domingo, 29 de abril de 2018


ROTEIRO COMENTADO DE ELABORAÇÃO DO PLANO DE AULA

Escola Municipal ....
Professora:________________________________________________________________
Série:______             Turma: ______             Turno: Tarde            Data: ___/___/2007
Aluno-estagiário:  _______________________________________________  Nº _________

ÁREAS DO CONHECIMENTO:
Verifique qual ou quais áreas do conhecimento (eixos) será trabalhado em sua aula.

CONTEÚDO/ASSUNTO:
Cite o tema da aula a ser desenvolvido de forma interdisciplinar.

OBJETIVOS:
É a descrição clara do que se pretende alcançar como resultado da nossa atividade. Os objetivos nascem da própria situação: da comunidade, da família, da escola, da disciplina, do professor e principalmente do aluno. Os objetivos, portanto, são sempre do aluno e para o aluno.
Os objetivos específicos são proposições referentes às mudanças comportamentais esperadas para um determinado grupo-classe.
Para manter a coerência interna do trabalho de uma escola, o primeiro cuidado será o de selecionar os objetivos específicos que tenham correspondência com os objetivos gerais das áreas de estudo que, por sua vez, devem estar coerentes com os objetivos educacionais do planejamento de currículo. E os objetivos educacionais, conseqüentemente, devem estar coerentes com a linha de pensamento da entidade à qual o plano se destina.
Dicas:
Partindo dos conteúdos, redigirá os objetivos específicos, ou seja, os resultados a obter do processo de construção de conhecimentos, conceitos, habilidades.
Na redação, o professor transformará tópicos das unidades numa proposição (afirmação) que expresse o resultado esperado e que deve ser atingido por todos os alunos ao término daquela aula.
Os resultados são conhecimentos (conceitos, fatos, princípios, teorias, interpretações, idéias organizadas, etc.) e habilidades (o que deve aprender para desenvolver suas capacidades intelectuais, motoras, afetivas, artísticas, etc.)
Na redação dos objetivos específicos, o professor deve indicar também as atitudes e convicções em relação à matéria, ao estudo, ao relacionamento humano, à realidade social (atitude científica, consciência crítica, responsabilidade, solidariedade, etc.)
Devem ser redigidos com clareza, ser realistas, corresponder à capacidade de assimilação dos alunos, conforme seu nível de desenvolvimento mental e sua idade. Consulte a lista de verbos e a taxionomia de Bloom para facilitar a redação dos objetivos. Uma aula deve ter vários níveis de aprendizagem, desde conceitos mais elementares aos mais elaborados, tendo em vista a prática social.

 
PROCEDIMENTOS (Introdução, desenvolvimento, fechamento)

Introdução:

  • O professor-estagiário inicia o relacionamento com seus alunos, apresentando-se.
  • A introdução de uma aula pode ser feita de várias maneiras, por exemplo:
    • Apresentar de uma situação-problema: o professor coloca um desafio frente aos alunos, para excitar sua curiosidade, incita-lhes a pensar, a procurar a solução. O problema pode ser apresentado como uma pergunta, como uma afirmação a ser constatada, como um caso de estudo, como um paradoxo, etc.
    • Uma dinâmica de motivação que tenha relação com o tema a ser estudado, ou que sirva de base para o início da discussão do assunto da aula.
    • Uma revisão da aula anterior  e apresentação de uma música, poema, texto de literatura interessante, uma charge, sátira, charadas. Pode ser utilizados imagens, desenhos, vídeos, dramatizações, etc.
    • Partindo dos conhecimentos que o aluno possui, ou seja, faz um levantando sobre as curiosidades, dúvidas e as certezas que os alunos tem sobre o tema proposto. É um diagnóstico da realidade social ou do contexto do tema que será desenvolvido na aula.
Desenvolvimento:
  • Se você iniciou com a metodologia da problematização os próximos passos são:
    • Pesquisa conjunta da solução: os alunos, desafiados pelo problema, procuram a solução. Para isso, o professor lhes orienta no uso de técnicas variáveis de pesquisa (biblioteca, entrevista, dados estatísticos, correspondência, laboratório, debates, discussões, etc.). O trabalho é fundamentalmente dos alunos, preferivelmente em grupos.
    • Teorização: as descobertas dos alunos necessitam ser organizadas e explicadas. Só assim poderá haver transferência e generalização da aprendizagem. De fato, aprender fatos não é ainda aprender. As observações devem ser levantadas ao nível da teoria. Esta é uma responsabilidade do professor, no sentido de ajudar os alunos a criar modelos ou estruturas, nas quais aparecem as principais variáveis do problema e suas relações recíprocas.
  • Se você iniciou com dinâmicas ou utilizando um recurso tecnológico:
    • A função agora é articularem objetivos e conteúdos com métodos e procedimentos de ensino que provoquem a atividade mental e prática dos alunos. O professor apresenta o conteúdo novo/continuação de temas já estudados, com vistas à construção do conhecimento por parte do aluno, podendo ser organizada atividades de resolução de situações problemas, trabalhos de elaboração mental, discussões, resolução de exercícios, aplicação de conhecimentos e habilidades em situações distintas das trabalhadas em classe, etc.
    • O professor, ao organizar as condições favoráveis à aprendizagem, utiliza meio ou modos organizados de ação, conhecidos como técnicas de ensino. As técnicas de ensino são maneiras particulares de organizar a atividade dos alunos no processo de aprendizagem.
    • Ao planejar os procedimentos de ensino, não é suficiente fazer uma listagem de técnicas que serão utilizadas, como aula expositiva, trabalho dirigido, excursão, trabalham em grupo, etc. Devemos prever como utilizar o conteúdo selecionado para atingir os objetivos propostos. As técnicas estão incluídas nessa descrição. Os procedimentos têm uma abrangência bem mais ampla, pois envolvem todos os passos do desenvolvimento da atividade de ensino propriamente dita. Os procedimentos de ensino selecionados pelo professor devem:
      • Ser diversificados;
      • Estar coerentes com os objetivos propostos e com o tipo de aprendizagem previsto nos objetivos;
      • Adequar-se às necessidades dos alunos;
      • Servir de estímulo à participação do aluno no que se refere às descobertas;
      • Apresentar desafios.
Fechamento
  • Se você iniciou com a metodologia da problematização o próximo passo é:
    • Após a discussão dos pontos chaves aprendidos inicia-se a aplicação: Os alunos testam, contra a realidade, a validade do que foi aprendido, ou seja, volta a sua realidade para utilizar os conceitos aprendidos no dia-a-dia, com pequenas atitudes, na escola, na casa, na comunidade... É o verdadeiro processo de transformação social. Aí reinicia-se o ciclo, passando a outra situação-problema, que incorpore o já aprendido como um dado a mais.
  • Se você iniciou com dinâmicas ou utilizando um recurso tecnológico:
    • É o momento em que o professor retoma os pontos principais que estabeleceu nos objetivos da aula, ou seja, revisa, revê com os alunos o que foi discutido, as principais idéias da aula, relacionando com o contexto, com o cotidiano do aluno, procurando relacionar com a aplicação do tema proposto, reforçando as principais idéias. Esta atividade é aquele diálogo que fecha, por ora, o tema da aula. O aluno é capaz de compreender o que foi discutido e apresentar seus conhecimentos sobre o tema abordado, através de atitudes na vida real ou como pré-requisito para novas aprendizagens, assim como faz a relação interdisciplinar do tema. Este momento leva a consolidação criativa com base nos conhecimentos anteriores. É o que chamamos de práxis.

ATIVIDADES:

  • Podem ser descritas durante o item desenvolvimento ou neste campo.
  • Lembre-se de fazer enunciados contextualizados em todas as atividades!
  • Você deve anexar uma cópia de todas as atividades (textos, exercícios, orientações, etc.) ao plano de aula, para o professor da turma e o professor de prática de ensino acompanhar o que foi proposto.

AVALIAÇÃO:
o   Avaliação é o processo pelo qual se determina o grau e a quantidade de resultados alcançados em relação aos objetivos, considerando o contexto das condições em que o trabalho foi desenvolvido.
o   No planejamento da avaliação é importante considerar a necessidade de:
o   Avaliar continuamente o desenvolvimento do aluno.
o   Selecionar situações de avaliação diversificadas, coerentes com os objetivos propostos.
o   Você deve descrever como acompanhará a aprendizagem dos alunos, quais as formas e como será feito o registro se necessário.


RECURSOS:
Exemplos: álbum seriado, cartão-relâmpago, cartaz, ensino por fichas, estudo dirigido, flanelógrafo, gráficos, história em quadrinhos, ilustrações, jogos, jornal, livro didático, mapas, globos, modelos, mural, peça teatral, quadro-de-giz, quadro de pregas, sucata, textos, terrário, aquário, maquetes, equipamentos esportivos, computador, vídeo, dvd, cd, internet, sites, correio eletrônico, softwares, rádio, slide, TV, transparências para retroprojetor, etc.

REFERENCIAS:

É lista dos livros, jornais, cds, dvds, e outros tipos de materiais utilizados para a aula, dentro das normas da ABNT.


METODOLOGIA DA PEDAGOGIA  HISTÓRICO-CRÍTICA

1º passo:  PRÁTICA SOCIAL INICIAL:

nIniciar as atividades apresentando aos alunos os objetivos, os tópicos e subtópicos da unidade que se pretende estudar, e em seguida, dialogar com os alunos sobre os mesmos,

nOs alunos mostram sua vivência do conteúdo, isto é, o que já sabem sobre o tema a ser trabalhado e perguntam tudo que gostariam de saber sobre o novo assunto em pauta, e tudo será anotado pelo professor.

nA prática social inicial pode ser feita como um todo no início da unidade e retomada, em seus aspectos específicos, a cada aula, conforme o conteúdo a ser trabalhado. Ou, a cada aula, o professor destaca a prática social específica do conteúdo que vai trabalhar naquele dia.

2º passo:  PROBLEMATIZAÇÃO:
nIdentificar os principais problemas postos pela prática e pelo conteúdo curricular, seguindo-se uma discussão sobre eles, a partir daquilo que os alunos já conhecem;

nExplicar que o conhecimento (conteúdo) vai ser construído (trabalhado) nas dimensões conceitual, científica, social, histórica, econômica, política, estética, religiosa, ideológica, etc., transformadas em questões problematizadoras.

3º passo: INSTRUMENTALIZAÇÃO:

nÉ a apresentação sistemático-dialógica do conteúdo científico, contrastando-o com o cotidiano e respondendo às perguntas das diversas dimensões propostas. É o exercício didático da relação sujeito-objeto pela ação do aluno e mediação do professor. É o momento da efetiva construção do novo conhecimento.

4ºpasso: CATARSE:

nRepresenta a síntese do aluno, sua nova postura mental; a demonstração do novo grau de conhecimento a que chegou, expresso pela avaliação espontânea ou formal.

5° passo:  PRÁTICA SOCIAL FINAL:

nÉ a manifestação da nova atitude prática do educando em relação ao conteúdo aprendido, bem como do compromisso em pôr em execução o novo conhecimento. É a fase das intenções e propostas de ações dos alunos.


ORIENTAÇÕES:

  • O aluno-estagiário deverá entregar para o professor de Prática de Ensino, na apresentação de sua aula:
    • Plano de aula, se manuscrito em ficha didática ou papel almaço pautado; se digitado, no papel A4 (letra arial 10 a 12, espaço entrelinhas simples)
    • Anexar todas as atividades a serem realizadas, inclusive letras de músicas, poemas etc.
    • Levar o material didático a ser utilizado: crachá, cartazes, imagens, fichas, etc. elaborados segundo as orientações da comunicação gráfica (texto do 1º ano)
  • É de responsabilidade do aluno-estagiário a elaboração do plano de aula, podendo utilizar livros didáticos disponíveis na biblioteca da escola e outros recursos, por este motivo está sendo destinado tempo na carga horária de prática de ensino para elaboração destes recursos, entregues dentro da norma da ABNT e com capricho.
  • Lembre-se: a prática de ensino é uma disciplina que visa demonstrar a sua formação profissional, cabe a cada estudante procurar se aprofundar no referencial teórico que embase o tipo de profissional no qual deseja ser e que o curso exige.
o   Critério principal de avaliação:
o   O planejamento está bem organizado, claro e objetivo, estabelece os procedimentos da ação docente (introdução, desenvolvimento e fechamento) na aula. Prevêem recursos didáticos, atividades para os alunos e formas de avaliação. Está completo, de tal forma que o leitor compreenda exatamente como será cada passo da aula e as atividades que serão propostas.
o   O material utilizado durante a ação docente é ótimo para o tema proposto e atingiu plenamente os objetivos estabelecidos, sendo bem explorado durante a ação docente.
o   O desempenho do aluno-estagiário durante a ação docente foi ótimo, apresentando segurança e domínio do conteúdo trabalhado, com ótimo relacionamento com os alunos. Teve domínio de classe, organizando as atividades e a participação dos alunos.
o   A aula foi introduzida com criatividade, mobilizando o interesse da turma e fazendo ligação com conceitos básicos do tema a ser estudado. A construção do conhecimento foi realizada a partir da contextualização do tema, envolvendo o cotidiano dos alunos, apresentando uma estrutura lógica e própria para idade das crianças. O aluno-estagiário retoma os pontos principais da aula, deixando claro o conceito básico, levando os alunos a perceberem a sua relação com o seu cotidiano/prática social. Questiona e observa os alunos durante as atividades, avaliando o seu grau de entendimento, levando-os interpretarem, refletirem, pesquisarem... Propõe atividades práticas, exercícios e/ou produções escrito-orais na aula.

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