domingo, 29 de abril de 2018


3 dicas para lidar de forma positiva com os conflitos escolares
A escola é um espaço de socialização por excelência, que possibilita a crianças e adolescentes o encontro com um universo diverso do ambiente familiar. Justamente pela diversidade de estilos, culturas e valores a escola também se caracteriza como um espaço de conflitos. Aprender a lidar com eles de forma positiva é essencial para o desenvolvimento de relacionamentos saudáveis e de um ambiente escolar sustentável.
O senso comum nos leva a perceber o conflito como sinônimo de problema, afinal, ele incomoda e desestabiliza relacionamentos.  Contudo, os conflitos em si não são bons ou ruins, apenas naturais da condição humana. Percebemos o mundo de uma forma única e por isso temos divergências quanto às nossas ideias e opiniões. Quanto maior a diversidade, mais conflitos existirão – e isso é normal.
A questão é: como lidamos com os conflitos?

1. Troque as lentes
Quando enxergamos o conflito como algo negativo, reagimos a ele com negação, fuga ou violência – seja ela verbal, física ou psicológica. Nessa abordagem, o outro é visto como um adversário, que deve ser vencido. Há pouca cooperação e espaço para o diálogo.
Já quando percebemos o conflito como algo positivo, reagimos a ele de forma construtiva. Por mais que incomodem, as divergências abrem portas para que mudanças sejam construídas e relacionamentos fortalecidos. Os conflitos funcionam como alavanca para aperfeiçoar a cooperação, o diálogo e o ambiente de convívio.
2. Envolva a comunidade estudantil na criação de normas e na solução dos conflitos
Quanto maior a identificação com uma causa, mais nos responsabilizamos e contribuímos para sua efetivação. Crianças e adolescentes têm necessidade de se sentirem pertencentes a algo. Sendo assim, para que um sistema de regras de convivência na escola seja efetivo, é preciso incluir os estudantes no processo de criação das normas. Em uma próxima situação de conflitos, tente envolver a turma na criação de uma solução e analise se o cumprimento do acordo foi mais efetivo.
3. Aprenda a prevenir, gerir e resolver conflitos
Nem todas as divergências podem ser resolvidas e entender isso é fundamental. Para os conflitos latentes, que estão na iminência de ocorrer, a estratégia é a prevenção. Um exemplo são os trabalhos que envolvem a conscientização e ações estratégicas relacionadas à prevenção do bullying na escola.
Há conflitos, por sua vez, que não são solucionáveis, uma vez que é impossível extinguir os motivos que lhes deram causa. Os conflitos decorrentes da diferença de gerações são um exemplo, uma vez que é impossível dissolver a diferença de idade. Sendo assim, é necessário desenvolver estratégias criativas para gerenciar tais divergências. Por exemplo, criar espaços de troca de experiências, para que educadores e alunos conheçam a realidade uns dos outros.
Por fim, há conflitos que podem ser resolvidos. Para estes é necessário envolver todas as partes relacionadas para que, através do diálogo, possam compreender a situação, construindo soluções em cooperação. Assim, os estudantes desenvolvem uma noção de responsabilidade e respeito ao lidarem com suas relações sociais.
Texto escrito por Anelice Teixeira

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