domingo, 8 de outubro de 2017


Por G1, São Paulo.
22/05/2017 10h37  Atualizado 22/05/2017 12h09

Como lidar com a dependência do celular?
A dependência do celular aumenta o risco de depressão, ansiedade e estresse. Também aumenta os casos de miopia.
Quantas vezes você chega o seu celular? Pesquisas mostram que a maioria das pessoas dá, em média, 150 olhadinhas por dia. Ou seja, mais de seis vezes por hora! E se a bateria acaba? O psicólogo Cristiano Nabuco explicou no Bem Estar desta segunda-feira (22) porque tanta gente fica desesperada sem celular. Como usar o celular sem se desconectar da saúde? Veja as dicas do psiquiatra Daniel Spritzer.
A dependência do celular aumenta o risco de depressão, ansiedade e estresse. Também aumenta os casos de miopia. Segundo o psicólogo, estudos americanos mostram que jovens que usam muito as redes sociais perdem a capacidade de comunicação cara-a-cara porque ficam pouco treinados para isso.
Os especialistas fazem um alerta aos pais que deixam as crianças brincarem com o celular. Os aparelhos substituem a interação pessoal e isso atrapalha o desenvolvimento da linguagem porque menos áreas cerebrais serão desenvolvidas. A partir dos 12, 13 anos, o adolescente pode ter seu próprio aparelho, mas a vigilância deve ser constante até os 21 anos, quando o cérebro está totalmente formado e o jovem tem a capacidade do autocontrole.
Fique atento aos sinais de dependência. O principal sinal é o prejuízo, seja no âmbito escolar, do trabalho, da saúde, dos relacionamentos e até do sono. Fique atento outros pontos: quando mexer no aparelho passa a ser prioridade, quando alguém reclama que você fica muito tempo conectado, irritabilidade quando o acesso está restrito.
Além da dependência, o uso exagerado do celular pode trazer consequências físicas. A coluna pode ficar torta, os olhos secos, você pode sentir dores nas articulações, pode ter o distúrbio do sono e traumas auditivos.

A dependência deve ser diagnosticada e é tratada como um problema de saúde mental. A terapia é o principal tratamento. Medicamentos são usados quando existe outra doença em paralelo, como a depressão ou ansiedade, por exemplo.

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