes espaços, é importante que as crianças estejam livres do assédio comercial.

Por aqui, onde a propaganda voltada para as crianças é agressiva, predadora, apesar das iniciativas de entidades e organizações exemplares, como o Instituto Alana, tudo se permite. Temos visto, com freqüência, abusos cometidos em nome de um falso entretenimento e um enganoso compromisso com a educação.

Certamente, como em outros anos, teremos em breve (junho está aí) a presença maciça de empresas nas quermesses que estão associadas às festas juninas, vendendo tudo, oferecendo tudo sem o menor escrúpulo. Em muitas oportunidades, colégios (inclusive comandados por instituições religiosas) chegaram a permitir a propaganda e a venda de bebidas alcoólicas (cervejas especificamente) em barraquinhas, expondo as crianças e os adolescentes a marcas poderosas.

Não se devem tolerar estes desvios de conduta sobretudo porque, temos certeza, as mesmas instituições e professores que abrem os braços para estas promoções comerciais de gosto discutível e de impacto fácil de imaginar, não estão fazendo esforço equivalente para conscientizar crianças e os pais sobre os malefícios de uma alimentação não saudável.

Crianças acostumadas a esse assédio serão tolerantes à atuação de empresas agroquímicas e de farmacêuticas nos estabelecimentos de ensino superior, buscando envolver, já no período de formação, profissionais que no futuro terão uma missão importante: impedir o consumo abusivo de agrotóxicos e medicamentos. Por este motivo, temos sido incompetentes para impedir que se contaminem o solo,o ar ,a água ou se estimule a prática perigosíssima da automedicação.

Toda vez que alguém se dispõe a tratar deste assunto - o assédio insuportável das empresas às nossas crianças e adolescentes - surgem defensores de uma falsa liberdade de expressão, comprometidos até o último fio de cabelo com anunciantes, agências e veículos, que só pensam em faturar com a inexperiência de nossos meninos e meninas.

Urge criar uma blindagem em relação a estes protagonistas irresponsáveis do consumo - pelo menos nas escolas, e criar identificações menos nocivas com personagens e marcas que têm pouco a ver com educação e com saúde.

As autoridades deveriam estar atentas a esta realidade e, se independentes e comprometidas com o interesse público, proibir terminantemente este assédio indesejável. Não podem os professores e o sistema oficial ou privado de educação controlar, eles próprios, este processo de disseminação das informações de "saúde e qualidade de vida"? É preciso trazer para dentro dos pátios e das salas de aula anunciantes sedentos por lucros e por espetáculos de fixação de imagem?

Está na hora de dar um basta a estes abusos praticados em nome de uma educação continuamente violentada por interesses comerciais. Está na hora de nos unirmos a uma corrente internacional que visa abolir definitivamente personagens, como o palhaço Ronald, que, travestido de bom mocinho, incutem nas crianças uma mensagem negativa de apelo ao consumo não saudável.

Que os pais assumam o seu papel e que assim façam também os educadores e os empresários da educação brasileira. A propaganda deveria preservar pelo menos os espaços tradicionais reservados à formação das personalidades e ao desenvolvimento do espírito crítico, e ir fazer barulho em outro lugar.

Poupemos as nossas crianças de comerciais de impacto negativo para a qualidade de vida e estimulemos com mais competência o exercício pleno da cidadania. Que saiam de cena os palhaços e retornem os educadores de verdade. Não precisamos de personagens ridículos nas nossas escolas, mas de exemplos concretos de compromisso com a infância e a adolescência.


UOL, Portal Imprensa, 25/05/2011
http://portalimprensa.uol.com.br/colunistas/colunas/2011/05/25/imprensa867.shtml

Publicidade infantil Não. O Blog joselitopedagogo apoia esse manifesto

Pelo fim da publicidade e da comunicação mercadológica dirigida ao público infantil.
Em defesa dos diretos da infância, da Justiça e da construção de um futuro mais solidário e sustentável para a sociedade brasileira, pessoas, organizações e entidades abaixo assinadas reafirmam a importância da proteção da criança frente aos apelos mercadológicos e pedem o fim das mensagens publicitárias dirigidas ao público infantil.
A criança é hipervulnerável. Ainda está em processo de desenvolvimento bio-físico e psíquico. Por isso, não possui a totalidade das habilidades necessárias para o desempenho de uma adequada interpretação crítica dos inúmeros apelos mercadológicos que lhe são especialmente dirigidos.
Consideramos que a publicidade de produtos e serviços dirigidos à criança deveria ser voltada aos seus pais ou responsáveis, estes sim, com condições muito mais favoráveis de análise e discernimento. Acreditamos que a utilização da criança como meio para a venda de qualquer produto ou serviço constitui prática antiética e abusiva, principalmente quando se sabe que 27 milhões de crianças brasileiras vivem em condição de miséria e dificilmente têm atendidos os desejos despertados pelo marketing.
A publicidade voltada à criança contribui para a disseminação de valores materialistas e para o aumento de problemas sociais como a obesidade infantil, erotização precoce, estresse familiar, violência pela apropriação indevida de produtos caros e alcoolismo precoce.
Acreditamos que o fim da publicidade dirigida ao público infantil será um marco importante na história de um país que quer honrar suas crianças.
Por tudo isso, pedimos, respeitosamente, àqueles que representam os Poderes da Nação que se comprometam com a infância brasileira e efetivamente promovam o fim da publicidade e da comunicação mercadológica voltada ao público menor de 12 anos de idade.
Para assinar, copie o link no seu navegador:
www.publicidadeinfantilnao.org.br
Fonte: Projeto Criança e Consumo

Exigências de raça e idade travam adoção de crianças

O Conselho Nacional de Justiça divulgou no início da madrugada desta quinta
Dados que iluminam o flagelo da política de adoção de crianças no Brasil.
Numa ponta do Cadastro Nacional de Adoção há 26.936 casais interessados em adotar. Na outra ponta, existem 4.900 crianças e adolescentes à espera de um lar.
Ou seja, o número de potenciais pais adotivos é cinco vezes maior que o de candidatos à adoção. Por que, então, os abrigos e orfanatos continuam apinhados?
A resposta está no detalhamento dos dados disponíveis no cadastro nacional, criado e administrado pelo CNJ.
Do total de casais que frequentam a fila da adoção, 9.842 (36,54%) declaram-se interessados em crianças brancas.
Apenas 571 casais (2,12% do total) manifestam preferência por crianças negras. Os que dizem aceitar crianças pardas somam 1.537 (5,71%) pardas.
Outros 9.083 pretendentes à adoção (33,72%) decararam-se indiferentes quanto à raça dos futuros filhos adotivos.
Juntos, os casais que manifestam preferência explícita por pardos e negros somam 7,82% do total.
O problema é que, das 4.900 crianças que aguardam por adoção, 2.272 (46,37%) são pardas e 916 (18,7%) são negras. Juntas, constituem a grossa maioria (65,07%).
Ostentam a pele branca apenas 1.657 crianças e adolescentes mantidos em orfanatos –ou 33,82% do total. Há, de resto, 29 crianças indígenas e 35 asiáticas.
Consdiderando-se que 33,72% dos casais dizem não se importar com a raça, o problema poderia ser atenuado. Há, porém, um segundo entrave: a faixa etária.

A maioria dos casais (58,95%) não admite a hipótese de adotar crianças com mais de três anos de idade. E a maioria delas tem mais de quatro anos.
Não é só: 22.341 casais (82,94% do total) torcem o nariz para a ideia de adotar grupos de irmãos, como prevê a lei.
O diabo é que, do total de crianças passíveis de adoção, 3.780 (77,15%) tem irmãos.
Quer dizer: se a criança tem mais de quatro anos é negra ou parda e convive com a infelicidade de dispor de irmãos, está como que condenada a não ser adotada.
Dito de outro modo: a resolução do problema depende de uma conjunção de fatores muito difícil de ser obtida.
Inclui a mudança de mentalidade dos casais, a agilização dos processos judiciais e flexibilização da lei que rege as adoções.
Em resumo, seria necessário que o país experimentasse um surto de bom senso. E sensatez, como se sabe, é matéria prima escassa.
Fonte: Folha Online – Por Josias de Souza

Você sabe a origem do horário de verão.

A prática de adiantar o relógio em uma hora foi instituída, pela primeira vez, em 1784 nos Estados Unidos. Benjamim Franklin queria que o país aproveitasse a luz natural durante os dias mais longos do ano. No entanto, a ideia não deu certo.
Foi em 1907, durante a Primeira Guerra Mundial, que a Alemanha adotou a mudança definitivamente, a partir desse momento, outros países também passaram a adotar a mesma prática.
No Brasil, o horário de verão foi instituído pela primeira vez no verão de 1931/1932, por Getúlio Vargas, mas também aconteceu de forma descontinuada. Finalmente, em 1985, a prática de adiantar os relógios em uma hora foi retomada por causa da queda do nível de água nos reservatórios das hidrelétricas. Após esse período, o horário de verão passou a ocorrer todos os anos.
Hoje, aproximadamente, 30 países utilizam o horário de verão em pelo menos parte de seu território, sendo mais presente na Europa, na maior parte da América do Norte e na Austrália.
A medida faz mais sentido nas regiões distantes da linha do Equador, já que durante a estação do verão os dias são mais longos e as noites mais curtas.
Nas regiões próximas ao Equador, o horário de verão traz poucos benefícios, pois os dias e as noites têm duração igual ao longo do ano.
Como funciona
Embora o nome faça menção a uma estação do ano, as datas de início e fim do horário de verão não são definidas pelos critérios astronômicos. Boa parte das porções continentais do planeta está no hemisfério Norte. Ali, o inverno costuma ser rigoroso e o Sol se põe bem cedo, levantando-se timidamente durante o dia. No verão, no entanto, ocorre o contrário e é comum ainda haver claridade por volta das 20 ou até 22 horas, por isso nesses lugares o horário de verão faz muita diferença.
O objetivo principal do horário de verão é a economia no consumo de energia, pois o período de luz natural é estendido durante o dia, ou seja, o Sol demora mais para se por. O Brasil atualmente é o único país equatorial do mundo que adota o horário de verão. Mas as razões não são apenas pela economia de energia elétrica.
Segundo o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), o Brasil adota o horário por segurança do sistema elétrico.
Durante os meses do verão, ocorre um aumento na demanda de energia, o que é especialmente percebido perto das 18h, horário em que a maioria das pessoas sai do trabalho ou da escola e retornam para casa, ligando as luzes, chuveiros, etc. O aumento repentino do consumo de energia pode impactar a estabilidade do sistema elétrico. Adiantando o relógio em uma hora, a iluminação pública não precisa ser ligada na mesma hora em que acontece o pico de consumo da hora em que as pessoas chegam a suas casas, causando, assim, menos impacto no sistema elétrico.
O horário de verão 2011/2012, que começou no dia 16 de outubro de 2011, vai acabar à 0h do terceiro domingo do mês de fevereiro de 2012, dia 19 de fevereiro. Isso significa que da noite de sábado, 18 de fevereiro, para domingo, 19 de fevereiro, deve-se atrasar o relógio em uma hora.
A determinação do começo e do fim do horário de verão está em um decreto assinado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva em 2008. Segundo esse decreto, o horário de verão terminará sempre a partir da 0h do terceiro domingo de fevereiro.
As Regiões brasileiras que adotam esse horário são: Centro-Oeste (Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Distrito Federal), Sudeste (Minas Gerais, Espírito Santo, São Paulo e Rio de Janeiro) e Sul (Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul).
Fonte: http://www.educacaoadventista.org.br

domingo, 16 de outubro de 2011

Uniforme- Você acha chato usar o uniforme? Leia e veja que ele tem um lado positivo!

O uniforme escolar é um item que proporciona grande praticidade para os alunos e economia para os pais. Com certeza, usar diferentes roupas a cada dia de aula é no mínimo, caro, devido ao desgaste. Fora isso, crianças e adolescentes numa certa idade sempre querem chamar a atenção dos colegas usando roupas diferentes e mais caras, desencadeando o consumismo.
A prática das escolas em estabelecer o uso da mesma roupa entre os alunos possui sua origem no exército, uma das primeiras instituições a adotar uma vestimenta única para todos os seus militares. Os uniformes escolares começaram a ser utilizados por volta de 1890 pelos estudantes da Escola Normal, responsável pela formação de professores. As escolas mais tradicionais passaram a adotar o uniforme, de fato, somente na década de 20. Já as demais, na década de 30.
Os uniformes foram criados para simbolizar as cores, o nome, a tradição e o símbolo da escola, desta forma, os alunos uniformizados deveriam manter um comportamento exemplar e zelar pela imagem das instituições, mesmo fora delas. Entre as décadas de 40 e 70, o uniforme de uma instituição conceituada era um símbolo de aceitação social, sendo o sonho de muitos alunos e pais. A partir da década de 90, as escolas, principalmente privadas, mudaram bastante os modelos de seus uniformes, fazendo roupas mais confortáveis e descoladas.
Atualmente, os uniformes não são tão prestigiados pelos alunos. De fato, essa padronização é importante. Primeiro porque evita que a sala de aula se transforme em um “desfile de modas”. Além disso, seu uso desenvolve nos alunos, um sentimento de pertencimento ao grupo, fundamental no desenvolvimento psicossocial das crianças.

A interação Família X Escola é a grande responsável pelo bom desempenho dos alunos

É essencial a participação da família no cotidiano escolar
Não há como analisar o desempenho do aluno sem levar em consideração que o mesmo é parte de um todo, ou seja, o seu perfil vai além dos portões da escola.
A princípio pode até parecer meio confuso, mas é preciso compreender que a criança é fruto de um histórico social e familiar.
As boas ou más ações são oriundas do reflexo proporcionado principalmente pela família. Neste caso, algumas medidas básicas contribuirão para o bom desempenho do discente em sua trajetória escolar. Entre elas destacam-se:
- O diálogo permanente por parte dos pais, demonstrando o interesse pela aquisição do conhecimento durante a permanência do filho no ambiente escolar, e o que é mais importante, ensinando-o a valorizá-la.
- Sugerir que o filho repasse os conhecimentos adquiridos para o pai ou a mãe, isso facilita uma melhor fixação dos conteúdos apreendidos.
- Acompanhar as tarefas diárias, incutindo a necessidade do cumprimento com as obrigações em tempo hábil, bem como a presença assídua na escola, caso contrário, as faltas comprometerão o rendimento.
- Estimular o conhecimento que ultrapassa os limites dos conteúdos trazidos pelo livro didático. Tal medida leva a criança à construção de seu próprio conhecimento, tornando-se um sujeito ativo frente às imposições geradas pela própria sociedade.
- Avaliar o grau de aprendizado competente para cada faixa etária, baseando-se nos seguintes parâmetros:
# Aos oito anos ele deve saber ler e escrever com facilidade.
#Aos dez anos deve saber somar, subtrair, multiplicar e dividir.
#Aos quatorze anos deve resolver uma equação de primeiro grau com duas variáveis (X e Y) e interpretar textos com diferentes opiniões.
- Incentivar a leitura, levando-o a ambientes como bibliotecas, mostras culturais, bienais e outros eventos que retratem esta importância.
Estes e outros procedimentos contribuirão para o bom desenvolvimento da criança que futuramente se transformará em um adulto mais seguro de si, mais apto a enfrentar os obstáculos que porventura a vida lhe proporcionar e mais crítico frente à sociedade a qual se encontra inserido.

Educadores podem contribuir com o processo de adaptação da criança na escola.

Uma das fases marcantes na vida da criança é a entrada na escola. O momento é tão novo para essa quanto para os pais que não estavam acostumados e verem seu filho no papel de aluno.
Quando se fala em uma fase tão nova como essa, pensa-se também no quanto o momento é difícil para a criança e para os pais. Por isso, é interessante que o professor proporcione um ambiente que transmita segurança ao aluno e confiança aos pais.
Atualmente, coordenadores e professores têm se preocupado em atenuar algumas dificuldades decorrentes da primeira separação da família. Como a escola é um contexto cheio de pessoas desconhecidas, especialistas apontam que o esforço do professor deve se concentrar em apresentar para a criança e para os pais que o ambiente é seguro.
Outra forma do professor estar contribuindo com o processo de adaptação da criança, consiste em manter a comunicação desde o início com os pais. Antes de planejar as atividades das primeiras semanas de aula, converse com os pais para conhecer o aluno, suas preferências, características. Especialistas afirmam ainda que essa comunicação pode ser orientada também à criança, no sentido do educador ser empático, observando o comportamento do aluno, e até mesmo perguntando sobre seus sentimentos, já que esse nem sempre consegue expressar o que está sentindo.
Outro aspecto para o qual especialistas chamam a atenção é quanto ao planejamento de atividades para as crianças de até quatro anos. Nessa faixa etária as crianças são egocêntricas, por isso o foco do professor deve estar em acolher a criança individualmente, uma vez que a integração desta ao grupo ocorre naturalmente, na proporção que ela se sente mais segura no novo ambiente.

Indisciplina pode estar relacionada ao método adotado em classe

Ao entrar em uma sala de aula, o professor se depara num universo com diferentes personalidades e, algumas vezes, enfrenta dificuldades para a realização da sua atividade. A indisciplina e o desinteresse dos alunos são problemas constantes durante as aulas.
A falta de planejamento das aulas, a utilização de metodologias inadequadas, ausência de técnicas e recursos, aulas tradicionais (baseadas na memorização), aulas monótonas, aulas distantes do cotidiano dos alunos, entre outros fatores, contribuem para a indisciplina dos educandos durante as aulas.
A ausência de planejamento por parte dos educadores pode ter como consequências aulas monótonas e desorganizadas, desencadeando o desinteresse dos alunos pelo conteúdo. Portanto, a indisciplina pode ser um reflexo da falta de um planejamento eficaz.
Antes de entrar em uma sala de aula e abordar determinado conteúdo, o professor deve realizar criteriosamente o planejamento da aula, utilizando metodologias diversificadas e compatíveis com os recursos didáticos disponíveis na escola.
Durante a realização do planejamento das aulas, deve haver uma flexibilidade do professor, analisando a metodologia mais eficaz para cada turma, abordando o conteúdo de forma criativa e crítica, proporcionado aos alunos relacionar a matéria estudada com a sociedade na qual estão inseridos.
Portanto, o bom planejamento das aulas aliado à utilização de novas metodologias (filmes, mapas, poesias, músicas, computador, jogos, aulas práticas, atividades dinâmicas, etc.) auxilia no processo de ensino-aprendizagem, tornado as aulas importantes para os estudantes e contribuindo para redução da indisciplina.
Postado por O MUNDO MAGICO às 12:23:00

Não deixe de ser professor.

Não tenho filhos, mas se tivesse faria de tudo para não deixar que se tornassem professores. É o que farei com meus sobrinhos”. Desta forma o educador Oscar Eduardo Magnusson resume o sentimento que acompanha os profissionais da categoria. Com salários desvalorizados, carga horária intensa em sala de aula e trabalho constante em casa, os professores estão cansados.

Resultado: cada vez menos gente procura uma formação na área. O panorama é desalentador e não há perspectiva de melhora em um curto espaço de tempo. Contudo, alguns especialistas analisam a situação por outro ângulo. Com a baixa procura pela profissão, a demanda por docentes seguirá alta. Uma perspectiva positiva em um horizonte obscuro.

Mapa do piso salarial: seis Estados ainda não pagam aos professores o valor determinado em lei; confira!

O desânimo dos profissionais da Educação, cujo rendimento médio mensal é o pior no País, segundo o relatório Professores do Brasil: Impasses e Desafios (realizado pela Unesco e pela Organização Internacional do Trabalho (OIT) em 2009), se reflete em uma procura cada vez menor por cursos de Pedagogia ou licenciaturas. O último Censo da Educação Superior, divulgado no ano passado, mostra que apenas a metade das vagas são preenchidas nas faculdades de Pedagogia. Consequentemente, a quantidade de formados vem caindo. Em 2005, cerca de 103 mil alunos concluíram o curso. Em 2009, esse número caiu para 52 mil. Nas licenciaturas, o cenário se repete: 77 mil formados em 2005, e 64 mil quatro anos depois.

Segundo o pedagogo Hamilton Werneck, nos últimos quatro anos foram fechados 200 cursos de Pedagogia no Brasil. “Soube recentemente que, no Maranhão, um professor deixou a função e foi ser bombeiro, cujo salário inicial é de R$ 2,5 mil. Prestará um inestimável serviço àquele Estado, no entanto, a Educação, por salários reduzidos, perdeu um profissional. A nova geração não quer mais ser professor”, afirma.

Trabalhando em quatro escolas diferentes, o professor de Português da rede pública e particular de Indaiatuba (SP) Oscar Eduardo Magnusson, citado no começo da matéria, já está cansado. “Depois de 20 anos lecionando, me arrependi de ter escolhido esta profissão. Não melhora nunca”, desabafa.

Futuro promissor?
Se a procura pelos cursos está baixa, a demanda por educadores deve ser alta. Para Tânia Cristina Arantes Macedo de Azevedo, diretora acadêmica da Fundação para o Vestibular da Universidade Estadual Paulista (Vunesp), o futuro acabará sendo promissor para aqueles que optarem pela carreira. “A perspectiva profissional do pedagogo é promissora, principalmente pela quantidade de concursos públicos abertos regularmente para a área da educação”, diz, complementando que acredita em uma melhora na oferta do setor público para atrair os profissionais.

Na Universidade Estadual Paulista (Unesp), o curso de Pedagogia teve 1.626 inscritos no exame de 2011, o que representa apenas 3,8 candidatos por vaga. Enquanto isso, na página da Vunesp, entre os concursos em andamento para a área da educação, há opções para prefeituras como as de Guaíra, São Bernardo do Campo, São Carlos e São José do Rio Preto, além da seleção para executivo público do Governo do Estado. “A demanda por professores é cada vez maior. Basta ver o número de escolas avaliadas pelo Saresp (Sistema de Avaliação de Rendimento Escolar do Estado de São Paulo), 8.736. O País só vai avançar por meio da educação”, fala Tânia.

Werneck concorda. “A carreira de pedagogia é promissora, pois o mercado deve precisar cada vez mais de profissionais. No entanto, o que é oferecido ainda não é atrativo”, afirma. Para o especialista em Educação, mesmo que o mercado sofra com a falta de profissionais, as ofertas de trabalho não deverão ser melhores. “Ou o Brasil faz uma grande revolução na Educação, que envolva currículos, programas, metodologias, salário e preocupação com o real aprendizado dos alunos, ou o salto econômico e social ficará prejudicado”, sentencia.

Fonte: http://noticias.terra.com.br
Mãos unidas em busca de respeito e amor ao próximo

No mundo moderno, as formas incentivadoras de consumismo para crianças e jovens, através dos veículos de comunicação, as mudanças nos valores das famílias e tantos outros problemas, tem causado maiores índices de violência, chegando estes a atingir o âmbito das instituições de ensino.
Frequentemente, podemos ver notícias de jornais relatando casos de violência contra professores, bulling (humilhar, intimidar, ofender, agredir física ou psicologicamente), vários outros modelos de abuso e agressão acometidos contra a comunidade escolar.
Diante disso, podemos citar o caso da professora de Santa Catarina, espancada por uma mãe de aluno em uma das maiores escolas públicas do Estado, tendo a mesma sofrido mais de vinte tapas e pontapés, em consequência de um sorteio de um chiclete e uma tatuagem, no qual a filha da agressora não fora contemplada.
A escola deve promover atividades e projetos que visem estruturar as relações humanas entre a comunidade que atende, criando uma relação vincular positiva com todos os funcionários da escola. Seguem algumas sugestões para isso:
Aproveitando o gancho do fato ocorrido, acolher os pais na volta às aulas oferecendo uma palestra sobre violência é um bom caminho para se iniciar o projeto.
Apresentar o regimento interno da instituição também é uma forma dos pais tomarem ciência das atitudes que são aceitas ou não dentro da escola, dos direitos e deveres de cada um no processo educativo, preparando-os para o direcionamento das orientações a serem dadas aos alunos.
Após a explanação do tema, propor algumas dinâmicas a fim de aproximar os participantes da reunião. Sugere-se que as mesmas envolvam casos de violência nas escolas, que podem acontecer tanto com professores como com os alunos, destacando que a prioridade é desenvolver um trabalho voltado para a pluralidade cultural, com o respeito sendo colocado como o principal instrumento entre as pessoas. Podem ser apresentadas através de teatro, paródias, mímicas, dentre outras.
É importante que a equipe de professores, os auxiliares, a coordenação e a direção estejam engajadas, participando ativamente do projeto, a fim de dar maior consistência ao mesmo, numa demonstração de preocupação com os problemas enfrentados na atualidade, e que envolvem limites.
A solidariedade é um valor relativo da não violência, que deve ser desenvolvida no âmbito escolar e aparecer nas mais simples formas, nos diálogos desde as classes de educação infantil até as turmas mais adiantadas e ensino médio, se a escola trabalhar com esse nível de educação.
Através da solidariedade o sujeito percebe que pode trocar experiência com o outro, aprende a respeitar as limitações dos seus companheiros bem como as suas próprias dificuldades, mas também identifica que pode contar com o apoio de alguém, caso necessite.
Outra forma de mobilizar a comunidade escolar é propondo uma caminhada pela paz. Organize um grupo de pais para ajudar na elaboração e confecção de faixas, cartazes, panfletos e frases a serem cantadas durante a passeata. Aceitar as ideias dos pais é mostrar o quanto são importantes na educação dos filhos, além de melhorar as relações de confiança dos mesmos com a escola.
As aulas de artes podem ser aproveitadas para a confecção de flores de papel crepom, que poderão ser distribuídas no dia 21 de setembro – Dia internacional da paz. A intenção da criação da data foi para que as pessoas não pensassem na paz, mas que lançassem alguma atitude para originar a paz.
O espírito da Paz e da Solidariedade deve estar presente durante a execução do projeto. Para isso, alguns itens devem ser considerados nas relações sociais da comunidade escolar, que poderão ser sugeridos através de cartazes afixados no pátio da escola, portão de acesso, banheiros, a fim de lembrar os principais conceitos que estão sendo trabalhados.
São eles: colocar-se no lugar do outro; promover o diálogo e a amizade; valorizar o que cada pessoa tem de positivo;
administrar os problemas com atitudes de respeito e gentileza; não se calar diante da injustiça; não responder a violência com violência; interessar-se pela comunidade; ajudar ao próximo; cultivar a esperança; exercitar o perdão; etc.
Fazer lanches rápidos ao final das aulas também é uma forma de tornar o ambiente escolar mais saudável, abrindo espaço para a integração das famílias. A escola não precisa arcar com toda a despesa, mas pode solicitar que cada aluno leve um prato de salgado, doces, sucos, chás, café e refrigerantes. Com isso, o volume dos mesmos torna-se suficiente para agradar as famílias. O lanche comunitário pode ser feito a cada quinze dias ou uma vez por mês, atendendo as expectativas de todos.
Um vídeo veiculado num site famoso pode ser exibido durante a realização dos eventos. O mesmo pode ser localizado através do nome de “Where is the Love?” e faz uma abordagem da violência no mundo, da guerra, de crianças sofrendo, soldados chorando, etc. É uma linda demonstração de amor ao próximo, onde os cantores questionam sobre a existência do amor, através de um rap.
Esse tipo de trabalho é importante, afinal, a paz não deve estar presente somente no âmbito escolar, mas sendo praticada por todos, ao longo da vida. É assim que se constrói um mundo melhor!
Por Jussara de Barros
Graduada em Pedagogia
http://webeescola.blogspot.com/2009/10/promovendo-paz-na-escola-sugestoes-de.html

O Saber.

O SABER

Claude Bernard, teórico positivista, pensava que o positivismo poderia ser empregado tanto nas ciências humanas quanto nas ciências naturais. Essas duas ciências são facilmente distinguidas uma da outra e ambas são complexas, principalmente em se tratando das ciências humanas.
Èmile Durkeihm, um dos pais do positivismo, considera os fatos humanos e sociais como “coisas” e afirmou que só conseguiríamos entendê-los através de observações e de experiências.
Submeter os fatos sociais e humanos a experimentações é ainda mais complicado, tendo em vista que há fatores variáveis. As ciências naturais dispõem de estudos precisos, com possível descoberta de uma causa-efeito dos fatos, podendo estabelecer regras, uma vez que as ações e reações observadas por meio de pesquisas são repetitivas. Já, nas ciências humanas, o homem tem suas preferências, opiniões, pontos de vista, enfim, ele é ativo, faz suas escolha, portanto, é imprevisível.
Além do mais, os fatores das ciências naturais não sofrem influências do observador, enquanto o homem pode agir de forma diferente mediante a presença de uma observação. Não se pode submeter os comportamentos humanos a cálculos nem regras. As reações humanas variam de acordo com inúmeras experiências cotidianas.
Portanto, os fatos humanos dificilmente se encaixam no conceito de “coisa” de Durkeihm, já que os homens têm a capacidade de pensar, agir e reagir, podendo controlar diversas situações, como fazem os atores.
O pesquisador também pode exercer sua influência sobre os objetos de estudo. Claude Bernard já dizia que o observador não deveria ter idéia alguma preconcebida, devendo permanecer passivo, “submeter-se a suas decisões” pois tem uma objetividade na pesquisa. Entretanto, diante de fatos sociais, o observador não pode apagar-se da mesma maneira. Ele possui valores, preferências, inclinações e interesses diante desses fatos subjetivos.
A construção de saber nas ciências humanas tem uma medida do verdadeiro que difere nas ciências naturais. Devido à capacidade de “atuar” tanto dos pesquisadores como de seus objetos de estudo o saber adquirido pode variar.
Em se tratando de fatos humanos, subjetivos, o máximo que se pode estabelecer são tendências, estimativas. Como dizem os autores do livro A Construção do Saber, Christian Laville e Jean Dionne:
“… em ciências humanas se deve escolher em função de conhecimentos que não são nem exclusivos nem absolutos, que, no melhor dos casos, podem ser chamadas de teorias…”.
Em ciências naturais, é possível fazer uma generalização dos resultados e estabelecer leis. Em ciências humanas, o saber alcançado só é válido se com a repetição da experiência forem alcançados os mesmos resultados nas mesmas condições. Diz-nos Laville e Dionne:
“… o verdadeiro em ciências humanas, apenas pode ser um verdadeiro relativo e provisório”.
A construção do saber em ciências humanas é ainda mais subjetiva e relativa, pois não é possível definir em medidas, nem quantificar esses fatos. A exatidão é algo impossível ao se ter como objeto de estudos as relações humanas.
Tão logo quiseram aplicar a teoria positivista no domínio humano, o positivismo se enfraqueceu, já que essa teoria era muito interveniente, incapaz de atingir o saber esperado.
O positivismo foi colocado em questão também pelas ciências naturais, a qual se sentia limitada sob a visão positivista. As ciências naturais também revisaram o empirismo. A teoria fora admitida como forma de adquirir e repassar o conhecimento,
“ainda que possivelmente provisória, e se reconhece que outras verificações poderão, mais tarde, assegurar-lhe maior validade”.
O pesquisador imprime em suas pesquisas seus próprios pontos de vista. É ele quem a determina, define e orienta.
As ciências exatas têm um complexo de superioridade, no entanto, exige o apoio das ciências sociais.
O pesquisador tem consciência de que é ele o responsável pelas observações. A subjetividade do pesquisador deve ser racional e controlada, definindo subjetividade relacionada mais ao sujeito do pesquisador do que ao objeto da pesquisa.
Já a intersubjetividade é o fato de os saberes serem considerados mais objetivos pelos pesquisadores, assim, se tornando mais objetivo e mais válido.
As ciências humanas hoje estudadas nasceram no fim do século XIX e foram aperfeiçoadas no início do século XX sob os modelos das ciências naturais e do positivismo. Tanto as ciências naturais quanto às humanas preocupam-se em centrar o estudo com o objetivo de compreender problemas específicos, assegurar a validade da aquisição do saber e eliminar obstáculos que possam prejudicar o entendimento.
A compreensão tenta superar os problemas para solucioná-los. Toma-se cuidado para não reduzir nem deformar o objeto de estudo, apenas compreendendo a pesquisa.
O pesquisador ainda tem consciência de que as compreensões produzidas são compreensões relativas. A escolha e a interpretação feitas pelo pesquisador são fundamentais para o sucesso da pesquisa.
Para os positivistas, o conhecimento adquirido tem seu valor principalmente sobre a experiência e a observação. O positivismo aprecia números, exatidão, o que nem sempre é permitido, devido à complexidade dos objetos a serem estudados.
A multidisciplinaridade aborda os problemas pesquisados sob os estudos de diversas disciplinas, para resolvê-los mais rapidamente. Um número maior de técnicas empregadas para resolver os problemas pode ampliar a solução dos fatos mais complexos do campo humano.
Nas últimas décadas, as ciências humanas se distanciaram do positivismo e elaboraram um novo caminho para a construção do saber. O pesquisador sabe que sua hipótese não é a única nem a mais válida. Seu ponto de vista não é absoluto. O método de pesquisa foi alterado e a cada dia sofre alterações para se alcançar cada vez mais, em números e qualidade, o alimento mais apreciado e mais rico da mente humana: o saber.
BIBLIOGRAFIA
LAVILLE, Christian e DIONNE, Jean. A construção do Saber. Porto Alegre: Editora UFMG, 1999.
Autor: Érica Nunes Andrade

Link para download do livro

http://www.megaupload.com/?d=YMNRME3K

Os erros como consertá-lo

O professor não pode simplesmente “corrigir” estes “erros” e menos ainda avaliar seus alunos por eles. Tem sim, que considerá-los e buscar novas atividades para que a médio e longo prazo as crianças elaborem as generalizações cabíveis.
Concepções extraídas da Proposta Curricular para o Ensino de Língua Portuguesa
Secretaria do Estado de São Paulo
Sugestões para facilitar esse processo:
• preparar as aulas cuidadosamente, procurando nas atividades escritas, antecipar-se aos alunos, escrevendo as formas convencionais na lousa.
• procurar montar atividades em que apareçam as palavras problemas, tais como leituras e reconstrução do texto dos alunos.
• sistematizar intensas exposições prévias dos alunos a situações de linguagem e de vida em conversações, dramatizações, relatos, reconstruções dos próprios textos, bem como acesso a instrumentos como: jornais, revistas, livros etc.
• exercitar o domínio da norma culta da linguagem, sem desvalorizar a do aluno, como uma nova forma que a criança pode dispor para certos fins, acostumando-as a compará-las: como fala o pedreiro, a professora, e a utilizá-las em situações diferentes( formais ou coloquiais ), ou ainda a encontrar essas variantes em fala de personagens de textos, etc.
• deixar as crianças bem à vontade para que elas não tenham medo de perguntar como se escreve e saibam que as grafias incorretas não derivam de insuficiências delas.