domingo, 10 de março de 2013

A História no Ensino Fundamental

por : IngridMarise

Autor : ARRUDA, José Jobson de A

Publicado em: novembro 21, 2007

  A História no Ensino Fundamental
Nem sempre está claro para os educadores por que a história faz parte do currículo escolar e qual a importância da sua aprendizagem na formação do jovem.

Na intenção de auxilio o professor na reflexão sobre os pressupostos históricos e pedagógicos de concepções de ensino e sobre as abordagens e conteúdos selecionados para os estudos escolares.
O prime rio teve inicio na primeria metade do século XIX, com a introdução da área no currículo escolar. Após a independência, com a preocupação de criar “a história nacional”. O segundo momento ocorreu a partir das décadas de 30 e 40 deste século, orientado por uma política nacional e desenvolvimentista. A história com prevalência para o estudo do espaço do Oriente Médio, berço do monoteísmo, e da Antiguidade clássica grega e romana. As narrativas morais sobre a vida dos santos foram substituídas por ações realizadas por heróis considerados construtores da nação, especialmente governantes e clérigos. Os acontecimentos históricos ensinados iniciavam com a história portuguesa a sucessão de reis em Portugal e seus respectivos governos.
A premeria proposta de História do Brasil elaborada pelo instituto e que repercutiu no ensino de História destacava a contribuição do branco, do negro e do índio na constituição da população
brasileira. Outros desejavam introduzir um currículo mais cientifico, mais técnico e pratico começaram a sugir criticas á redução da História a uma classificação cronológica de dinastias ou a uma catalogo de notáveis dos dois reinados. Colocando os pais na rota do progresso e da civilização. A periodização, ainda construída com base no currículo francês, continuou a privilegiar o estudo da Antiguidade do Egito e da Mesopotâmia. Esperava-se que o estudante recebesse uma formação moral cristã atrelada a uma consciência patriótica, sustentada na ideologia da ciência, do progresso e da ordem.
Nesse contexto, a História geral e do Brasil foram entregadas em uma única área, História da civilização. Permanecia a identidade do Brasil com a civilização européia e enfatizava-se contraditoriamente, a população brasileira como mestiça. Na década de 30, tornou-se
vitoriosa a tese da “democracia racial” expressa em programas e livros didáticos de ensino de História. O povo brasileiro era estudado como descendente de brancos português, índios e negros.
A partir de 1942, o ensino secundário
passou por novas reformas conduzidas pelo ministro Gustavo Capanema. A formação docente foi sendo igualmente estruturada, alem da formação de pesquisadores, da profissionalização do magistério. A História passou a ser novamente objeto de debates quanto ás suas finalidades e relevância na formação político dos alunos.
Nas décadas de 50 e 60 o ensino de História voltou-se especialmente para as temáticas econômicas.
Como no caso da produção didática chamada História nova, do inicio dos anos 60, com estudos baseados nos modos de produção, sob a influencia da historiografia marxista, que enfatizava transformações econômicas e conflitos entra as classes sociais, contrariamente a História que valorizava o político e a trajetória vitoriosa da classe burguesa na consolidação harmoniosa do mundo moderno.
A política educacional após 1945 foi marcada  por um prolongado debate sobre a educação nacional, que resultou, em 1961, na
lei 4.024, de diretrizes e bases da LDB.
Principalmente a partir da Lei n° 5.692/71, ao lado da educação moral  e cívica ( EMC) e da organização social e política Brasileira ( OSPB), os estudos sociais esvaziaram, diluíram e despolitizaram os conteúdos de História  e de Geografia e, novamente, foram valorizados conteúdos e abordagens de um nacionalismo de caráter ufanista, agora destinados a justificar o projeto nacional do governo militar após 1964.
Os meta dos tradicionais de ensino memorização passou a ser questionadas com maior ênfase. Os conteúdos carregados de ideologias, os testes ou exercícios sem exigências de nenhum raciocínio foram apontados como comprometedores de qualquer avanço no campo curricular formal.
Essas novas percepções, hoje desenvolvidas por docentes e pesquisadores, têm levado a reflexões profundas quanto á interação entre teoria e pratica no espaço escolar e ás relações estabelecidas entre o currículo formal elaborado por especialistas e instituições e o currículo real que, efetivamente, se concretiza na escola e na sala de aula.

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