sábado, 19 de janeiro de 2013

PSICOLINGUÍSTICA

A comunicação não ocorre somente através de palavras escritas ou faladas. Ela acontece mediante toda e qualquer convenção pré-definida pelas partes que se comunicam. Assim, um símbolo, um sinal, um conjunto de cores ou mesmo gestos são formas de comunicação. O surgimento do pensamento verbal e da linguagem como sistemas de signos é um momento importantíssimo no desenvolvimento da espécie humana.

Sabemos que o processo de aquisição da linguagem passa por vários níveis. Desse modo, verificamos que na criança pequena existe uma fase pré-verbal no desenvolvimento do pensamento e uma fase pré-intelectual no desenvolvimento da linguagem. Antes mesmo de dominar a linguagem, a criança demonstra capacidade de resolver problemas práticos, de utilizar instrumentos e meios indiretos para conseguir seus objetivos. O choro, o riso, o balbucio têm clara função de alívio emocional, mas também servem como meio de contato social, comunicação difusa com outras pessoas.

Quando os processos de desenvolvimento do pensamento e da linguagem se unem, surge então o pensamento verbal e a linguagem racional. O ser humano passa a ter a possibilidade de funcionamento psicológico mais sofisticado, mediado pelo sistema simbólico da linguagem.

FASE DA LINGUAGEM

O desenvolvimento da linguagem depende da cultura em que o indivíduo está inserido, desde a gestação, ocorre as primeiras experiências de comunicação, pois é comprovado que os bebês tem competências auditivas ligadas a ritmicidade.

A primeira comunicação que o bebê produz é Pré-Verbal, através do choro o bebê se comunica com o mundo e partir do primeiro mês ela começa a perceber a diferença entre instintivo e involuntário e partir disto vai ficando mais enérgico a medida que se vão intensificando as necessidades do bebê. A mãe nos primeiros meses já consegue diferenciar os três tipos de choro: fome, dor, prazer. O bebê nessa fase ele ainda não consegue separar como se dão essas frustrações e é a partir disto que ela começa a diferenciar, a mãe aos poucos vai internalizando e diferenciando os diferentes tipos de choro, ou quando a criança está muito estimulada ela pode chorar (choro de prazer), a fala funciona como uma descarga emocional e o choro é o mesmo.

A Lalação (chilreio, balbucio), ao brincar com o corpo, a criança movimenta os órgãos da fala, produzidos sons diferenciados e aos poucos ela vai repetindo as palavras monossílabas que os adultos atribuem significados, por exemplo: mama – mamãe ou deira – mamadeira, e por volta dos 12 aos 20 meses, surgem as primeiras palavras com valor de mensagem completa.

A linguagem por gestos, desenvolve junto com a linguagem verbal, no qual tem por objetivo acompanhar, apoiar e tornar mais compreensível as insuficiências do discurso verbal da criança, essa fase da linguagem tem bastante a ver com a cultura onde a criança está inserida, a forma como aprende-se comunicar.

A Influência do meio familiar tem forte influência no desenvolvimento da linguagem, e a entrada precoce de crianças em escola favorece um estímulo maior na fala.

A partir dos anos em diante, seu vocabulário e repertório de palavras aumentam (monossílabas, trissílabas, e assim vai aprimorando), vale lembrar que não é só importante verificar seu vocabulário, mas também sua maturidade neurológica.

Os fatores que influenciam na linguagem são: biológicos, psicológicos e sociais.

É esperado que dos zero aos três meses, o desenvolvimento da linguagem da criança seja: vocalizações (repetições vogais e sons guturais) não linguísticas, sorriso reflexo, apresenta movimentos corporais bruscos ou acorda ao ouvir estímulos sonoro, aquieta-se com a voz da mãe e procura fonte sonora com movimentos oculares. Dos três aos seis meses, as vocalizações começam a adquirir algumas características de linguagem, entonação, ritmo e etc. Já dos seis aos nove meses, a criança consegue localizar diretamente a fonte sonora lateralmente e indiretamente para baixo, responde quando é chamada, repete sons para escutá-las...

Aos doze meses, compreende algumas palavras familiares, compreende ordens simples, usa gestos indicativos, agrupa sons e sílabas repetidas a vontade... Dos doze aos dezoito, crescimento quantitativo de compreensão e produção de palavras, identifica objetos familiares através de nomeação, já consegue identificar parte do corpo em si mesma, repete palavras familiares, tenta contar utiliza-se de palavra-frase, etc.

A criança dos dezoito aos vinte e quatro meses, localiza fonte sonora em todas as direções, presta atenção e compreende estórias, identifica parte do corpo no outro, inicia o uso de frases simples, usa gestos representantes, usa o próprio nome. Dois a três anos de idade, iniciam-se sequências de três elementos, aponta gravura de objeto familiar descrito por seu uso, aponta cores primárias quando nomeadas, compreende o “onde?” “como?” pergunta o que?, nomeia ações representadas por figuras, refere-se a si mesma em 3ª pessoa, constitui frases gramatical simples... Espera-se que a criança até aos cinco anos de idade tenha o domínio de todos os fonemas da língua.

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