Dificuldade
de Aprendizagem
Profissionais da área
de educação precisam lidar com alunos que apresentam os mais diversos
históricos. Alguns possuem uma condição socioeconômica desfavorável, outros não
recebem o incentivo correto para o estudo em casa e há os apresentam problemas
de fundo biológico. Neste último caso, estamos entrando no campo das dificuldades
de aprendizagem.
É este tema que
esse texto vai abordar, explicando de maneira mais detalhada qual o
significado dessa desordem. Confira!
O que é dificuldade de
aprendizagem?
A dificuldade de
aprendizagem está relacionada aos problemas que não decorrem de causas
educativas, ou seja, aquelas instâncias em que, mesmo após uma mudança na
abordagem educacional do professor, o aluno continua apresentando os mesmos
sintomas.
Isso aponta para a
necessidade de uma investigação mais aprofundada, que determinará quais
são as causas da dificuldade em questão.
O que causa
dificuldades de aprendizagem?
As principais
dificuldades de aprendizagem são associadas a algum comprometimento no
funcionamento de certas áreas do cérebro. Porém, é arriscado falar somente
em uma causa biológica. Frequentemente, alunos que apresentam sintomas
relativos a problemas de atenção, ansiedade ou agitação desenvolvem os
problemas por causa de algum conflito pessoal, familiar — e não por
razões de mal funcionamento fisiológico.
Quais são as principais
dificuldades de aprendizagem?
Alguns exemplos de dificuldades
de aprendizagem mais conhecidos são:
Dislexia: Os alunos que
enfrentam esse distúrbio apresentam, tipicamente, uma dificuldade de leitura. É
muito comum, apresentando mais de 2 milhões de casos relatados por ano no
Brasil.
Disgrafia: Os alunos
que enfrentam esse distúrbio apresentam dificuldade na escrita. Isso inclui,
principalmente, erros de ortografia, como trocar, omitir, acrescentar ou
inverter letras.
Discalculia: Os alunos
que enfrentam esse distúrbio são afetados, principalmente, em sua relação com a
matemática. Portanto, os sinais envolvem dificuldade em organizar, classificar
e realizar operações com números.
Dislalia: Os alunos que
enfrentam esse distúrbio demonstram dificuldades na fala. Eles podem ter
alterações da formação normal dos órgãos fonadores, dificultando a produção de
certos sons da língua.
Disortografia: Os
alunos que enfrentam esse distúrbio geralmente também são afetados pela
dislexia. Embora também esteja relacionado à linguagem escrita, é mais amplo do
que a disgrafia. Pode envolver desde a falta de vontade de escrever até a
dificuldade em concatenar orações.
Transtorno de Déficit
de Atenção e Hiperatividade (TDAH): Os alunos que enfrentam esse distúrbio
apresentam baixa concentração, inquietude e impulsividade. Foi constatado que
uma das causas do TDAH é genética, e que há implicações neurológicas. O TDAH já
é reconhecido pela Organização Mundial de Saúde (OMS) como um transtorno
legítimo.
Como identificar e
avaliar as dificuldades de aprendizagem?
Para a identificação
de alguma possível dificuldade de aprendizagem, o papel do professor é
fundamental. Afinal, ele tem contato diário e próximo com o aluno, além de ter
fácil acesso aos grupos que o cercam — família, amigos e outros professores. A rotina da
escola também é muito propícia para identificar queixas dos alunos que podem
apontar (ou não) para casos de dificuldade de aprendizagem.
Porém, antes de lançar
qualquer possibilidade de diagnóstico, é preciso que o aluno passe uma avaliação
especializada com profissionais da área de saúde.
Esta é uma medida
indispensável, pois a realização de avaliações superficiais tem causado um
aumento no número de crianças e adolescentes que são desnecessariamente
submetidos a tratamentos medicamentosos.
A avaliação pode ser
conduzida por uma equipe multidisciplinar, para garantir uma visão mais
holística do aluno. A equipe inclui médicos, especialmente neurologistas, além
de psiquiatras, psicólogos, psicopedagogos e, até mesmo, fonoaudiólogos. Cada um
dos profissionais terá uma perspectiva a agregar na avaliação, evitando a
miopia de atribuir o problema a uma causa única.
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